Monday, August 10, 2009

ACABARAM-SE OS GALPS DE ALTO-MAR

Já não há mais GALPS. Foram todos vendidos.
O último GALP de alto-mar foi o butaneiro GALP LISBOA (1984-2009) vendido este mês pela Sacor Marítima a um armador estrangeiro. O navio passou os últimos dias sob bandeira portuguesa no Mar da Palha, após dar entrada no Tejo uma derradeira vez a 19 de Junho de 2009 procedente do Caniçal. Mudou o nome para TRANCARIB no dia 24 de Junho (alguém confirma a data?) e largou com este nome e registo do Panamá a 26-06-2009.
Foto: Imagem do GALP SINES tirada a 12 de Setembro de 1996. Vendido em 2003, este navio pertence actualmente aos Emirados Árabes Unidos e está registado no Panama com o nome ESRAA.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

19 comments:

  1. Bom dia

    O que é feito dos navios fluviais "Galp Tejo" e "Marcus" que abasteciam os navios que escalavam Lisboa?

    Cumprimentos

    Pedro

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  2. O MARCUS estava afretado e foi devolvido à proveniência. O GALP TEJO creio que foi abatido.

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  3. Sobram então o "Galp Sado" e o "Galp Rio"........

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  4. Além destes há um GALP em construção cujo casco se encontra na LISNAVE - Setúbal, sem previsão em termos de acabamento, pois parece que se optou por uma solução baratinha e o tal barato está a sair caro, tendo inclusivé constado a hipótese de se desmantelar o que está construído.

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  5. VERGONHA...

    ABRAÇO LMC
    JSL

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  6. O GALP RIO ainda é?! Nunca mais o vi por lado nenhum, pensei que também já tivesse sido vendido.

    Abraço,

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  7. E pronto! Palavras para quê? A razia continua, sem indicios de parar!
    PS - Enviei-lhe email ao qual nunca me respondeu...há já cerca de um mês...

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  8. Já agora, Luís, aquando da venda do GALP SINES eu ainda pouco ou nada conhecia do mundo do mar... mas nesta fotografia vêm-se dois mastros "auxiliares" à popa do navio, um por cada bordo. O navio conservou-os até à sua venda ou foram-lhe retirados?! E o GALP LEIXÕES também os teve?!

    Mais uma vez, abraço,

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  9. Caro Pedro,

    Ambos as possuíam, eram duas pequenas gruas que serviam para movimentar mantimentos ou peças destinadas à casa das máquinas!
    Utilizei-as algumas vezes e não eram lá grande coisa...

    Foi o Fim Acabou-se...

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  10. Olá Nuno!

    Antes de mais, obrigado pela resposta... :)

    Fiquei na dúvida se o Nuno se estaria a referir às calhas basculantes do pórtico ou aos mastros que eu referi.

    Para evitar dúvidas, eu referia-me aos dois mastros visíveis montados no convés F, imediatamente atrás das baleeiras e que atingem a altura da chaminé, sensivelmente. Vê-se inclusivamente cabos que os uniam ao mastro principal do navio. Era a esses mastros que o Nuno se refere?!

    Abraço,

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  11. Pedro,

    Os "cabos" são antenas de comunicações...

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  12. Segundo consta, a nova construção, SACOR II também está a venda...

    Nem no rio tejo teremos Galps a trabalhar... Uma vergonha

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  13. Caro LMC
    Obrigado pela coragem e liberdade demonstrada, perante o silêncio aterrador, sempre que nos informa dos rumos negativos da nossa Marinha Mercante e em particular da Sacor Maritima versus Petrogal. Dos meus 7039 dias de Oficial da MM, e dos 4391 dias passados na Sacor 990 foram vividos no Galp Lisboa onde felizmente só tive sorte e alegrias, ausência total de incidentes ou acidentes. O Galp Lisboa e os seus tripulantes sempre foram considerados um exemplo de profissionais perante todos com quem prestamos os nossos serviços.
    Enfim para a história ficará provávelmente o seguinte ...
    “Ano de 2609 – em resultado dos trabalhos arqueológicos suportados pelo Dep.de pesquisa histórica da Supramultinacional SonangBraz que absorveu todas as micro empresas petroliferas da cplp,entre elas a Petrogal,foram encontradas duas placas em bronze que remontam ao sec xxi e xx respectivamente a placa “Açucar Mascavado”, encontrada na zona oriental de Lisboa, e a placa “Neves e Cordeiro”, localizada na zona ribeirinha de Santos.
    Na primeira conseguiu-se decifrar “por aqui vegetaram (não é bem nitido) os melhores e maiores gestores e responsáveis maritimos da esclarecida empresa mãe e da sua altamente esclarecida tutela em 2009. Nomes e assinaturas ilegiveis”.
    Na segunda placa apurou-se “fizeram das tripas coração para conseguirem a unica renovação efectiva da frota que conduziu à sua respeitabilidade como armador.
    Obra dos modestos Capitães da Marinha Mercante - Barbosa Henriques e Guerra Vilela e todos os seus colaboradores ”.
    Analizadas as duas placas os investigadores concluiram que não tem qualquer afinidade, chegando mesmo a considerar que os dois achados não dizem respeito à mesma empresa.
    Enfim eles lá sabem porque ....

    Um abraço a todos

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  14. Caro Cte. "O Consciência Tranquilo",

    Falou de duas referências importantes na minha vida de Marinha Mercante, duas pessoas que prezo ter conhecido, com quem aprendi e cujas memórias muito respeito: os Comandantes Barbosa Henriques e Vilela. Não conheci muitas pessoas com as qualidades humanas e profissionais destes senhores. Em contrapartida não tem conta a quantidade de gentinha medíocre com que me fui cruzando ao longo dos anos, e foi este desequilibrio numérico que levou ao actual analfabetismo marítimo.
    Quanto ao GALP LISBOA, estava no Tejo a bordo de uma lancha dos Catraeiros na tarde de 10 de Agosto de 1984 a fazer uma reportagem fotográfica da chegada inaugural do GALP LISBOA vindo do estaleiro em Espanha, a pedido do Cte. Vilela. Depois fui a bordo, o navio já atracado a Cabo Ruivo. Por acaso era a data de aniversário da promulgação do Despacho 100, 39 anos antes...

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  15. Em principio tudo se encaminha para que o meu garoto mais velho siga o rumo da Escola Náutica - Infante Dom Henrique.

    Do que se vê, irá certamente seguir o rumo da migração caso escolha o mar.

    A

    Rui

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  16. O navio foi entregue no dia 22 de Junho de 2009. No próprio dia recebeu novo registo, do Panamá, e mudou para o nome "Transcarib". A estadia da nova tripulação, todos peruanos, foi rápida devido aos custos "elevados" como foi dito por um dos superintendentes da nova companhia. Foi certamente o último navio de gás Português. Quanto ao Galp Sado deve ser entregue daqui a pouco tempo. O Sacor II espero do fundo do coração que apodreça na doca e que se torne um veneno que "ceife" os tachos daqueles que ainda estando na Sacor Marítima não vestiram a camisola da cor laranja mas antes aquela que tem as cores da ganância e da cobiça para o proveito não da nação mas apenas deles próprios. Eles sabem quem são e eu também. Havemos de nos encontrar novamente e pode ser que nessa altura sejam minha a roda de proa que lhes passará por cima...

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  17. Obrigado pela data de abate do GALP LISBOA.
    O que me parece grave não é propriamente a venda de um navio com 25 anos, mas a liquidação de uma frota com mercado assegurado e todas as possibilidades de desenvolvimento.
    Uma vergonha.
    Quanto à questão da RODA DE PROA, o ideal era utilizar um baleeiro com um arpão e se precisar de "artilheiro" sou voluntário para a função.
    Há uns anos cruzei-me no Mar Egeu com uma antiga unidade da SM muitos anos depois de a mesma ter sido abatida em Portugal: o ANGOL, que tal como o ROCAS navegaram muitos anos com bandeira da Grécia. A sensação de ver um antigo navio português em actividade com bandeira estrangeira é sempre desagradável, não por se venderem os navios, é uma actividade inerante aos transportes marítimos, mas devido ao caso Português de terem dado cabo de tudo literalmente...
    Cambada.

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  18. É uma pena que esta notícia não saia nas primeiras páginas dos jornais. Pois com a venda de todos os navios foram também por mar abaixo muitos postos de trabalho!
    É dificíl perceber como é que um país com a enorme costa Atlântica, como o nosso, e com o posicionamente estratégico entre a Europa e África não tem um único navio tanque! Com a grande refinaria em Sines e também com a de Leixões estamos totalmente dependente de outros países para nos trazerem o petróleo de África e nos levarem os produtoe refinados para o resto do Mundo! Como é que o nosso país pode andar para a frente, quando o interesse de uma das maiores empresas nacionais tem como único obejectivo vender croquetes nas estações de serviço...

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  19. A ESCOLA NAUTICA RETRATA A VERGONHA NACIONAL ANIVEL GERAL. É UMA VERGONHA A QUAL NAO ACONCELHO NINGUEM A IR LA PARAR POIS É UM NINHO DE COBRAS EM QUE SO FUNCIONA O FACTOR CUNHA ENTRE MUITOS OUTROS FACTORES. FALAMOS DA SACOR MARITIMA QUE É UMA DECADENCIA, MAS O ENCINO NAUTICO DE MAL VAI PARA PIOR E ASSIM SENDO A GANANCIA E A FALTA DE GARRA POR QUEM NA DIRECÇÃO DE TAO PRESTEGIADA ESCOLA ESTA DE NADA FAZ PARA O MUDAR, PORQUE SO TEM FAMA PORQUE DE PRIVEITO E PARA CURSO DE MAR....COITADINHA.....DEICHA MUITO A DESEJAR...

    INFELIZMENTE É A REALIDADE EM QUE VIVEMOS.......

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