Friday, March 21, 2008

SEMPRE A ODE MARÍTIMA


E os navios vistos de perto, mesmo que se não vá embarcar neles,

Vistos de baixo, dos botes, muralhas altas de chapas,
Vistos dentro, através das câmaras, das salas, das despensas,

Olhando de perto os mastros, afilando-se lá pró alto,
Roçando pelas cordas, descendo as escadas incómodas,
Cheirando a untada mistura metálica e marítima de tudo aquilo -
Os navios vistos de perto são outra coisa e a mesma coisa,
Dão a mesma saudade e a mesma ânsia doutra maneira.

Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

E o QUEEN ELIZABETH 2 fotografado no Tejo, a 21 de Abril de 2006, imponente no seu costado de gigante, com o MARVILA ao longe com rumo à Trafaria. Fotografia e edição de texto de Luís Miguel Correia

10 comments:

  1. Boa noite

    está óptimo o blog, tanto os textos como as imagens

    atenção à Ode que não à Óde.

    Um abraço

    Lino Cardoso

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  3. Parabéns por esta série de blogues tão originais.
    Saudações.

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  5. O meu avô descrevia-me as viagens de barco, até São Tomé e eu ouvia, fascinada. Contava-me como em Lisboa acorriam todas as pessoas, ao porto, para ver e receber os que lá vinham e o mesmo nas terras de África, por onde passava o barco. E dizia-me como naquele tempo a baixa de Lisboa fervilhava de movimento, graças a esses navios, que levavam e traziam pessoas, esperanças...

    (tenho que escrever sobre isto...)

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  6. Zéni,

    Especializei-me na hist´ria desses navios em que cheguei a viajar e que investigo. Estou a escrever um novo livro sobre estes navios, de que tenho suadades, embora as recordações me sejam muito gratificantes...

    Miguel

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  7. As surpresas que nos estão reservadas neste mundo... Afinal, tu tens quantas facetas? ;)
    Pois, eu também tenho várias. Ontem, estive a tirar fotos a barcos (não tão grandes como este) aqui mesmo em frente à casa onde moro (moro numa zona de portos).
    Tenho a paixão dos barcos, por via familiar, sanguínea, congénita, telúrica, tudo o que quiseres chamar-lhe. Porque raio não me mostraste isto há mais tempo?
    Beijinhos.

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  8. Caiê,

    Bem vinda... Já tenho fotografado navios na Horta... e estou a trabalhar sempre em livros sobre o tema...

    Miguel

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  9. Óptimo Blog. Aportei aqui à procura de uma referência ao paquete Niassa que, segundo documentos da época, já fazia viagens em 1933. Agora, dp. de várias consultas, só encontro o Niassa construído muitos anos depois...
    Ficar-lhe-ia mto agradecida se me soubesse dar notícias do Niassa dos anos 30, através do mail tiamacheta@gmail.com

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  10. Fadocravo,

    Tenho publicada a história do vapor NYASSA publicada no meu livro PAQUETES PORTUGUESES, edição da INAPA, 1992, que se encontra esgotado, mas existe em bibliotecas...
    Se me detalhar o que quer saber sobre o navio talvez possa ajudar.

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