Foi constituída em Lisboa no passado dia 15 de Março uma nova empresa de transporte marítimo de passageiros que deverá iniciar as suas operações comerciais dentro de três meses. A nova empresa chama-se LUSONAVE - International Cruises e conta com um capital inicial de 100 milhões de dólares dos EUA, cerca de 75 milhões de Euros, estando a negociar a compra de um navio novo construído em Portugal "que será convertido para "actividades marítimo turísticas de longo curso" e deverá operar cruzeiros mistos regulares entre a Europa e África Ocidental.
A nova empresa resulta de uma "joint venture" entre um especialista em navegação de passageiros e cruzeiros português com mais de 40 anos de know how e um grupo de investidores de Angola e Cabo Verde. C. Costa, CEO da LUSONAVE, referiu ao BNM que a empresa está ligada a um importante grupo económico com posições destacadas na produção de energia, sem querer precisar o nome dos "accionistas de referência". Para já Costa elucidou que têm vindo a decorrer negociações com uma holding estatal portuguesa para a compra "por um valor próximo dos 18 milhões de euros" do navio de passageiros ATLÂNTIDA. "Esperamos fechar durante a próxima semana a compra do ATLÂNTIDA que se deverá passar a chamar ATLANTIC JEWEL e seguirá para a Turquia onde vai ser submetido a alterações de características no famoso estaleiro Tuzla Shipyards por forma a criar novos camarotes e zonas de lazer com a inserção de uma nova secção central por processo de "jumboizing". O navio vai ficar com 152 metros de comprimentos e 28.000 toneladas e deverá iniciar a sua actividade em Julho próximo. "O ATLANTIC JEWEL vai lançar um programa de cruzeiros inovadores baseados no conceito "Atlantic Fun" a partir de um porto do Sul de Portugal com saídas regulares cada 10 dias com escalas em Portimão - Casablanca - Tenerife - Mindelo - Funchal - Portimão. "
O CEO da LUSONAVE referiu que a empresa não vai utilizar Lisboa por alegada "falta de competitividade de Lisboa para operações de turismo com componente Ro-Ro para carga rolada e viaturas. O ambiente a bordo será de "festa permanente no frills, com restaurantes self-service eat and pay, 30 camarotes com varandas e animação tropical". Foi determinante para utilizar o porto algarvio a sua proximidade com o aeroporto de Faro e a profusão de carreiras aéreas low cost."
A LUSONAVE resulta de um projecto ambicioso: a empresa, com sede provisória num edifício de luxo em Cascais, no local do antigo Hotel Estoril Sol, vai investir 5 mil milhões de dólares na compra de navios novos e usados durante os próximos sete anos pretendendo chegar ao ano 2020 como um dos mais fortes operadores de cruzeiros internacionais. C. Costa referiu que uma empresa de projecto naval da Finlândia desenvolveu os planos para uma nova geração de cruzeiros com dois cascos, 200 metros de comprimento e 95 de boca para 2000 pax, cujas primeiras cinco unidades serão construídas no Extremo Oriente. A LUSONAVE vai lançar-se nos mercados angolano e brasileiro e deverá operar a partir de Cape Town e Durban já em 2016.
Como complemento destas iniciativas inovadoras, o Grupo Lusonave fechou entretanto em Inglaterra a compra por 15 milhões de Libras de um navio de passageiros clássico de 24.000 toneladas e 700 pax que será entregue em Janeiro de 2014 e deverá integrar o luxury branding market sob a designação de CLASSIC WORLD CRUISES.
Outro campo inovador do projecto LUSONAVE / CWC será a utilização de recursos dentro do mundo da Lusofonia - um mercado com mais de 200 milhões de consumidores. Os navios vão navegar com bandeira de São Tomé e Principe, oficiais Portugueses, Brasileiros e Cabo Verdianos e directores de hotel e cruzeiros escandinavos.
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Gostava que não fosse treta do 1º de Abril...
ReplyDeleteQue é que se andou a beber por aqui?!
ReplyDeleteApril fool ?
ReplyDeleteO texto é uma ficção de Abril, para não dizer sonho que ainda acaba tudo numa salada de cravos...
ReplyDeleteNo entretanto algumas das ideias são aproveitáveis, haja quem queira investir e trabalhar a sério nesta area fascinante...
LMC