Dos cruzeiros do FUNCHAL aos cruzeiros ao Funchal

Hoje como todos os anos no dia 31 de Dezembro há apoteose de navios a celebrar o mundo dos cruzeiros no deslumbre da baía do Funchal na passagem de ano. 

Os navios começam a chegar de manhã, pela tarde sempre fundeia mais um ou dois e depois é o crescendo pelo momento final em que um novo ano aparece com a esperança da multiplicidade de luzes e brados de alegria a ecoar pelas montanhas funchalenses. 

Em ano de pessimismo marcado pelas crises um pouco por todo o mundo, o sector dos cruzeiros turísticos mostra uma boa saúde relativa, com o ano a acabar com o anúncio por parte da Royal Caribbean da encomenda de mais um gigante da classe OASIS, desta vez a ser construído em França, certamente para muita pena dos Finlandeses. Todas as grandes companhias têm em construção navios novos, o que não impede que 2012 tenha sido o pior ano de sempre para o grupo Carnival, a começar pelo desastre do COSTA CONCORDIA e passando pela economia anémica um pouco por todo o lado a fazer cair os preços dos cruzeiros, situação agravada com os aumentos dos custos, com destaque aqui para os combustíveis...

Este ano que agora termina foi excelente para o movimento de navios de cruzeiros no porto do Funchal, um dos grandes destinos em todo o mundo, que mantém todas as condições e encantos apesar da concorrência cada vez maior de todos os portos próximos, tanto a norte - Açores - como a sul - Canárias, agora também com espectáculos de pirotecnia a 31 de Dezembro e um grupo de navios atracados em Tenerife à espera do ano novo, encabeçado pelo ROTTERDAM e o ADONIA.

Lisboa, que viu os seus resultados em matéria de cruzeiros prejudicados pela fúria grevista dos estivadores a partir de Setembro, conta com a presença do BALMORAL, e em Leixões vai estar o MARCO POLO.

Três outros navios surtos no Tejo vão passar o ano em Lisboa em silêncio: em remodelação no estaleiro da NAVALROCHA está o ISLAND SKY; no Alfeite encontra-se o ATLÂNTIDA, esse monumento indescritível à falta de caáacter, brio e portuguesismo dos principais intervenientes num processo sintomático da nossa desmaritimização, negação marítima, incompetência e falta de senso; na Matinha, cada vez mais abandonado de perspectivas de renascer como excepção clássica num panorama de gigantismo cruzeirístico, está o FUNCHAL, parado desde 16 de Setembro de 2010. Os últimos tripulantes desembarcaram na tarde de 17 de Dezembro, data em que o navio ficou à guarda da APL. Cada dia que passa aumenta a incerteza quanto ao fim do FUNCHAL, com diversos interesses a movimentarem-se à sua roda, desde sucateiros ávidos de metais e maçaricos até aos actuais armadores que continuam a afirmar a esperança num financiamento que reverta o fim anunciado. A imprensa lisboeta, os blogues e grupos de amigos fazem coro com ideias mais ou menos irrealistas enquanto o navio espera...

Um bom ano de 2013 para o FUNCHAL, o ATLÂNTIDA e todos nós...

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QE2 tema de rumores

Apesar do seu exílio árabe e inactividade desde Novembro de 2008, o famoso paquete QUEEN ELIZABETH 2 continua a ser fonte de rumores e notícias, repetindo uma prática que sempre acompanhou este grande navio desde a década de 1960.

A semana passada foi noticiada a venda do navio para sucata para a China por cerca de 20 milhões de libras, mas tal noticia não tem confirmação oficial. O que se passou concretamente foi a substituição dos 40 elementos da tripulação do navio, que está em Port Rashid, no Emirado do Dubai, por uma outra tripulação de 20 elementos de nacionalidade chinesa. Consta que o QE2 será docado mais uma vez em breve e poderá ser transferido para Singapura. 

Entretanto em Londres uma iniciativa denominada QE2 LONDON está a procurar adquirir o antigo navio da Cunard para servir de hotel flutuante no Tamisa, projecto com potencial para gerar 2000 postos de trabalho.

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Paquetes Vlasov

O surto de emigração da Europa para as Américas, África do Sul e Austrália a seguir à segunda guerra mundial levou ao aparecimento de diversas companhias de navegação com navios de passageiros cheios de carisma, caso de companhias como a Costa, Sitmar ou Chandris.

Os postais que apresentamos são de quatro dos navios de passageiros da Sitmar - Societa Italiana di Transporti Maritimi, navios com um enorme V azul em fundo amarelo nas chaminés a indiciar a origem russa da companhia, pois a Sitmar pertencia a Boris Vlasov, um refugiado russo instalado em Itália depois da revolução naquele país. 

Os navios CASTEL BIANCO e CASTEL FELICE pertenceram à primeira geração da frota de paquetes da Sitmar, o FAIRSTAR fez a transição das viagens regulares para os cruzeiros e o FAIRSKY de 1984 foi o último paquete da companhia, que foi absorvida pela Princess Cruises quando tinha em construção mais três navios de passageiros.

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BENGUELA no Jardim do Tabaco

Tenho saudades destes amigos de antigos cais e marés. O BENGUELA foi o primeiro navio novo a integrar a frota da Companhia Colonial de Navegação, em 1946, inaugurando a fase de renovação da frota mercante nacional resultante do Despacho 100. Construído na Suécia para a companhia Wallenius, foi fretado em casco nu com opção de compra mas acabou por ser logo comprado pela CCN. Foi o primeiro navio português com casco totamente soldado e na altura era considerado pela empresa armadora um navio frágil. Contrariando essa perspectiva, mostrou ser um navio excelente ao longo de mais de 30 anos de serviço activo. Na fotografia vê-se o BENGUELA, novinho em folha, atracado ao cais do Jardim do Tabaco - à época a funcionar como Entreposto Colonial - no final da década de 1940. Ao fundo, vê-se o paquete NYASSA atracado ao cais da Fundição, em Santa Apolónia.

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The BELLA and the BEAST...

Cruise ship AIDABELLA departing from Lisbon's Santa Apolónia terminal  on 21 December 2012 passing the SAGA SAPPHIRE.

The former EUROPA of 1981, the new flagship of SAGA CRUISES replaced the original ship, the SAGA ROSE ex-SAGAFJORD and looks now a classic ship although her funnel livery does not help making her look beautiful. I wish she had a yellow funnel like her fleet mates... Any way she is the beauty of the picture while the BELLA is more of a sort of a beast... Those ships have a gap of almost thirty years in terms of cruise ship design...

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NAVALROCHA cheia de navios

Há muito tempo que não se via o estaleiro naval do Porto de Lisboa, gerido pela Navalrocha, tão activo e cheio de navios. Até parece a Lisnave no Portugal dos Pequeninos nos bons tempos da indústria naval lusa... 

Na doca 1 os navios LAGOA e NORUEGA. Na doca 2 o PORTEL e o CIDADE DE AMARANTE. Atracado junto às docas o navio americano GEOEXPLORER e no antigo cais de aprestamento o navio de cruzeiros ISLAND SKY. Por cima de uma das muralhas, pode ver-se a lancha ESTALEIRO DA ROCHA, igualmente em reparação. Dá gosto tanta actividade, especialmente porque muitas o antigo estaleiro está vazio...

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FUNCHALENSE AZUL E BRANCO

Porta-contentores português FUNCHALENSE 5 navegando no Tejo esta tarde, dia 20 de Dezembro de 2012, em escala em Lisboa procedente de Leixões para o Caniçal. 

Propriedade do mais antigo armador português, a Empresa de Navegação Madeirense tem as suas origens em 1907. Este FUNCHALENSE azul e branco de construção alemã é o quinto navio a integrar a frota da Madeirense e o de maior tonelagem até hoje. Está registado no Funchal em regime de registo convencional e efectua carreiras semanais entre a Madeira e o Continente.

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Bill Miller recollections

My friend Bill Miller has been celebrating over 50 years of travel, travel by ship & travel photography with recollections about his work and photos: Bill writes "My very first book was Guide to North American Passenger Ships, published forty years ago, in 1972. Since then, and as if driven my very own steam turbines, I have penned many books, almost all of them about some variation of the ocean liner. It has meant some sense of diligence, focus, long hours at my IBM Selectric typewriter and then the computer keyword. Like a recipe, I often attempt to “spice” the text with anecdotes and recollections from passengers, officers and crew, and sometimes shoreside personnel. They add, I feel, “life” to the story of the liners. Also in the process, I have “acquired” thousands upon thousands of photographs --- some from the liner companies themselves and also the likes of port authorities & the occasional maritime museum, but the vast majority have come from private collectors, most of whom are friends. These photos, when grouped in a category and sometimes placed in specific envelopes & folders, are often the primary catalyst to a book. The liners of Cunard, French and Italian passenger ships and the biographies of the likes of United States, QE2 and Nieuw Amsterdam have been ideas that have gone to book form. 

Spring afternoon: The Europa is arriving off Lower Manhattan in this view dated April 1969."

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Gaivota com pulseira electrónica????

Esta utente voadora de um dos cabeços do cais sul da doca de Alcântara parece ter caído na malha do politiquezmente correcto, esse código de comportamentos e etiquetas sociais compulsivas do homem moderno do século XXI, crise à parte. O que terá feito o pobre bichinho para andar por aí, de cabeço em cabeço com uma pulseira electrónica na patinha de estibordo?

E eu que tanto gostava de ter essa mesma natureza voadora para de quando em vez presentear os nossos mais distintos figurões...

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ÓPERA NA DOCA DE ALCÂNTARA

Navio de passageiros português ÓPERA atracado ao cais norte da Doca de Alcântara onde em tempos existiu o entreposto colonial, sempre cheio de navios de carga e de passageiros a descarregar carga geral proveniente de África.

Fotografia datada de 19 de Dezembro de 2012.

O ÓPERA é utilizado em cruzeiros turísticos no Tejo e como navio-restaurante.

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A bordo do NRP TRIDENTE

Imagens diversas registadas a bordo do NRP TRIDENTE no dia 15 de Dezembro de 2012.  

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Visita ao submarino TRIDENTE

No passado Sábado, 15 de Dezembro de 2012, estivemos pela primeira vez a bordo do submarino NRP TRIDENTE numa visita guiada pelo comandante do navio, CTEN Amaral Henriques.

Para quem acompanhou durante tantos anos o processo de substituição dos submarinos e se tem indignado com as incompreensões e demagogias criadas à volta dos novos submarinos, esta primeira visita foi uma alegria enorme e uma oportunidade para registar algumas imagens de uma unidade ultra-moderna, exemplo do melhor que se faz actualmente dentro da sua classe no mundo. Pena que a actual esquadrilha não tenha três unidades, mas a realidade é esta...

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S161 NRP ARPÃO

Aspectos do submarino português NRP ARPÃO (S161) atracado ao cais 6 da Base Naval de Lisboa no passado dia 15 de Dezembro de 2012.

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