Lá continuava este Domingo na Doca nº 1 da Navalrocha o navio da chaminé amarela, com um "P" de paquete.
Prestes a sair e fazer-se ao mar, mais dia menos dia, o FUNCHAL está lindo, tão renovado quanto possível, impaciente por receber os primeiros passageiros.
A chaminé do FUNCHAL sempre foi elegante, bem proporcionada e arredondada. Já não se constroem chaminés assim, principalmente porque é caro arredondar todas estas chapas de alumínio ou aço. As características exclusivamente estéticas dos navios não contribuem directamente para a capacidade de geração de receitas e assim há muito que deixaram de ser um dos elementos obrigatórios na lista de prioridades dos arquitectos navais, o que acaba por ser uma mais valia para o nosso FUNCHAL...
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Caro Luis Miguel Correia,
ReplyDeletetal como já não se fazem chaminés assim, diria que também a caligrafia já não é como dantes. Parecendo um pormenor de somenos, creia que só depois de ter chamado a atenção para o "P" de paquete é que me apercebi de que "aquilo" era um "P". No meio de tal rebuscado cheguei a pensar ser um "D", sem me preocupar com o que quereria significar. O facto é que, para mim, tal "rebuscado" falha o alvo ao pretender ser um "P". Talvez seja um assomo "pirata" do "P" que podemos encontrar no Word, nos caracteres em Tiranti Solid LET. Mas isso não parece ser tudo. Dantes, este "lettering" tinha algum interesse pois, normalmente, era feito em chapa e soldado ou apenas aparafusado (neste caso de uma chaminé, até para poder ser pintado com mais rigor. E é sabido que havia pintores de letras que não deixavam os seus créditos por mãos alheias. Este, chamemos-lhe, "P", parece ter sido pintado por um aluno da infantil tal a imperfeição do traço.
Mas, no fundo, o que é preciso é que o "Funchal" se saia bem desta sua nova vida e quando realmente a terminar que seja devidamente aposentado e não sofrendo mais tratos de polé!
Cumprimentos,
João Celorico
Caro João Celorico,
ReplyDeleteMuito interessante a sua observação, com a qual concordo inteiramente. O estaleiro é uma sombra do que era e claro as centenas de elementos que têm estado a trabalhar no navio, muitos dos quais estrangeiros, não se comparam com o antigo pessoal da CUF, da Navalis, da Lisnave. O mundo mudou muito na nossa indústria naval e em muitas outras coisas. Neste momento, tirando Viana que tem mão de obra desaproveitada, nos outros estaleiros, já nem mão de obra que se veja é incorporada nos trabalhos efectuados...
Cumprimentos
LMC