REGRESSO AO MAR foi durante muitos anos um dos títulos mais utilizados para adjectivar a política marítima do Estado Novo sob tutela do ministro da Marinha Américo Thomaz.
O muito glorificado regresso ao mar traduziu-se efectivamente num aumento da actividade marítima em Portugal, mas os objectivos de estabilizar essas actividades e enraizar o mar no imaginário colectivo dos portugueses nunca se atingiram, passando-se após 1974 à desmontagem dos mecanismos de fomento marítimo do regime da segunda república, por negligência, muitas omissões e bastante ignorância, numa catadupa de actos que levaram ao quase desaparecimento das actividades económicas ligadas ao mar entre nós.
Mas nem tudo está perdido, desde há uns anos que se movem verdadeiros cruzados da economia do mar embora ainda ninguém tenha percebido efectivamente aonde esse movimento nos levará e entretanto o céu ainda nos cai em cima, qual aldeia gaulesa falida. Mas a esperança não morre e lentamente regressamos à água do rio Tejo com um navio novo, de tráfego local, é certo, mas novo e de construção complexa e caprichada: o navio-tanque SACOR II que após anos de construção e acertos em pelo menos quatro estaleiros diferentes está finalmente a cumprir com a sua vocação de substituir o GALP RIO, ex-MELINA de 1968, vendido para Cabo Verde. Não é ainda um verdadeiro regresso ao mar, mas já se regressa ao rio.
Fotografia do B/M SACOR II a navegar no Tejo a 17 de Junho de 2012.
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Complimenti per il blog. Davvero interessante. Non riesco a leggere perfettamente il portoghese ma qualcosa sì. Un mio caro amico è portoghese, così riesco a capire il senso degli articoli. ;-) ciao Luis Miguel
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