Saturday, January 28, 2017

Cada país tinha uma Insulana à sua dimensão

Nos tempos recuados em que os navios falavam, cada país tinha uma Empresa Insulana à sua dimensão. O CARVALHO ARAUJO e o LIMA norte americanos eram os paquetes LURLINE e MATSONIA da companhia Matson Lines, de São Francisco, que asseguravam viagens regulares no Pacífico, com partidas semanais entre a Califórnia e as ilhas Hawai. 
Eram navios do tempo do nosso CARVALO, mas em ponto grande e depois foram ambos vendidos para a Grécia e  tornaram-se o ELLINIS e o BRITANIS, da companhia Chandris, que vieram a Lisboa inúmeras vezes nas décadas de 1960 e 1970, imponentes, com as suas duas chaminés.
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Tuesday, January 24, 2017

S.S. PHILADELPHIA


Construído em 1888 com o nome CITY OF PARIS para a companhia Inman Line, este gigante de 11.500 toneladas navegou até 1922 e foi desmantelado em Itália em Setembro de 1923. De 1893 a 1899 navegou com o nome PARIS, até que um encalhe na Cornualha a 21 de Maio de 1899 obrigou a uma grande reparação e modernização, retomando o serviço transatlântico com o nome PHILADELPHIA a 31 de Agosto de 1901. Serviu a US Navy por duas vezes, de Maio a Setembro de 1898 chamou-se USS YALE, de Maio de 1918 a Setembro de 1919 navegou como USS HARRISBURG. Era um navio muito bonito...

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Monday, January 23, 2017

Uma PÉROLA DO TEJO I


No decurso de uma das minhas primeiras deâmbulações deste ano junto ao Tejo, eis que na Doca do Poço do Bispo uma pérola flutuante chamou a atenção, pelas formas do casco branco, a deixar adivinhar uma existência remota como baleeira, quem sabe se de algum dos navios portugueses desmanchado em Alhos Vedros durante a Desmaritimizão. 
Uma embarcação de traço muito popular, provavelmente destinada a suporte de umas pescarias fluviais de quando em vez...

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Batelões no Poço do Bispo

Que mal terá feito o Bispo da Lisboa Oriental, em cuja doca pairam batelões  a aguardar frete e a imaginarem-se cheios de contentores a reboque Tejo acima / Tejo abaixo?
Uns dão por nomes de meses, esses mesmo, os dos calendários, outros têm desiganções mais femininas, Rrrrita, Ruuute, e foram feitos em Viana do Castelo para a antiga Socarmar. 
Estavam assim, parados no calor fresco da tarde de 19 de Janeiro deste ano da graça de 2017.
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Marina do Parque das Nações Revisitada

A luz de Inverno que nos primeiros dias de 2017 tem feito brilhar o Tejo e as suas embarcações e navios, junto à Marina do Parque das Nações reflectia-se de forma peculiar talvez a recordar lá nas gotas mais íntimas destas águas as antigas vivências petrolíferas de quando o local se chamava Cabo Ruivo e era feudo de navios-tanques. Imagens registadas a 19 de Janeiro de 2017.
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Thursday, January 19, 2017

DE VOLTA A LISBOA - Vem aí o SANTA MARIA MANUELA

De volta a Lisboa, vem aí o Lugre SANTA MARIA MANUELA, propriedade do armador Cash & Carry (Grupo Jerónimo Martins). Regressa ao Tejo e à sua nova base na ponte-cais de Cabo Ruivo, mesmo ao lado do Oceanário, com quem partilha agora o seu testemunho de cultura marítima viva. Saiu de Viana do Castelo de costado lavado e pintado, na tarde do dia 17, após um período de 8 dias em doca seca no estaleiro WestSea, e atraca a Cabo Ruivo pelas 14 horas, pelo que está a navegar a menos de 2 nós, pois vem já próximo da Barra do Tejo.
O navio de treino de mar SANTA MARIA MANUELA foi vendido pela Pascoal e Filhos, por "motivações estratégicas e de contexto", para o Grupo Jerónimo Martins, (Recheio Cash & Carry, S.A.), "com efeitos legais a partir de 11 de Novembro" de 2016, segundo o blogue oficial do MANUELA em nota assinada pelos responsáveis pela recuperação do navio em 2007-10, Aníbal Paião e João Vieira. 
O SANTA MARIA MANUELA deixou o cais da Gafanha da Nazaré onde atracava desde 2010, a 8 de Novembro último e entrou em Lisboa na manhã seguinte, permanecendo atracado em Cabo Ruivo, junto à EXPO 98, até 8 de Janeiro, quando saiu para Viana do Castelo, tendo permanecido em doca seca de 10 a 17 de Janeiro em reparação no estaleiro WestSea, em trabalhos de manutenção técnica e pintura, que decorreram com inteiro agrado do armador. 

SANTA MARIA MANUELA na doca seca em Viana do Castelo

Posta a hipótese de o registo do navio ser transferido para a Madeira, para já manteve-se o registo convencional, em Aveiro. O MANUELA mudou entretanto de sociedade classificadora, para o Germanischer Lloyd e a tem gestão técnica da Mutualista Açoreana, uma empresa da Bensaude Marítima, que assegura igualmente a agência no porto de Lisboa.
O SANTA MARIA MANUELA foi construído em Lisboa pela CUF no estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos em 1937, lado a lado com o seu irmão CREOULA, destinando-se à pesca do bacalhau no Atlântico Norte, propriedade da Empresa de Pesca de Viana, que o vendeu em Novembro de 1963 à Empresa de Pesca Ribau, de Aveiro depois de a parceria Geral de Pescarias ter sido sondada no sentido de ver se teria interesse na sua aquisição. 

Posição do Navio de Treino de Mar SANTA MARIA MANUELA ao amanhecer de 19-01-2017

O SANTA MARIA MANUELA pescou pela última vez em 1993, na NAFO, já com redes de emalhar, e foi abatido em Fevereiro de 1994, preservando-se o casco, em parte graças à sensibilidade do Capitão do Porto de Aveiro de então, Cte. Rodrigues Pereira, passando a pertencer à Fundação Santa Maria Manuela, constituída nesse mesmo ano com o objectivo de recuperar o seu traçado original, o que não se concretizou acabando em 2007 cedido à Pascoal & Filhos, que promoveu a recuperação do MANUELA, o qual foi inaugurado, na sua forma actual, a 10 de Maio de 2010, num momento de grande significado para a Marinha Mercante portuguesa. 
Sob operação da Pascoal, o SANTA MARIA MANUELA desenvolveu intensa actividade, desde 2010, participando nas regatas da Sail Training Association, prestigiando Portugal no estrangeiro e sendo visitado por mais de 400 mil pessoas.
Integrado no universo do Grupo Jerónimo Martins, o MANUELA deverá retomar a actividade já em 2017, reforçando a ligação dos novos proprietários ao mar. Mais SANTA MARIA MANUELA aqui...
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Wednesday, January 11, 2017

GUARDA-RIOS do Porto de Lisboa

Lancha GUARDA-RIOS da Administração do Porto de Lisboa fotografada na Doca de Alcântara a 9 de Janeiro de 2017.
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Imagens da Doca de Alcântara


Imagens da Doca de Alcântara a 9 de Janeiro de 2017, com quatro dos navios de passageiros utilizados em actividades marítimo-turísticas no Tejo, LISBOA VISTA DO TEJO, PRÍNCIPE DA BEIRA, PRÍNCIPE PERFEITO e ÉVORA atracados ao cais norte, junto à entrada da doca.




Na segunda imagem, três rebocadores do novo operador PORT TOWAGE LISBON” (PTL), que iniciou a sua actividade no Porto de Lisboa no dia 01 de Janeiro de 2017, com uma frota de rebocadores, das empresas REBONAVE, REBOQUES E ASSISTÊNCIA NAVAL, SA e ISKES TOWAGE & SALVAGE. Esta empresa “Joint-Venture” reúne e complementa as competências e experiência internacional das duas empresas, de forma significativa. Aos rebocadores da REBONAVE juntou-se o SIRIUS, chegado da Holanda a 18 de Dezembro último, e que está em processo de transferência de registo para Lisboa. O SIRIUS efectuou a sua primeira operação comercial no Tejo a 9 de Janeiro de 2017. Na foto, além do SIRIUS, o MONTEMURO e o MONTEVIL.

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Monday, January 09, 2017

QUEEN ELIZABETH perdido há 45 anos

 Há exactamente 45 anos, a 9 de Janeiro de 1972, ardeu no porto de Hong Kong o então maior navio de passageiros do mundo, o gigantesco SEAWISE UNIVERSITY, antigo QUEEN ELIZABETH de 1940 da companhia Cunard, que havia sido resgatado em Port Everglades em estado decrépito pelo grande armador chinês C. Y. Tung, de Hong Kong.

Tung remodelou totalmente o paquete adaptando-o a universidade flutuante, e o navio preparava-se para deixar Hong Kong com destino ao Japão, único local no Oriente onde então era possível docar o antigo QUEEN, quando na manhã de 9 de Janeiro de 1972 se declarou fogo a bordo, que depois se comprovou ter sido de origem criminosa, e originou a destruição e afundamento do paquete. 

Menos famoso que o seu "irmão" QUEEN MARY de 1936, o QUEEN ELIZABETH era no entanto o melhor e mais bem conseguido dos dois QUEENs originais e navegou de 1940 a 1968.  
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Sunday, January 08, 2017

Liverpool's Cunard Building








Liverpool was in a festive mood for the 175th anniversary of Cunard Line, and the rendez vous of the three Cunarders on 24 to 26 May. The old Cunard Building has reopened as the Aquitania Restaurante for the period and we paid a visit with some of the resulting photographs shared here. Photos by Luís Migel Correia taken at Liverpool on 23 May 2015.
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Wednesday, January 04, 2017

Paquete MOÇAMBIQUE em Lisboa 1955-04-24


No dia 24 de Abril de 1955 estavam atracados em Lisboa 5 grandes navios de passageiros que foram fotografados de bordo do navio de carga alemão DUISBURG, ao subir o Tejo.
Um Amigo de Hamburgo acaba de me enviar as imagens, apresentando agora o paquete MOÇAMBIQUE (1949-1972), da Companhia Nacional de Navegação, atracado ao cais do Jardim do Tabaco.
Gémeo do ANGOLA de (1948-1974), o MOÇAMBIQUE era na altura o maior e mais moderno navio de passageiros da CNN, que tinha em construção na Bélgica o NIASSA (1955-1979) e em 1957 encomendou o PRÍNCIPE PERFEITO (1961-1976).
Da imagem ressaltam as linhas elegantes do casco deste magnífico paquete. Um dos navios construídos ao abrigo do Despacho 100, o MOÇAMBIQUE teve uma vida útil relativamente curta, à semelhança dos restantes paquetes portugueses da sua época, com excepção do FUNCHAL.
Em 1972 foi desmantelado na Ilha Formosa, com apenas 23 anos. Chegou a fazer alguns cruzeiros, mas nunca foi encarada seriamente a sua conversão para esta actividade hoje tão lucrativa e divulgada.
Da análise da história destes navios ressalta o desperdício que a venda prematura da maior parte dos navios provocou. E o FUNCHAL sobreviveu essencialmente graças a um armador estrangeiro que o comprou em 1985 e soube operar e gerir o navio com o profissionalismo que nos faltou. O que ficou comprovado com o fiasco da Portuscale Cruises e a agonia do FUNCHAL, que continua parado na Matinha desde 2015.
Portuguese passenger liner MOÇAMBIQUE (1949-1972) photographed in Lisbon on 24 April 1955. Photo kindly sent by my friend Cai Ronau.
Texto de /Text by L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Monday, January 02, 2017

DOCA DE ALCÂNTARA: Agosto de 1975


Doca de Alcântara, 20 de Agosto de 1975, duas fotografias da navegação da época, com uma carga atmosférica que se perdeu depois, devido à desactivação gradual desta área portuária e posterior instalação dos postos de atracação para embarcações de recreio.
No centro da primeira imagem, vê-se o cargueiro PANARRANGE, de bandeira cipriota, a descarregar bagagens de retornados do Ultramar e por detrás, o paquete INFANTE DOM HENRIQUE, já com a chaminé pintada com as cores da CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, podendo em primeiro plano observar-se a proa do cargueiro FUNCHALENSE e parte de um arrastão búlgaro, em reparação na Lisnave - Rocha.
Na segunda foto, destaque para o PANARRANGE, que tem atracados pela popa os cargueiros MADALENA e JOÃO DA NOVA. No meio da doca, o rebocador MUTELA, da CTM, e à direita a popa do cargueiro CARACAS BAY, também em reparação na Lisnave da Rocha.
O PANARRANGE era um belo cargueiro de 10.433 TDW, de origem alemã, construído em Hamburgo no estaleiro Howaldtswerke no ano de 1954, para a companhia HAPAG, com o nome DARMSTAD. Estava equipado com uma turbina a vapor de 9000 shp, navegava a 16,25 nós, sendo considerado um cargueiro rápido para a época. Em 1970 integrou a frota da Hapag-Lloyd sendo vendido em 1972 à Nine Star Line, do Panamá, quando se passou a chamar TURBOSTAR. Em 1974 recebeu o nome PANARRANGE, com que navegou até Abril de 1977, quando foi adquirido por sucateiros espanhóis e desmantelado em Santander. Texto e fotos de Luís Miguel Correia publicadas originalmente neste blogue a 8 Janeiro 2007.
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