Ontem tive a sorte de fotografar a fragata F480 N.R.P. COMANDANTE JOÃO BELO a navegar, ao largo de Lisboa. Nem queria acreditar quando vi o seu perfil no horizonte, contra o sol, e melhor ainda foi ver o navio a guinar para se fazer à Barra Grande de entrada no Tejo. Só mais tarde, já com o navio próximo identifiquei a JOÃO BELO, pois poderia ser a SACADURA CABRAL, que já não vejo a navegar desde 2005.
A JOÃO BELO estava impecavelmente pintada, provavelmente numa missão de familiarização com a sua futura guarnição da Marinha do Uruguai, a quem ao que tudo indica deverá ser cedida proximamente, juntamente com a sua irmã SACADURA CABRAL.
Observando esta fragata, dificilmente se pode dizer que já navega há mais de 40 anos.
Com efeito, a COMANDANTE JOÃO BELO foi a primeira das quatro fragatas construídas em França para a Marinha Portuguesa na década de sessenta. Lançada à água a 22 de Março de 1966, foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada a 1-07-1967 e entrou em Lisboa pela primeira vez a 7-12-1967.
Passados todos estes anos, após inúmeros serviços prestados a Portugal no mar, é um gosto ver a JOÃO BELO, airosa a esconder a sua idade, testemunho do carinho com que foi tratada ao longo de todos estes anos.
Pena que não se criem condições para preservar em Lisboa um navio de guerra dos anos sessenta, e nessa perspectiva inclinava-me para a corveta JOÃO COUTINHO, por duas razões: foi um projecto português de sucesso reconhecido internacionalmente e ainda está no activo. Alguém interessado em apoiar uma iniciativa deste tipo? A esquadra construída nos anos sessenta e setenta foi muito importante para a presença de Portugal no mar ao longo de todas estas décadas. Viver o Mar tem de passar também por preservar a sua memória. Quem ajuda?
Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
A JOÃO BELO estava impecavelmente pintada, provavelmente numa missão de familiarização com a sua futura guarnição da Marinha do Uruguai, a quem ao que tudo indica deverá ser cedida proximamente, juntamente com a sua irmã SACADURA CABRAL.
Observando esta fragata, dificilmente se pode dizer que já navega há mais de 40 anos.
Com efeito, a COMANDANTE JOÃO BELO foi a primeira das quatro fragatas construídas em França para a Marinha Portuguesa na década de sessenta. Lançada à água a 22 de Março de 1966, foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada a 1-07-1967 e entrou em Lisboa pela primeira vez a 7-12-1967.
Passados todos estes anos, após inúmeros serviços prestados a Portugal no mar, é um gosto ver a JOÃO BELO, airosa a esconder a sua idade, testemunho do carinho com que foi tratada ao longo de todos estes anos.
Pena que não se criem condições para preservar em Lisboa um navio de guerra dos anos sessenta, e nessa perspectiva inclinava-me para a corveta JOÃO COUTINHO, por duas razões: foi um projecto português de sucesso reconhecido internacionalmente e ainda está no activo. Alguém interessado em apoiar uma iniciativa deste tipo? A esquadra construída nos anos sessenta e setenta foi muito importante para a presença de Portugal no mar ao longo de todas estas décadas. Viver o Mar tem de passar também por preservar a sua memória. Quem ajuda?
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Ola Luis
ReplyDeleteMe chamo Alexandre da Costa, sou brasileiro, historiador e estou trabalhando um livro sobre a minha avó- imigrante portuguesa. Resido no Brasil, Ela cá chegou ao Brasil em 1956 à bordo do navio luso-panamenho NORTH King..Segundo informações, essa foi a última viagem do North King saindo de Portugal rumo ao Brasil. Gostaria de saber se o senhor poderia me ajudar com algumas informações sobre esse navio. Percebi pelo blog do senhor que entendes muito do assunto. Agradeço qualquer tipo de ajuda...Minha morada eletrônica é aledacosta@gmail.com
Muito obrigado
Olá Luis Muguel,
ReplyDeleteNem a Fragata D. Fernando conseguem coloca-la em exposição, quanto mais um navio da Marinha de Guerra!
A Marinha não deveria ficar com os navios como o Creoula, a D Fernando. Deveriam ser entregues a fundações como é feito noutros países como os EUA ou a Australia, Canada, e outros da Europa. Aqui o meu vizinho de agora, o "Amistad" custou à fundação que o detem 4 milhões de USD, o mesmo que a Fragata D. Fernando. Claro que o nosso navio ficou poudre pois a incompetencia da Marinha na permite fazer o que a fundação do Amistad fez ou seja, colocar o navio a navegar para que fosse pago aos poucos.
Somos um País que vive do passado, ninguem gosta de navios ou do mar. Talvez fosse bom vender a D. Fernando a Espanha ou mesmo aos EUA, pelo meos tinhamos a garantia que iria sobreviver.
Caro Luis
ReplyDeleteA propósito do seu comentário a respeito de preservar um navio de guerra para Museu, gostava de o informar que em 2004, por alturas do abates da Hermenegildo Capelo (F481) tentei dar inicio a uma tentativa de "Lobby" para salvá-la do desmantelamento mas não tive sucesso nenhum.
Tentei através da internet estabelecer contactos com alguém que tivesse "influência" junto da Armada, mas o silêncio e a indeferença foram a resposta, aparte o entusiasmo a nivel pessoal por parte de alguns amigos que tenho vindo a fazer em Foruns da Net, mas eles também simples "amantes" de Navios de Guerra sem qualquer influência.
Espero que pelo menos o Delfim S166 vá mesmo para Viana do Castelo.
Cumprimentos
RP
Fernando Barros
ReplyDeleteBARCELOS
obarros@sapo.pt
É com pena e tristeza que por vezes lemos certas noticias.
Já tinha lido algures que a Fargata João Belo ia ser vendida para o Uruguai pelo que li neste Blog confirma-se, é claro que tenho pena pois embarquei nela nos
anos de 1973/74 ao serviço da Mrinha que servi durante 5 anos.
Eu gostava de ver este patrimonio gurdado para Historiar a nossa passagem por Africa e durante a guerra fria.
Li algures sobre escuteiros maritimos, e desmvolvi uma teoria para salvar este patrimonio (Patrulha Corvetas ou outros) seriam protocolos entre a Marinha e os escuteiros ou outras instituições celebrar protocolos em que todos sairiam a ganhar a Marinha porque ganhava um meio de recrutamento e propaganda das suas atividades, as instituições porque podiam desnvolver suas atividades com outras condições de trabalho.Outros promenores ficariam de acordo com os protocolos. Eu estou disposto a dar o meu comtributo com a ideia
e seus promenores, haja quem lhe queira dar corpo.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Barros
Sem dúvida que é uma boa ideia mas claro que não será de fácil concretização. A Marinha não me parece que tenha orçamento para isso por si só, teria que ser alguma outra entidade pública sózinha ou em parceria com a Armada.
ReplyDeleteMas nunca se sabe, falar no assunto é importante. Pela minha parte, quando houver oportunidade, vou faze-lo, nomeadamente na Revista Militar onde escrevo umas crónicas.
Um Abraço,
Miguel Machado