Em 1955 a Companhia de Navegação Carregadores Açoreanos perdeu por encalhe o navio VILA DO PORTO, que foi o primeiro dos navios do Despacho 100 a ser abatido. Para o substituir comprou em 1958 na Suécia o AÇORES, mas a autorização de compra foi então condicionada à encomenda de outro navio aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
Assim foi encomendada a construção do PONTA GARÇA, construído em Viana segundo projecto holandês e destinado a substituir na carreira do Norte da Europa o vapor PERO D'ALENQUER.
O PONTA GARÇA acabou por ser o último navio a integrar a frota dos Carregadores Açoreanos, que em 1972 foram absorvidos pela Insulana, passando a frota, então constituída pelos navios AÇORES, HORTA, MONTE BRASIL, RIBEIRA GRANDE e PONTA GARÇA a ser propriedade da EIN até 1974 quando foram transferidos para a CTM.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Assim foi encomendada a construção do PONTA GARÇA, construído em Viana segundo projecto holandês e destinado a substituir na carreira do Norte da Europa o vapor PERO D'ALENQUER.
O PONTA GARÇA acabou por ser o último navio a integrar a frota dos Carregadores Açoreanos, que em 1972 foram absorvidos pela Insulana, passando a frota, então constituída pelos navios AÇORES, HORTA, MONTE BRASIL, RIBEIRA GRANDE e PONTA GARÇA a ser propriedade da EIN até 1974 quando foram transferidos para a CTM.
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Dos Carregadores Açoreanos confesso a minha queda pelos gémeos "Monte Brasil" e "Ribeira Grande", pela sua elegância e proporções - tudo neles me parecia bem: a proa, a popa, o desenho e dimensão da chaminé, afinal o muito equilibrado lançamento das sua linhas. Da empresa, ainda tenho uma vaga ideia do "Pero d'Alenquer", que me trouxe, através de um dos seus maquinistas ( Carlos Otero, mais tarde actor de Cinema, em Portugal e em Espanha ) o meu primeiro brinquedo "motorizado", um "dasolina" com motor de corda, comprado em N.York..
ReplyDeletePara nós, nos Açores, a "CA" era a mais cosmopolita das empresas de navegação, com sede em P.Delgada: fazia Lisboa, Leixões, Norte da Europa (ainda recordo as escalas em Southsampton,Le Havre, Hamburgo)e América do Norte. Teve alguns acidentes: a perda do "Vila do Porto", em Leixões, um incêndio (creio que entre a Madeira e S.Miguel) no "Monte Brasil", sem vitimas, e o encalhe do "Ponta Garça" (sem grandes consequências ) em S.Miguel.
Os navios praticavam um ritual curioso: sempre que passavam em frente ao Paço da Senhora da Vida, em P.Delgada e estando lá o Visconde do Botelho, dono dos Carregadores, saudavam a terra com alguns apitos..
Saudações atlânticas
João Coelho
João Coelho,
ReplyDeleteCuriosamente, os cascos dos gémeos de construção holandesa RIBEIRA GRANDE e MONTE BRASIL e do par de origem britânica HORTA e VILA DO PORTO eram rigorosamente iguais. Os navios diferiam depois nos arranjos a nível de casarios e alojamentos, mastros, chaminés, etc...
O AÇORES, de construção sueca era também muito elegante, embora depois de pintado com as cores da CTM tenha perdido muito, pois o azul e mais tarde preto do casco era demasiado subido... Deveria ter sido mantido ao nível do cinzento original, com os castelos a branco.
LMC
ReplyDeleteNão sei bem porque, sempre achei que a elegância de um navio (exceptuando os de passageiros)se nota vendo como ele se mostra quando está em lastro..Os "Liberty", por ex., que foram designados como "patinhos feios" quando surgiram, na 2ªGuerra Mundial, defendiam-se melhor, visualmente, quando estavam com o pleno de carga; vazios, eram, de facto, horríveis..O "Açores", carregado, era elegante; sem carga, perdia a "leveza" de linhas..enquanto que o "M.Brasil" e o "R.Grande" mantinham a "esbelteza" de imagem, com mais ou menos carga a bordo.
Enfim, pancada minha..
Fiquei a saber mais uma: essa de os cascos serem idênticos aos do "V. do Porto" e "Horta"...Obrigado
Saudações marinheiras
J.Coelho
Hello Louis Miguel, I worked on the Funchal (6 months in 1974, from april-sept,
ReplyDeleteincl. the change of funnelcolours!), starting after the refit in drydock in Rotterdam. Sweet memories of the vessel, incl. hurricane of the Azores. But this apart. A friend, a professional modelbuilder, will make me a 1:100 scale model of my favourite cargo ship Ribeira Grande/Monte Brasil (1948, built Holland),but the plans were burnt as the shipyard (Vuyk in Holland) had a fire in early fifties. I need plans , so I must go to Portugal sources to find 1:100 scale plans. Can you inform me? Shipping Museum Lisbon(I mailed 2x, no reply), or company archives or private? I have plenty of photos of the 2 ships, also on board(visited both vessels, also in breakers yard),but I miss this general plan with all decks and side view. Can you assist? These vessels were most beautiful, like yachts.
Thanks for your assistance, regards from the Netherlands, Koos Riedijk (email Dennis Riedijk, son). email: innisfree.photo@gmail.com
Hello Louis Miguel, I worked on the Funchal (6 months in 1974, from april-sept,
ReplyDeleteincl. the change of funnelcolours!), starting after the refit in drydock in Rotterdam. Sweet memories of the vessel, incl. hurricane of the Azores. But this apart. A friend, a professional modelbuilder, will make me a 1:100 scale model of my favourite cargo ship Ribeira Grande/Monte Brasil (1948, built Holland),but the plans were burnt as the shipyard (Vuyk in Holland) had a fire in early fifties. I need plans , so I must go to Portugal sources to find 1:100 scale plans. Can you inform me? Shipping Museum Lisbon(I mailed 2x, no reply), or company archives or private? I have plenty of photos of the 2 ships, also on board(visited both vessels, also in breakers yard),but I miss this general plan with all decks and side view. Can you assist? These vessels were most beautiful, like yachts.
Thanks for your assistance, regards from the Netherlands, Koos Riedijk (email Dennis Riedijk, son). email: innisfree.photo@gmail.com