O navio de pesca ILHA FAIAL fotografado em Viana do Castelo com as cores da Empresa de Pesca de Viana, no final da sua longa carreira, em Julho de 1990. Decorriam as comemorações do Dia da Marinha em Viana e a antiga Doca de Comércio, onde está agora o GIL EANNES, estava cheia de navios da Empresa de Pesca de Viana. Não havia espaço para mais e fartei-me de fazer fotografias...
Os especialista na história deste tipo de navios são mais uma vez convidados a partilhar alguns dos seus conhecimentos...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
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O Ilha do Faial, parte de um grupo de 10 navios, foi encomendado ao estaleiro da CUF, por conta de uma empresa de pesca inglesa em 1942, os navios seriam usados com navios de guerra, enquanto ela durasse, assim como 6 outros construídos de madeira, nos estaleiros Mónica. Isto deve ter colidido com a nossa neutralidade (mais outra história para investigar) especialmente porque Lisboa estava ao alcance dos bombardeiros alemães e só parte da encomenda foi entregue. O Ilha do Faial e o Ilha Graciosa foram entregues à SAPA Sociedade dos Armadores Pesca do Arrasto, com a liquidação desta empresa estatal nos anos 80, os navios foram adquiridos por outros armadores, nesta caso a Empresa de Pesca de Viana, que nos anos 90 também encerrou a sua actividade.
ReplyDeleteDos navios entregues aos ingleses, foram readquiridos em 1946, o Polo Norte, o Arrábida, o Algenib e o Aldebaran, além de se ter construído outras unidades semelhantes. A renovação não foi só na Marinha de comércio, foi também no bacalhau, na pesca do alto, nos estaleiros, nas escolas de pesca, etc.
Ricardo Matias
Obrigado Ricardo, pela contribuição para a história desta unidade de pesca...
ReplyDeleteDe todos estes navios que o Ricardo Matias salientou, gostaria de referenciar dois em particular, por terem sido protagonistas de duas situações invulgares: O primeiro, o “Algenib”, devido ao total abandono a que foi sujeito por parte do seu armador e também pela administração da Doca de Pesca de Pedrouços, com o nome de “Celmar”, acabou por se afundar na parte nascente desta instalação, em Fevereiro de 1996, onde ainda se encontra semi-submerso. O segundo trata-se de um 10 arrastões da classe “Ilha”, o “Ilha de S.Vicente”, que infelizmente foi protagonista de um dos casos mais graves relacionados com a nossa frota pesqueira das últimas décadas. Este navio, um dos maiores da frota da pesca do alto, em conjunto com o “Ilha de Santa Luzia”, com cerca de 434 tons de deslocamento, encontrava-se naquela fatídica noite de 18.10.90, a laborar a sul do arquipélago das Canárias, quando inexplicavelmente foi abalroado pelo mineraleiro grego “Ionian Wind”, de 24000 toneladas que seguia em lastro para norte, empurrando o navio português rapidamente para o fundo, levando consigo 20 dos seus tripulantes, muitos dos quais por estarem a dormir na altura do embate, não tiveram a mínima chance de salvamento.
ReplyDeleteSaudações marinheiras
Luis Filipe Morazzo