Bernardino Alves Correia foi um dos mais importantes e bem sucedidos armadores portugueses do século XX. Empreendedor nato, fundou a Companhia Colonial de Navegação em Julho de 1922 em Angola e manteve-se ao leme desta grande empresa até falecer em Janeiro de 1957. A ele se deve a construção dos maiores navios de passageiros nacionais VERA CRUZ e SANTA MARIA, e ainda o INFANTE DOM HENRIQUE, que seria encomendado meses depois do seu falecimento.
Em Agosto de 1956, Bernardino Corrêa esteve na Cidade do Cabo a bordo do seu VERA CRUZ, no grande cruzeiro do Périplo de África, efectuado de 8 de Agosto a 29 de Setembro de 1956, e anunciou a futura construção do INFANTE em entrevista ao jornal South African Shipping News:
"A frota mercante portuguesa da Companhia Colonial de Navegação que serve as linhas de África vai ser aumentada com um novo paquete."
Era já o futuro INFANTE, então em fase de projecto, que seria encomendado em 1957 ao estaleiro belga Cockerill e entregue em Setembro de 1961.
Depois de uma longa carreira com os nomes INFANTE DOM HENRIQUE, VASCO DA GAMA, SEAWIND CROWN e BARCELONA, o navio acabou desmantelado na China em 2004. Parte das obras de arte que decoravam originalmente o INFANTE, podem ser apreciadas no Museu de Marinha de Lisboa, mas muitas foram destruidas na China há cinco anos.
A Companhia Colonial teve uma existência de 51 anos, sendo associada à Empresa Insulana de Navegação em Fevereiro de 1974 dando origem à CTM- Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, que exerceu a sua actividade até 1985. O último grande navio adquirido pela CCN chamou-se BERNARDINO CORRÊA, em homenagem ao fundador da Colonial.
Luís Miguel Correia - 2009
Fotos: o armador Bernardino Corrêa fotografado em 1952, quando da viagem inaugural do VERA CRUZ, e o paquete INFANTE DOM HENRIQUE, fotografado em Fevereiro de 1961 nas provas de mar iniciais (fotos colecção Luís Miguel Correia - reprodução interdita)
Em Agosto de 1956, Bernardino Corrêa esteve na Cidade do Cabo a bordo do seu VERA CRUZ, no grande cruzeiro do Périplo de África, efectuado de 8 de Agosto a 29 de Setembro de 1956, e anunciou a futura construção do INFANTE em entrevista ao jornal South African Shipping News:
"A frota mercante portuguesa da Companhia Colonial de Navegação que serve as linhas de África vai ser aumentada com um novo paquete."
Era já o futuro INFANTE, então em fase de projecto, que seria encomendado em 1957 ao estaleiro belga Cockerill e entregue em Setembro de 1961.
Depois de uma longa carreira com os nomes INFANTE DOM HENRIQUE, VASCO DA GAMA, SEAWIND CROWN e BARCELONA, o navio acabou desmantelado na China em 2004. Parte das obras de arte que decoravam originalmente o INFANTE, podem ser apreciadas no Museu de Marinha de Lisboa, mas muitas foram destruidas na China há cinco anos.
A Companhia Colonial teve uma existência de 51 anos, sendo associada à Empresa Insulana de Navegação em Fevereiro de 1974 dando origem à CTM- Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, que exerceu a sua actividade até 1985. O último grande navio adquirido pela CCN chamou-se BERNARDINO CORRÊA, em homenagem ao fundador da Colonial.
Luís Miguel Correia - 2009
Fotos: o armador Bernardino Corrêa fotografado em 1952, quando da viagem inaugural do VERA CRUZ, e o paquete INFANTE DOM HENRIQUE, fotografado em Fevereiro de 1961 nas provas de mar iniciais (fotos colecção Luís Miguel Correia - reprodução interdita)
A propósito de Museu da Marinha.
ReplyDeletedas duas últimas vezes que por lá estive, a ala da marinha mercante estava encerrada, ad aeternum, para obras. sabe-me dizer se já está operacional?
Obrigado
Infelizmente, ainda não.
ReplyDeleteHá dois anos fui lá... estava fechada; há uns dois meses fui lá outra vez, a propósito da exposição de modelismo, e continuava fechada; na semana passada colegas meus foram lá em visita de estudo e o panorama era o mesmo. :(
Cap Créus,
ReplyDeleteCaiu o tecto da sla há uns dois anos e ainda não foi feita a reconstrução...
LMC
Obrigado!
ReplyDeleteNada de novo, portanto.