O dia 18 de Maio último foi de festa nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, com a cerimónia de baptismo do porta-contentores celular CORVO, destinado ao armador Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos e à linha regular Continente - Açores.
Muitos convidados ligados aos transportes marítimos e ao mar, para além de uma representação significativa da Família Bensaude, cujo grupo empresarial é proprietário da Mutualista Açoreana, dando continuidade a uma tradição de armadores de navios portugueses desde o século XIX, com destaque para as antigas empresas INSULANA e PARCERIA GERAL DE PESCARIAS.
Na ocasião o Presidente do Conselho de Administração da Mutualista Açoreana, Eng. Joaquim Bensaude elogiou a indústria naval portuguesa e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo "cujo prestígio ultrapassou há muito a nossa terra". No seu oportuno discurso, o Eng. Bensaude reafirmou a vontade de a sua empresa continuar a singrar nas rotas do mar português: "Este CORVO, será o 5º navio com este nome, propriedade da Mutualista Açoreana, evocando a mais pequena, mais isolada e menos habitada ilha da Região Autónoma dos Açores.
Hoje poderá ser um símbolo - o da confiança dos nossos Clientes e o de querermos continuar de forma moderna, com qualidade e inovação, a participar nesta actividade tradicional, que é o Transporte Marítimo de Mercadorias, que outrora, em vários períodos da nossa História, foi determinante para o abastecimento do País e por ventura da Europa, tendo sido igualmente uma fonte de oportunidades para o desenvolvimento económico, sócio-profissional e humano de muitos Portugueses e vital para o abastecimento regular à Região Autónoma dos Açores."
No seu discurso o Presidente da Mutualista Açoreana considerou incontornável o relançamento das actividades marítimas em Portugal: "Portugal está hoje integrado, para além do aspecto geográfico, no grande espaço que é a União Europeia. Nós somos dos que pensam que há que ter coragem e perspectivar também a longo prazo, dado que, eventualmente a oportunidade / necessidade da Europa - e naturalmente Portugal - ter que se voltar novamente para este vasto palco que é o Mar, é incontornável, pois para além do desenvolvimento concreto e prático das chamadas Autoestradas Marítimas Europeias, por saturação das vias rodoviárias, muito mais evidente para além dos Pirinéus (mas que também afectará o nosso comércio externo), há as incertezas das fronteiras europeias de leste e ameaças ao Sul. A nós empresários, gestores, de empresas privadas e da "coisa pública", trabalhadores, responsáveis pelo ensino, académicos dos sectores correlacionados com a actividade marítima, logística e portuária cabe a grande responsabilidade, no provar e conseguir influenciar a sociedade em geral, para que o interesse pelo MAR não fique apenas pelo Turismo. A procura constante por fazer bem feito, com profissionalismo, competência utilizando modernos meios tecnológicos, procurando inovar, tendo a possibilidade de utilizar os mais modernos métodos de gestão, organização, produção, desenvolvendo competências próprias e , na busca de uma razoável competitividade é uma atitude fundamental. Ao fazer esta reflexão, estou consciente que muito pouco ou quase nada mudará se o Estado naturalmente não assumir o dever de ser o nosso maior aliado. (...) Temos vontade de continuar a contribuir para a manutenção, modernização e prestígio do transporte marítimo de pavilhão Nacional. Queremos continuar a criar empregos, proporcionar formação complementar e perspectivar carreiras profissionais, no mar e em terra, para os jovens que abracem a vida marítima. (...) Este é um ano que todos esperamos também seja marcante, para os sectores relacionados com as actividades marítimas, em Portugal.
Portugal assume a Presidência da União Europeia no próximo mês de Julho. A nova Política Marítima Europeia deverá ser ratificada internamente, depois da auscultação pública e das reflexões estratégicas; aguardamos pela definição e implementação das novas políticas e de ver consagrados, com justiça, no orçamento do Estado os precários apoios aos Armadores."
O Blogue dos Navios e do Mar regista com gosto este dia feliz na história da Mutualista Açoreana, da Marinha de Comércio Portuguesa e dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Pela negativa registe-se a ausência muito notada de quaisquer membros do Governo na cerimónia, apesar de expressamente convidados.
Text edited by LMC; images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Thanks for your visit and comments. You are most welcome at any time - Luís Miguel Correia
Muitos convidados ligados aos transportes marítimos e ao mar, para além de uma representação significativa da Família Bensaude, cujo grupo empresarial é proprietário da Mutualista Açoreana, dando continuidade a uma tradição de armadores de navios portugueses desde o século XIX, com destaque para as antigas empresas INSULANA e PARCERIA GERAL DE PESCARIAS.
Na ocasião o Presidente do Conselho de Administração da Mutualista Açoreana, Eng. Joaquim Bensaude elogiou a indústria naval portuguesa e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo "cujo prestígio ultrapassou há muito a nossa terra". No seu oportuno discurso, o Eng. Bensaude reafirmou a vontade de a sua empresa continuar a singrar nas rotas do mar português: "Este CORVO, será o 5º navio com este nome, propriedade da Mutualista Açoreana, evocando a mais pequena, mais isolada e menos habitada ilha da Região Autónoma dos Açores.
Hoje poderá ser um símbolo - o da confiança dos nossos Clientes e o de querermos continuar de forma moderna, com qualidade e inovação, a participar nesta actividade tradicional, que é o Transporte Marítimo de Mercadorias, que outrora, em vários períodos da nossa História, foi determinante para o abastecimento do País e por ventura da Europa, tendo sido igualmente uma fonte de oportunidades para o desenvolvimento económico, sócio-profissional e humano de muitos Portugueses e vital para o abastecimento regular à Região Autónoma dos Açores."
No seu discurso o Presidente da Mutualista Açoreana considerou incontornável o relançamento das actividades marítimas em Portugal: "Portugal está hoje integrado, para além do aspecto geográfico, no grande espaço que é a União Europeia. Nós somos dos que pensam que há que ter coragem e perspectivar também a longo prazo, dado que, eventualmente a oportunidade / necessidade da Europa - e naturalmente Portugal - ter que se voltar novamente para este vasto palco que é o Mar, é incontornável, pois para além do desenvolvimento concreto e prático das chamadas Autoestradas Marítimas Europeias, por saturação das vias rodoviárias, muito mais evidente para além dos Pirinéus (mas que também afectará o nosso comércio externo), há as incertezas das fronteiras europeias de leste e ameaças ao Sul. A nós empresários, gestores, de empresas privadas e da "coisa pública", trabalhadores, responsáveis pelo ensino, académicos dos sectores correlacionados com a actividade marítima, logística e portuária cabe a grande responsabilidade, no provar e conseguir influenciar a sociedade em geral, para que o interesse pelo MAR não fique apenas pelo Turismo. A procura constante por fazer bem feito, com profissionalismo, competência utilizando modernos meios tecnológicos, procurando inovar, tendo a possibilidade de utilizar os mais modernos métodos de gestão, organização, produção, desenvolvendo competências próprias e , na busca de uma razoável competitividade é uma atitude fundamental. Ao fazer esta reflexão, estou consciente que muito pouco ou quase nada mudará se o Estado naturalmente não assumir o dever de ser o nosso maior aliado. (...) Temos vontade de continuar a contribuir para a manutenção, modernização e prestígio do transporte marítimo de pavilhão Nacional. Queremos continuar a criar empregos, proporcionar formação complementar e perspectivar carreiras profissionais, no mar e em terra, para os jovens que abracem a vida marítima. (...) Este é um ano que todos esperamos também seja marcante, para os sectores relacionados com as actividades marítimas, em Portugal.
Portugal assume a Presidência da União Europeia no próximo mês de Julho. A nova Política Marítima Europeia deverá ser ratificada internamente, depois da auscultação pública e das reflexões estratégicas; aguardamos pela definição e implementação das novas políticas e de ver consagrados, com justiça, no orçamento do Estado os precários apoios aos Armadores."
O Blogue dos Navios e do Mar regista com gosto este dia feliz na história da Mutualista Açoreana, da Marinha de Comércio Portuguesa e dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Pela negativa registe-se a ausência muito notada de quaisquer membros do Governo na cerimónia, apesar de expressamente convidados.
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O Blogue «Atlântico Azul» associa-se no reconhecimento do mérito e da coragem destes Grandes Portugueses da Nação!...
ReplyDeleteSailor Girl,
ReplyDeleteÉ caso para admirar a coragem dos sobreviventes de um sector que chegou a ser dos mais importantes da economia nacional em meados do século XX... Nos tempos em que se faziam asa coisas a "bem da nação"...
Parabens por reportagem Luis Miguel
ReplyDeletee associo-me aos votos de que a Figueira da Foz possa ter a encomenda do navio seguinte
Pedirei que coloquem em SP