Em muitos aspectos, demasiados aspectos, este ano de 2015 foi mau, não vai deixar grandes saudades. Um dos pontos negativos associados à maritimidade foi o desaparecimento da revista CRUZEIROS, um excelente projecto editorial independente do jornalista Luís Filipe Jardim, cuja teimosia pessoal não conseguiu superar as dificuldades inerentes a quem queira fazer algo de diferente em Portugal com ligação aos navios e ao mar.
Assim, o sonho de muitos anos do Luís Filipe Jardim acabou por entrar em modo de suspensão indefinida neste ano da desgraça de 2015.
Estive com ele há dias no Funchal e perguntei se a ideia inicial de manter o título com periodicidade anual ainda estava de pé. Não disse taxativamente que não, mas não o vi animado e acabámos a discorrer sobre a hipocrisia reinante quanto a apoios e interesses diversos que se foram cruzando na rota da Revista CRUZEIROS durante os poucos anos em que se publicou, sempre com uma qualidade crescente.
O que é que matou mais este projecto?
Primeiro a paciência esgotada do Luís Filipe face à conjuntura, desde o saque fiscal desnorteado dessa entidade a que alguns chamam Estado Português e sobre quem sempre ouvi dizer que era um verdadeiro gatuno desclassificado, até aos apoiantes simpáticos que no fundo esmifraram de formas diversas os seus "apoios" de tal forma que na realidade o LFJ acabou a trabalhar para pagar a revista e por ai fora. E não me vou alongar mais para não começar a usar o discurso habitual do Capitão Haddock, "raios e coriscos..."
Encontrei-me com o Luís Filipe e lembrei-me de quantas vezes este ano me apeteceu também mandar tanta coisa borda fora e navegar sem rumo definido para bem longe daqui. Não fossem as saudades do Tejo....
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Pelo menos o LFJ tentou, tal como o LMC! Assim sendo, estão em melhor posição de criticar do que aqueles que nada fazem! E nestas coisas de Navios e do Mar (tal como de Aviões e coisas do Ar) há tanto treinador nacional de bancada...
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