Friday, July 10, 2009

Os novos "barcos do Barreiro"



A nova frota de "Barcos do Barreiro" que em 2004 substituiu os tradicionais navios de passageiros da CP não tem a beleza do ALENTEJO ou os nervos do TUNES, mas proporciona uma ligação rápida e confortável entre o Terreiro do Paço e o Barreiro.
As imagens apresentam o DAMIÃO DE GOIS, a navegar no dia 9 de Julho de 2009. Trata-se de um dos catamarans construídos em Singapura segundo projecto holandês.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

5 comments:

  1. Construídos em Singapura e transportados até Lisboa a bordo dos navios do armador alemão SAL. Normalmente fundeavam e descarregavam no Mar da Palha. Um deles, o Paula, atracou por bombordo em Santa Apolónia porque, segundo um tripulante, no Mar da Palha havia demasiada ondulação. A bordo vinham o Fernando Pessoa e outro gêmeo que, se não me engano, era o Damião de Góis. Na altura o cais não estava vedado o que fez com que muitos curiosos assitissem ao desembarque dos catamarans. Um autêntico espectáculo!

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  2. Caro Mar da Palha,

    Que irresponsabilidade os cais não se encontrarem vedados em 2003-04 quando os catamarans da SOFLUSA foram descarregados no Tejo. E a segurança? E se alguém se atirava ao Rio? Ou pior ainda. se alguém com essa imagem marítima via de forma tresloucada despertar em sí uma vocação marítima? Um quase terrorista???
    Felizmente hoje as coisas estão mais controladas, até o Tejo se vê aos quadradinhos frente ao Terreiro do Paço....

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  3. Luis Miguel,

    Que pena ver o Tejo aos quadradinhos! Ainda me lembro de sair de casa, descer até Santa Apolónia e sentar-me à beira rio esperando pacientemente que passasse algum navio. Só fechavam o cais de Santa Apolónia quando atracava algum cruzeiro ou algum navio de guerra. Agora, até quando o cais está às moscas, é impossível sentar-se à beira rio! Menos mal que o Tejo é grande e pode ser visto desde as colinas de Lisboa!

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  4. A minha pena é cada vez o Rio esrá mais longe dos lisboetas. Quando era miudo ainda existiam pequenas embarcações de pescadores que sulcavam as águas do Tejo. Agora só nos Festivais da Bebedeira se encontram jovens a passear junto aos Cais de Lisboa. O Rio devia ser devolvido à cidade, dear condições aos Clubes Náuticos (ANL e CNL)para servirem a população praticando Remo e Vela...

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  5. O negócio (da compra dos ditos) foi de tal forma que até meteu o Ministro do Equipamento Social da altura, um tal de Jorge Coelho.

    Entre a encomenda à Damien e ao outro estaleiro nacional, existe ma história que um dia será contada.

    No dia da viagem inaugural dos catamarãs, os últimos "Viana do Castelo" marcaram bem forte a sua despedida, despedida essa que foi reservada aos "Viana" e não aos "S.Jacinto".

    Estes últimos "S. Jacinto" nunca ganharam o estatuto de "Cacilheiros". Eram difíceis de manobrar (pelos Mestres) "atrapalhando" no fundo um serviço que se queria rápido e simples. Uns autênticos "chatos navais" assim apelidados pelos Cmdt das Fragatas e Corvetas da "nossa" Armada.

    Os Damien são navios em alumínio, construidos com materiais selados a quente, os quais (já nesta altura) apresentam evidentes sinais de degradação (fadiga do material), e que aconselha utilização moderada em situações de cruzamento ou "vento fresco".

    Do seu desempenho inicial, conta-se pelo menos mais 5 minutos face ao tempo de trajecto inicial.

    Como os carros "Honda" são boas peças de marketing, pois quando (por exemplo) um dos motores se avariar, é abater e comprar novo.

    Inexoravelmente, o Mar da Palha provoca o seu desgaste.

    A

    Rui

    PS. Na altura da inauguração dos novos catamarãs, o Ministro António Mexia voltou-se para o jornalista e "na volta da resposta" disse: "Não quer comprar um", tal não foi a "oportunidade do negócio".

    PS. Na altura fizeram mal as contas. Houve mesmo uma empresa de sondagens que contou os passageiros entrados no Terreiro do Paço e contou os saídos no Barreiro.
    No final as contas não batiam certas, pois os que tinham entrado eram mais do que os que tinham saído.
    Presumiu-se que alguns saíram a meio do Tejo. :D
    O mais trágico (desta história) é que é verdade, e por isso existem catamarãs "naftalina" (O Luis certamente que entende o termo "naftalina")

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