Tuesday, October 16, 2007

ESTAÇÃO MARÍTIMA DA ROCHA




Imagens da Gare Marítima da Rocha, de seu nome completo, da Rocha do Conde de Óbidos. Uma das três estações associadas a terminais de navios de cruzeiros existentes em Lisboa actualmente, a Rocha presta serviço desde 1947. Foi construída na década de quarenta, enquadrando-se no surto de obras públicas promovidas pelo Estado Novo sob impulso de Duarte Pacheco. Com projecto arquitectónico de Porfírio Pardal Monteiro e uma importante intervenção plástica de Almada Negreiros, autor dos frescos existentes no átrio superior, hoje infelizmente pouco acessível ao público. Construída a seguir à Estação Marítima de Alcântara, ambas as infraestruturas faziam parte de um plano no sentido de mais tarde atribuir todo o cais entre Alcântara e a Rocha a navios de passageiros, devendo as varandas respectivas ser ligadas e procedendo-se à construção de edifícios de apoio intermédios de menores dimensões, o que nunca chegou a ter concretização.
A construção destas estações marítimas foi acompanhada de alguma polémica por a sua localização ser considerada periférica em relação ao centro da cidade e às ligações ferroviárias, havendo defensores já na altura de uma Gare condigna junto ao Terreiro do Paço ou em Santa Apolónia... Mas de polémicas do passado está a história do Porto de Lisboa repleta, a começar pelos 150 anos de discussões sobre a construção do próprio Porto... Isto claro nos séculos XVIII e XIX.
Na Estação da Rocha houve um grande cuidado na questão arquitectónica e de funcionalidade, sendo fundamental que haja os mesmos cuidados na futura estação marítima de Santa Apolónia / Terminal de Cruzeiros, obra urgente, cujo atraso de execução - devia ter sido feita antes da EXPO 98 - muito tem prejudicado Lisboa ao nível de navios de cruzeiros, com diminuição acentuada de navios em operação de embarque e desembarque de turístas...
Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

6 comments:

  1. Pelos vistos a polémica ainda vai continuar por mais longo período!JC.

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  2. Infelizmente é uma polémica gratuita e destrutiva que apenas serve para atrasar os processos de desenvolvimento e para se aumentar os custos de investimento.
    Ou então quem de direito decida de vez fechar a porta e apagar a luz...

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  3. Começo a pensar se a melhor solução não seria mesmo acabar com o terminal de contentores de Alcântara e a expansão dos terminais de cruzeiros existentes. E aí haveria espaço de sobra para o que se quisesse ter em apoio: hoteis, centro comercial, o que fosse. Haveria espaço à vontade para autocarros, táxis, e o que mais fosse. Mesmo no que diz respeito a aspectos de segurança, tudo estaria muito mais arrumado e ordenado. Os pilotos de barra provavelmente prefeririam esta solução, e os bombeiros e PSP de certeza que sim. Poderia também transformar-se a Doca do Espanhol numa marina a sério (apesar da dimensão não ser nada por aí além), com toda a infraestrutura necessária, e integrar-se no conjunto do terminal de cruzeiros, aproveitando sinergias. Os turistas não estariam a contemplar Alfama durante a estada do navio, teriam que contentar-se com a Lapa.

    É claro que isso implicaria um custo importante na capacidade do porto em matéria de movimento de contentores. Mas esta hipótese devia ser equicionada. A questão é: para onde deslocar o terminal de contentores, sem perder acessibilidade de navios?

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  4. Não imagino as talvez inconfessáveis razões que levam o Sr. João Quaresma a pensar que os Pilotos apoiariam tal medida tentando assim denegrir a sua imagem.

    Posso garantir públicamente que o Departamento de Pilotagem de Lisboa apoia incondicionalmente todas as obras que visem desenvolver o Porto de Lisboa e assim atrair mais e maiores navios.

    Relativamente aos Bombeiros e à PSP visto serem organizações que visam o bem público só imagino que estarão também interessados no desenvolvimento do maior porto nacional.

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  5. NCM: Não se preocupe, eu compreendo-me.

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  6. Pois eu preocupo-me quando se insinua algo sem a respectiva justificação.

    Sou mais do tipo "quem não se sente não é filho de boa gente" do que do tipo "quem não deve não teme" o que, confesso, me dá algum trabalho...

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