Fotografia histórica da lancha da Alfândega da Horta a entrar no porto à vela, vendo-se ao fundo a Ponta da Espalamaca. Imagem enviada pelo Sr. José Decq Mota, a quem agradecemos.
Texto copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
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Caros amigos,
ReplyDeleteEm especial ao Sr. José Decq Mota, cujos conhecimentos não pretendo pôr em causa, alvitro o seguinte:
Penso que a armação da lancha Maria José é uma adaptação à armação das escunas.
Se assim for, as velas nomeiam-se como segue, partindo de vante para popa:
- Bujarrona
- Estai
- O Mastro do Traquete enverga uma vela com o mesmo nome.
- O Mastro Real enverga a vela Grande.
Isto, porque penso que as velas latinas são triangulares, enquanto as velas da foto são quadrangulares.
Modestamente, aceito qualquer correcção ao que aqui afirmo.
M. Cumprimentos,
Vasco Moscoso de Aragão
Figueira da Foz
Na ilha Terceira, foi a Marinha - Autoridade Marítima que conservou e manteve a navegar até aos nossos dias uma lancha muito semelhante à "Maria José".
ReplyDeleteA "Angra", prepara-se agora para um novo capítulo da sua longa vida.
João R. Gonçalves, Angra do Heroísmo
LMC, bela foto desta "Maria José" que não tive a sorte de ver na Horta..Conheci, isso sim - e andei nelas, nos idos de 6O/70 - as lanchas do sr.Quaresma,(um dos maiores coleccionadores de garrafas de uísque do Mundo) a "Calheta" e a "Espalamaca", que faziam a ligação Horta-Madalena do Pico. Eram belas embarcações que se constituíam como "artérias" vitais no transporte de pessoas e bens no Canal Faial-Pico,e que mantinham estatísticas impressionantes de realização de viagens, só falhando o serviço duas ou três vezes por ano, quando as condições de mar eram mesmo muito sérias..Para os apreciadores das coisas do mar, era um espectáculo ver como, com mau tempo, traçavam rumos para ir da Horta à Madalena, evitando ao máximo incómodos aos passageiros, mesmo que a travessia durasse o dobro do normal. Tinham grandes mestres, ainda hoje recordados; lembro-me de um, mestre Jaime - o Jaiminho - que era um malandreco..Sempre que lhe calhava levar Ministro a bordo, para visita ao Pico, "atravessava" um bocado a lancha à vaga, para que Sua Excelência desse valor à insularidade..não sem que antes me prevenisse, ou a outros que ele conhecesse e que estivessem a bordo..
ReplyDeleteOutras embarcações com história neste Canal eram os "barcos da fruta" ou da "lenha" que traziam aqueles produtos do Pico para o Faial; eram embarcações de "boca aberta", essenciais na ligação comercial entre as duas ilhas. Na crise sísmica de 1973, que atingiu as ilhas do Faial e do Pico, vi um destes barcos levar um jeep "Land Rover" do Exército, da Horta para a Madalena, colocado de borda a borda,porque não cabia longitudinalmente na embarcação, enfrentando vaga, já de respeito, na travessia..e levando a viatura, sem problemas, até ao Pico.
E, já agora, recordo também, as duas grandes traineiras de pesca da albacora desses tempos, a "Carmona" e a "Salazar", que disputavam as toneladas de peixe capturado como se se tratasse de um Benfica/Sporting em futebol, com os aficionados em terra sempre à espera dos últimos números de peixe apanhado, para ver quem ia à frente..
Um abraço, com saudações
marinheiras
João Coelho
Alguns navios costeiros elanchas que menciona ainda estãono Pico, em seca, em regime de morte lenta...
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