Três imagens da Fragata NRP ÁLVARES CABRAL saindo a barra do Tejo, esta tarde, 20 de Maio. As nossas fragatas da classe VASCO DA GAMA são realmente navios muito elegantes, dá gosto vê-las a navegar. Com o abate da Fragata COMANDANTE SACADURA CABRAL, ficámos reduzidos a esta "Cabral", mas não consta que fossem da mesma família os patronos de ambos os navios...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Caro amigo, Luis
ReplyDeleteEsta fragata vem a caminho da Madeira, vem também para as celebrações do dia da Marinha.
Hoje ou amanhã atraca no Funchal,
depois envio fotos do dia da marinha para si.
Saudações
Sergio Ferreira
http://sergiocruises.blogspot.com
Obrigado Sérgio e que tenham uma boa festa naval com o Dia da Marinha. Fotos serão bem vindas, para o blogue, dado que não tenho possibilidade de ir aí passar o fim de semana como gostaria...
ReplyDeleteCreio que em 1972, tive a possibilidade de viajar de S.Miguel para a Terceira na antiga "Álvares Cabral", de origem inglesa.. As autoridades da época decidiram que o 10 de Junho se comemoraria em Angra do Heroísmo e a Marinha, falha de navios devido à guerra em África, foi buscar a "A.Cabral", que já estava para abate, para representar a Armada nas cerimónias. Foi uma bela viagem, com a guarnição reduzida mas com a tradicional "boa mesa" (e bons copos)que é imagem de marca nas nossas unidades navais.
ReplyDeleteChegados a Angra, salvou-se a terra com os disparos da praxe..accionados por um cabo de manobra dos antigos, que ainda usava um pau de giz para disfarçar as nódoas que sujavam o branco da farda de Verão..
No regresso a S.Miguel e já com o a Ferraria, na ponta dos Mosteiros, em S.Miguel, à vista, a máquina da "A.Cabral" resolveu descansar..e durante quase 3 horas ficamos à deriva, até que o eng.de máquinas,(ainda recordo o seu nome, 1ºtenente maq.naval Possidónio ) com a sua equipa, conseguiu trazê-la à vida, para uma entrada, garbosa, em P.Delgada..
Destas "Meko" gosto..só não aprecio as chaminés bifurcadas..
Saudações marinheiras
João Coelho
Caro João Coelho,
ReplyDeleteEsse seu cruzeiro inter-ilhas na ÁLVARES CABRAL de 1959 ex HMS BURGHEAD, da classe Bay (1945-1959)foi a última missão da fragata, mas foi em Junho de 1971. No regresso dos Açores o navio passou ao estado de desarmamento a 23-06-1971 e foi abatida ao efectivo dos navios da Armada a 26-05-1972.
Bela recordação.
Ainda me lembro destes navios, mas esporadicamente. Conheci melhor o AFONSO DE ALBUQUERQUE, (1966-1983)também da classe Bay ex HMS DALRYMPLE, ex HMS LUCE BAY que posteriormente foi adaptado a navio hidrográfico. Fotografei este navio a sair para o mar pela última vez para ser afundado...
Fora comprado com o resultado de uma subscrição pública na sequência da perda do navio anterior do mesmo nome na India em 12-1961.
Comentário a João Coelho.
ReplyDeletePrimeiramente saúdo,e dou os parabens a LUIS Miguel Correia,pelo seu conhecimento em navios,nomeadamente o conhecimento técnico que têm sobre o antigo NRP Álvares Cabral F336.
De sseguida saúdo,João Coelho,que julgo ter sido meu camarada de comissão no NRP Álvares Cabral F336,e com quem gostaria de contactar.
Venho por este meio reavivar a memória do meu ex camarada,e lembra-lhe que em 1971,havia navios de sobra na BNL,nomeadamente as novas Corvetas,eque o 10 de Junho,foi comemorado em Lisboa,mandando a Armada,navios para as ilhas,em representação da mesma.
A fragata NRP Álvares Cabral F336,foi designada a representar a Armada, na Cidae de Angra do Heroismo,na Ilha Terceira, Açores.
Na deslocação para S.Miguel,não me lembro,e já contactei diversos elementos da ex guarnição,de qualquer avaria nas máquinas,nomeadamente andar-mos á deriva.
Caso uma máquina avariasse teriamos a outra,que eram independentes.
Aconteceu algumas vezes chegar-mos adiantados a um porto, enese caso se ouvesse condições de mar,ficariamos a pairar,só a fazer tempo.
Consoante á guarnição reduzida,eram 171 elementos os mesmos que fizeram a comissão em África.
Consoante á tradicional boa mesa e bons copos,a nossa ex unidade sempre nos propocionou boa comida,os copos,resumiam-se a 2 decilitros de vinho por refeição.
No dia 10 de Junho frente a Angra do Heroismo.foi salvada terra,com a peça de vante,disparada por cabos artilheiros,supervisionados por sargentos,e supervisionado pelo chefe de artilharia,ao tempo 2.º Tenente Rebelo Marques.
O João Coelho não estava numa caravela de álvares Cabral,para os tiros de salva serem dados por um cabo manobra.
O Cabo manobra em questão,era o cabo Vieira,não era chamado omarinheiro tipo besunta ou chumgoso,era um cabo aprumado,e com orgulho na sua farda,e sempre limpo,não necessitava de gis,para esconder as nódoas.
O Chefe de Máquinas era o 1.º Tenente João Bico,sendo o 2.º Tenente Possidónio,o segundo engenheiro maquinista naval.
Creio ter aviavado a memória do meu ex camarada,e aproveito o ensejo para que nos contacte,para que esteja presente no nosso almoço de convivio em 2009,e que nos visite no nosso site.
www.alvarescabral69-71.blogspot.com
Saudações cordiais.
António Moleiro - amoleiro@hotmail.com
Caro António Moleiro
ReplyDeleteAgradeço a sua msg, que LMC me fez chegar.
Fiz a viagem na "A.Cabral" em 71 ( pensava que tinha sido em 72) de S.
Miguel para a Terceira e volta. Na altura trabalhava na rádio, e já
não sei porque razão, entenderam que ia na fragata...situação que,
aliás, me agradou, porque gostava de andar no mar..
Guarnição reduzida, foi o que me disseram a bordo - porque já não
esperavam que o navio voltasse a navegar; a boa mesa, é tradição na
Armada, que eu conheci bem quando ainda vivia nos Açores; os copos,
fora das refeições, bastava ir à cantina; aconteceu-me na "A.Cabral" (
e aliás, esse sr. Vieira, até me tentou ensinar como se bebia um copo
de tinto, torcendo o braço, sem derramar uma pinga..coisa que não
consegui fazer..) como me sucedeu em patrulhas e corvetas em comissão
nos Açores, onde almoçava e jantava com alguma frequência, a convite
de amigos que tinha na Marinha..e como aconteceu, comigo, e com outros
tripulantes da caravela "Boa Esperança", em Cádiz, durante a Regata
Colombo, em 1992, em que a "Sagres" era a nossa segunda "casa", para
comer e beber ...bons tempos!; não escrevi que o mesmo senhor dirigia
as salvas, disse sim, que accionava a peçazita, ou uma delas (já não
me lembro) à proa do navio; o pau de giz foi ele que me mostrou e
tinha-o para alguma emergência com a farda branca de Verão, como
outros camaradas faziam ( não disse, salvo seja, que o sr.Vieira era
"besunta".. ); sobre a avaria na máquina, ou nas tubagens das
caldeiras?..não tenho nenhuma dúvida e recordo-me bem de ver esse
oficial - Possidónio - voltar da casa das máquinas com as mãos cheias
de óleo, com o navio já a navegar, lentamente (para não forçar o
material) depois de algumas horas a pairar..com a ponta da Ferraria à
vista, num belo dia de quase Verão; aliás, se o Moleiro tem a minha
idade ( à volta dos 60...) deve recordar-se duma viagem que ficou
célebre na Armada, quando o Pres.da República visitou os Açores, julgo
que ainda nos anos 50. O PR saiu de Lisboa para Santa Maria de avião,
e do Alfeite zarparam para S.Miguel o "Afonso de Albuquerque" (o da
India) e a fragata "Nuno Tristão" que, em conjunto com o patrulha que
estava lá em comissão, iam formar uma força naval onde o Gen. Craveiro
Lopes embarcaria (no "Afonso"). Sucedeu que na viagem para os Açores,
um oficial do Aviso se enganou na navegação, e em vez de "aterrarem"
em P.Delgada, foram parar à Terceira..Perante a situação, tentaram
chegar a S.Miguel, ainda a tempo de embarcar S.Exia, mas o navio não
aguentou o esforço, tendo rebentado uma data de material nas
caldeiras...( o tal oficial do erro de navegação ficou, a partir daí,
a ser conhecido como o "Duque da Terceira" e não refiro o nome porque
um azar qualquer um tem..) Ia então o PR embarcar na "Nuno Tristão"
que, no entretanto, também se avariou..
Conclusão, Craveiro Lopes acabou por viajar no patrulha ( a viagem
cobria todas as ilhas ) e pessoal da Marinha que sabia com o que
lidava - e que fazia milagres a resolver problemas - dizia, na altura,
que se houvesse mais ilhas nos Açores, o General ainda acabava a
navegar de bote...
Estas coisas acontecem aos melhores e, naturalmente, são mais
frequentes quando o material é velho; é de gabar, isso sim, é a
capacidade de resolver os problemas, como acontecia na Marinha desse
tempo e como acontecia na Força Aérea, onde eu fiz a tropa e vi como
se voava com equipamentos - os "Skymaster's " (DC-4) e os "Dakotas"
(DC-3), por exemplo - com os motores cheinhos de horas de voo, mas
sempre recuperados e reparados..ao contrário de aviões de outros
países, onde motor avariado era motor substituído por motor novo..
Caro Moleiro, espero que embora não sendo seu camarada na Marinha, o
convite para 2.009 se mantenha!..
Ainda não tive ocasião de ver o "site" da "A.Cabral", mas não vai demorar.
Um abraço
João Coelho