Um paparazzi desconhecido tido como próximo de fontes ligadas à Política Marítima Europeia cujo epicentro vibra em Lisboa espalhando os fluídos marítimos para toda a Europa sedenta de marés altas e praias douradas e tesouros afundados na super ZEE eurolusitana registou esta imagem de regozijo expontâneo em apoio aos mais recentes discursos oficiais relativos à Política do Mar.
Esta manifestação expontanea deu-se inesperadamente em Alcântara-Mar, reconfirmando as grandes potencialidades portuguesas no sentido de conduzirem a Europa pelas rotas do progresso e da riqueza sustentável através do MAR
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Caro amigo
ReplyDeleteDo ponto de vista dos marinheiros, as gaivotas são animais muito bonitos enquanto voam ao longe. Quando poisam, só fazem barulho e porcaria difícil de limpar. Alem disso, nos locais onde vêm comer á mão, é necessário proteger a dita, pois têm uma enorme sofreguidão e comem o que lhes queriamos dar e tudo mais que possam. Não foi por acaso que no filme do peixinho ás riscas apareciam a gritar "me, me, me".
Tendo em atenção essas caracteristicas, acho que o que o papparazzi fotografou foi uma reunião de políticos discutindo o que fazer acerca da marinha mercante. Pela quantidade de resíduos brancos em redor, eu diria que já chegaram a algumas conclusões...
Um abraço
Amadeu Albuquerque
Caro Amadeu Albuquerque
ReplyDeleteMarinha Mercante?
Mas o que é isso?
Não ouvi ninguém referir esse termo arcaico nos discursos de boas políticas marítimas actuais.
Será que o termo se refere a um grupo de profissionais do Mar, a maioria dos quais assentou quilha em terra e até arranjaram um Clube com vista para o Mar da Palha?
Um abraço
Luís Miguel
«Gosto muito de Portugal, e os meus filhos têm uma camisola do Sporting, no entanto, não tenho grande confiança no futuro destas duas instituições. Em relação ao mais importante, isto é, o país, assusta-me a mediocridade da classe política, a sua falta de ambição, o seu tom especulativo. É verdade que as coisas têm melhorado ligeiramente nos últimos tempos, porém, o reformismo posto em prática é tíbio, com horizontes reduzidos e sem grandes objectivos. E assim não é possível chegar a bom porto. Enquanto o mundo roda a uma velocidade vertiginosa, Portugal continua ancorado nas discussões bizantinas, agarrado a uma pequenez estratégica. E é pena, porque em Portugal, à semelhança do que acontece em muitos locais do mundo, existe talento mais do que necessário para recolocar o país no local que merece, historicamente falando.»
ReplyDeleteMiguel Angel Belloso, hoje no Diário Economico.
Tal como na maior parte dos problemas, Portugal só se vai reconciliar com o Mar quando a iniciativa privada fôr livre de tomar os assuntos em mãos. Só que em Portugal o Estado é totalitário: não faz nem deixa fazer, e quando faz alguma coisa, normalmente faz mal. Assim como está, o Estado nada mais é do que uma ditadura de ignorantes corruptos.
Infelizmente os privados não se têm mostrado capazes de grandes coisas quando se fala em Marinha Mercante e não me parece que seja devido ao Estado.
ReplyDeleteUma empresa bem gerida não precisa do estado para nada, o mercado dita as regras, uma mal gerida apela constantemente ao subsídio.
Parece-me que temos poucas das primeiras e abundância das segundas.
Caro Malheiro do Vale: é uma questão de aparecer uma empresa a fazer as coisas bem e a ter sucesso (o que não é difícil já que é uma área com enorme potencial por aproveitar) que logo se espalha a notícia que o Mar é uma nova galinha dos ovos de ouro e aparecem outras a imitar. Há sempre boas e más empresas, mas - ao contrário do Estado - todas têm interesse em fazer as coisas. Veja-se este exemplo muito simples e muito evidente: a praça de touros do Campo Pequeno, antes e depois da privatização. O Estado é um caso perdido, e é um entrave ao desenvolvimento do país. Enquanto não for escorraçado dos sectores estratégicos a economia portuguesa nunca irá entrar nos eixos, e o país continuará a empobrecer.
ReplyDeletePois o que eu acho que é um entrave ao desenvolvimento do país não é o Estado mas sim a falta de cultura de exigência dos cidadãos, seja relativamente ao Estado, seja relativamente ao sector privado. Não há um único dia em que não seja mal servido por entidades privadas. Vou ao restaurante e sou atendido por funcionários sem formação, as cozinhas aguardam visita da ASAE e ainda vêm perguntar se quero factura. Meto-me num táxi, levam-me pelo caminho mais longo e ainda são mal educados se a viagem é curta. Acendo a televisão para constatar que os canais por cabo pelos quais pago uma fortuna se encontram "temporariamente" indisponíveis, o mesmo para o servidor de internet, caro e lento. Chamo o canalizador a casa, marco hora e ele não aparece. No banco cobram-me (cobravam) por despesas de todo o género e feitio sem justificação (curiosamente o do tal Estado não me cobra) etc. Podia estar a tarde toda a escrever. Também tenho muitas queixas relativamente ao funcionamento do Estado que ainda por cima me leva parte dos rendimentos, mas se estamos à espera dos privados (os tais empresários que têm em média o 9º ano de escolaridade) para salvar o país estamos conversados.
ReplyDeleteMalheiro do Vale e João Quaresma,
ReplyDeleteConcordo plenamente com as posições do Malheiro do Vale. Em termos de armadores privados, é só olhar para a história da nossa Marinha Mercante, que foi praticamente sempre explorado por privados com muitas ajudas do Estado, desde os subsídios directos à exploração até à proteção dos mercados na mesma lógica do condicionamento industrial do século XX. Depois entre 1975 e 1985, o Estado foi desastrado com as Empresas Publicas do sector, mas, mas o boom de armadores privados que se seguiu à liquidação das EP após 1985 foi de curta duração e má memória.
O nosso problema é antes de mais um problema de cultura marítima. E agora que os navios passam longe das praias, a insensibilidade só pode aumentar...
João Quaresma,
ReplyDeleteÉ dificil aparecerem armadores a sério em Portugal, porque os transportes marítimos internacionais são um dos sectores mais dinamicos da economia mundial e não se compadecem de aventuras. Estamos há anos a perder os combóios todos.
Quanto aos grandes armadores privados, veja-se por exemplo a lógica do Grupo SONAE com a sua BOX LINES. Não tem navios, prejudicou os armadores convencionais portugueses e até agora não contribuiu nada para dinamizar o sector...
Malheiro do Vale: tem toda a razão que há muita empresa privada incompetente mas a questão é que se estivermos insatisfeitos podemos sempre escolher outro restaurante, outro taxi, (já a Tv por cabo é mais difícil mas em princípio vai haver mais concorrência, se o Estado não atrapalhar), servidor de internet, canalizadores (o que há mais por aí são romenos e ucranianos competentes e mais sérios que os portugueses), bancos, etc. Mas, Estado, nós não podemos escolher a não ser que queiramos mudar de país. O mais que podemos mudar é em quem está à frente desse monopólio, de 4 em 4 anos. E mesmo assim não tem havido concorrência suficiente para que o sistema funcione e o país está no estado que se sabe. O Estado não precisa de obter outros resultados que não os estrictamente necessários à sua sustentação política nacional e internacional (daí o lambebotismo permanente à Europa, como se vê com o edifício da EMSA em pleno centro histórico de Lisboa). O Estado não precisa de ser produtivo: os seus resultados económicos são obtidos de forma autoritária, extorquindo dinheiro ao País. Não é por acaso que o homem mais prestigiado, o super-herói de todo o Estado Português nos últimos tempos tenha sido o anterior Director-Geral dos Impostos. Lançou alguma reforma ou algum projecto importante para o futuro do país? Não. Fez a cobrança difícil das dividas ao Estado, sacou a massa que é o que interessa. Um herói. Só não foi um herói maior porque se calhar cobrou dívidas às pessoas "erradas" e por isso foi substituído.
ReplyDeleteLuis Miguel Correia: tem razão em relação aos armadores nacionais, mas quando há potencial, os investidores aparecem, melhores ou piores, maiores ou menores. E o nosso sector marítimo está claramente subaproveitado. O mercado autoregula-se e os vazios comerciais são sempre efémeros (pelo menos em países desenvolvidos) desde que o mercado funcione. Pergunto: e o mercado tem sido deixado livre de funcionar por parte do Estado?
Concordo em absoluto que é um problema de falta de mentalidade marítima, tal como, por exemplo, existe uma falta de mentalidade agrícola que faz com a nossa agricultura, as actividades equestres e a caça estejam quase estagnados apesar de terem um enorme potencial económico. Acima de tudo existe atraso cultural e falta de mentalidade de cidadania, do que dá força à opinião pública. E porquê? Porque assim as coisas estão como interessam ao Estado. Futebol é que bom para o povo.
Acabamos sempre por chegar ao mesmo: o Estado ou não faz, ou não deixa fazer, ou deixa que outros façam mal. Por mais voltas que se dê, o Estado é sempre culpado, por acção ou omissão. Não será o único, mas é o principal. O que há a fazer é retirar o Estado das equações. A partir daí a resolução dos problemas será muito mais fácil.
Países onde o Estado não intervém nas actividades económicas : Ruanda, Uganda, Niger, Chade, Sudão, Mali, Gana, Burkinafaso, Togo, Benim, Laos, Belize, Onduras, Haiti, Nicaragua... O Paraíso do Privados e dos trabalhadores por conta destes...
ReplyDeleteNCM: olhe que não. Eu já estive nas Onduras e olhe que eles lá até que são interventivos.
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