Monday, August 06, 2007

O MAIOR NAVIO DO MUNDO


Esta imagem do famoso paquete britânico QUEEN ELIZABETH de 1940 - o segundo QUEEN numa dinastia que em Dezembro, com a entrega do QUEEN VICTORIA, vai contar com cinco elementos ilustres, traz-me gratas recordações.
É uma fotografia tirada no início da década de sessenta, período em que me comecei a interessar pelos navios de passageiros, quando o QUEEN ELIZABETH era o maior navio do mundo, com as suas 83.673 toneladas de arqueação bruta.
O QUEEN ELIZABETH em frente a Nova Iorque era uma autêntica caixa de sonhos. O navio gigante que em 1963 visitou Lisboa pela primeira vez, fundeando frente ao Terreiro do Paço por não haver cais com fundos suficientes para o receber. O porto mítico associado a todos os grandes transatlânticos, uma espécie de sonho americano versão navios de passageiros.
Perdida a inocência daquela época, desaparecido de forma trágica o QE, passados anos acabei por viajar diversas vezes no seu sucessor, o actual QE2 e visitar o tal porto de Nova Iorque. Se a viagem transatlântica no QUEEN ficou gravada de forma inesquecível, já a perspectiva da Nova Iorque marítima foi um pouco decepcionante. Então o tal porto famoso era aquilo? É que temos mais e melhor em Lisboa, pena não o reconhecermos nem darmos ao Tejo, a Lisboa e ao respectivo porto a importância que os seus atributos naturais possibilitam.
Lisboa como grande porto natural às portas da Europa.
Se calhar não merecemos mais, com umas criaturas de intelectualidade parda sempre a berrar contra o Porto de Lisboa, feitos paladinos de causas idiotas, agora preocupados com o efeito de obstrução da vista provocado pelos navios de cruzeiros atracados no Tejo. Só mesmo uns golpes de chicote no pelourinho...
Quanto ao QUEEN ELIZABETH, embora fosse tecnicamente muito mais evoluido que o seu antecessor QUEEN MARY de 1936, nunca o igualou em fama, acabando perdido por fogo posto em Hong Kong em Janeiro de 1972, quatro anos depois de ter sido vendido pela Cunard e substituído pelo QUEEN ELIZABETH 2.
Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

3 comments:

  1. Malheiro,

    Chicote é pouco. Talvez fazer-lhes convites irrecusáveis para atravessarem o Tejo a nado entre a Expo e Alcochete com a maré no pico da vazante minorasse o problema...

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  2. E com uns dois ou três pinos amarrados à cintura - para lastrar melhor...

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