Tuesday, November 29, 2016

Recordando o SANTA MARIA de 1953


Paquete SANTA MARIA fotografado em Gibraltar durante um cruzeiro a partir de Lisboa


Quanto mais revejo o SANTA MARIA no âmbito do novo livro que estou a preparar sobre os NAVIOS DE PASSAGEIROS PORTUGUESES, mais lamento o seu abate prematuro e penso que este navio, vendido para a sucata com apenas 19 anos podia ter durado muitas décadas mais e ter permitido uma transição de parte da frota portuguesa para o mercado de cruzeiros então nascente.
Anúncio publicado no Diário de Lisboa (e em diversos outros jornais nacionais no mês de Outubro e Novembro de 1953) publicitando a viagem inaugural do N/T SANTA MARIA

Gémeo do VERA CRUZ ao qual se introduziram alguns melhoramentos, o SANTA MARIA foi um navio absolutamente magnífico, provavelmente o mais bem conseguido paquete de luxo que Portugal alguma vez teve. 
Anúncio de prestígio da Shell relativo à viagem inaugural do SANTA MARIA. 
De facto a imagem reproduzida mostra o VERA CRUZ

Foi um navio de prestígio de concepção muito avançada para a época, se tivermos em consideração que o projecto datava de 1949. Foi o segundo navio em que viajei e do qual tenho umas saudades imensas. 
Paquete SANTA MARIA fotografado de cima da Ponte Salazar a 1 de Junho de 1973 
quando o navio saiu de Lisboa pela última vez, com destino à Ilha Formosa 
onde foi desmantelado. Fotografia do Arq. Raul Vieira

O novo livro tem sido pretexto para recolha de elementos históricos e aqui ficam alguns... 
Podia fazer um livro só sobre este belíssimo navio, mas desta vez fica apenas um capítulo e provavelmente a capa.
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COSTA FORTUNA: mais uma largada


Paquete italiano COSTA FORTUNA em mais uma largada do Tejo, ao final da tarde de 22 de Outubro de 2014.

A título de curiosidade, a Costa, que opera navios de passageiros desde 1948 e é uma das pioneiras dos cruzeiros modernos, ao fazer a transição das linhas regulares para as viagens de turismo a partir da década de 1950, adaptou a sua chaminé clássica a um modelo que recria as antigas chaminés dos vapores, num arranjo positivo e cheio de personalidade.
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Chaminés vermelhas

De entre os numerosos elementos arquitectónicos associados a um navio, aprecio especialmente as chaminés, quer pela sua forma física, quer pelas cores que apresentam e que normalmente traduzem a imagem da companhia armadora ou do operador. 
Não resisto a pequenos estudos fotográficos em que o elemento é a chaminé nas suas diversas perspectivas e pormenores, e se da chaminé sair fumo, melhor, embora aqui o fundamentalismo politicamente correcto ganhe a batalha da imagem contemporânea dos navios sem fumo aparente. 
Só não deitam fumo os veleiros quando se lhes desligam os motores auxiliares. 
Fumo saí sempre, mas não é negro na maior parte das situações e não se nota. E acreditem que o fumo de um navio pode ser perfumado, como acontecia nos navios de turbinas a vapor que queimavam nafta e se rodeavam de um aroma único, que tantas vezes apreciei, por exemplo a passar a ponte do cais da Rocha se o vento empurrava o fumo dos grandes paquetes da Colonial, ou de um qualquer visitante ilustre para o lado de terra.
Uma companhia cujas cores e forma da chaminé - vista como ícone de marca da companhia - são particularmente interessantes é a Carnival Cruise Lines, de que apresentamos diversas imagens da chaminé do CARNIVAL LEGEND, registadas já há alguns anos. 
Este tipo de chaminé "nasceu" em 1980 com o primeiro paquete novo construído de raiz para a companhia, o TROPICALE (actual OCEAN DREAM), e resultou de uma combinação feliz, adaptando a cauda de um Boeing 727 à estética funcional de um paquete, em que as asas da chaminé retomaram o sistema inaugurado em 1961 pelo FRANCE de evacuação do fumo para o bordo a favor do vento. 
Já as cores da Carnival, vermelho, branco e azul, resultaram de uma adaptação, barata mas feliz, das cores do paquete EMPRESS OF CANADA que em 1972 foi comprado pela Carnival, passando a ser o MARDI GRAS. 
Os tons de verde da Canadian Pacific deram lugar ao azul e ao vermelho, numa nova combinação bem sucedida, em contraste com a moda actual de exagero em termos de novos designs de imagem aplicados aos navios, feitos normalmente por elementos que ignoram as especificidades marítimas próprias dos navios, isto numa época em que quase não há armadores tradicionais, com as empresas espremidas por contabilistas ou fundos de capital em que a única coisa que interessa de facto é o lucro no final do exercício e o premiozinho aos CEÓóóóssss.
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Tuesday, November 08, 2016

Contrastes no rio Tejo

Cada vez mais o nosso Mundo apresenta os mais variados contrastes, como o retratado ontem nesta imagem dos navios AIDABLU e SAGRES a cruzarem-se no Porto de Lisboa: o AIDABLU a largar rumo ao Funchal, a SAGRES a regressar à Base Naval de Lisboa, no Alfeite, depois de ter estado atracada ao cais da Banática que ontem comemorou os 100 anos da primeira atracação de um navio.
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Saturday, November 05, 2016

CONCERTO DIA NACIONAL DO MAR 2016

A celebração do Dia Nacional do Mar teve a origem na “Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, que entrou em vigor a 16 de Novembro de 1994. Portugal ratificou o documento em 1997. Sendo nós uma nação fortemente ligada ao mar, ficando marcada para a posteridade como o país dos Descobrimentos Marítimos, o Centro de Conhecimento do Mar não podia deixar de oferecer diferentes iniciativas para celebrar este dia. O Concerto, que se realiza no dia 16 Novembro às 21H00 no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, celebra também os 150 anos do Clube Militar Naval. Entrada livre mediante solicitação de bilhetes até ao dia 11 de Novembro, por e-mail, para ba.eventos@marinha.pt. Limitado aos lugares disponíveis. Para Mais informações: Agenda Cultural do Portal CCM

Tuesday, November 01, 2016

BARRACUDA em Cacilhas


O Submarino NRP BARRACUDA encontra-se desde 25 de Julho de 2013 na Doca No.1 do antigo estaleiro Parry & Son, em Cacilhas, onde vai fazendo companhia à Fragata DOM FERNANDO SEGUNDO E GLÓRIA, e aguarda trabalhos de conservação e adaptação a utilização como museu. Fomos espreitá-lo mais uma vez a 8 de Setembro de 2016, quando fizémos este registo que aqui se partilha. Deseja-se que esta situação de "limbo" não se prolongue por muito mais, a ferrugem no casco do velho Submarino não acrescenta nada à dignidade do local nem dos navios aí expostos. Mais imagens e ideias associadas ao NRP BARRACUDA aqui.
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