Foi vendido pela Sacor Marítima ao estrangeiro e entregue em Lisboa no dia 27 de Fevereiro o navio-tanque português GALP SETUBAL, que se passou a chamar SETUBAL 1 com registo panamiano.
O GALP SETUBAL, de 29.997 TDW, era actualmente o maior navio da Sacor Marítima. Construído no Japão em 1984, chamou-se inicialmente MINERVA (1984-1989), mudando em 1989 de nome para ANIARA (1989) e WIND SOVEREIGN (1989-1990). Em 1990 foi adquirido pela Sacor Marítima, mantendo-se ao serviço desta associada da Petrogal durante quase 17 anos.
Vender e comprar navios é um tipo de operação normal no âmbito da actividade dos transportes marítimos, e tudo indica que a Sacor Marítima prolongou ao máximo a vida útil do GALP SETUBAL.
O que é de lamentar no que toca à venda de mais este navio da Sacor Marítima é o facto de desde há alguns anos esta empresa estar a reduzir drasticamente a sua frota própria, sem investir em navios novos mais modernos e adequados do ponto de vista operacional e técnico. Nos últimos tempos foram vendidos os navios GALP FARO, GALP SINES, GALP AVEIRO e agora o GALP SETUBAL, sem que tenha sido encomendado ou adquirido qualquer navio. A empresa tem substituído os navios próprios por tonelagem afretada.
Este facto é de lamentar, tanto mais que, com a alienação da frota da SOPONATA em 2004 e o abate dos navios da Sacor, Portugal deixa de dispor de navios-tanques. Esta lacuna é muito negativa, quer em termos económicos - importamos ramas e produtos refinados e para tal dispendemos divisas em fretes com navios estrangeiros - quer do ponto de vista estratégico - Portugal sofreu desnecessáriamente durante a Segunda Guerra Mundial por não haver petroleiros portugueses e na sequência desses acontecimentos seria criada em 1947 a SOPONATA, empresa que tão importante serviços prestou ao País e à Marinha de Comércio nacional.
Foi pois com tristeza que tomei conhecimento do abate do GALP SETUBAL. O navio deixou Lisboa na tarde de 28 de Fevereiro já com o novo nome.
Fotos do GALP SETUBAL atracado a Santa Apolónia obtidas a 24 de Fevereiro por L. M. Correia. Texto de Luís Miguel Correia - 1 Março 2007
Vender e comprar navios é um tipo de operação normal no âmbito da actividade dos transportes marítimos, e tudo indica que a Sacor Marítima prolongou ao máximo a vida útil do GALP SETUBAL.
O que é de lamentar no que toca à venda de mais este navio da Sacor Marítima é o facto de desde há alguns anos esta empresa estar a reduzir drasticamente a sua frota própria, sem investir em navios novos mais modernos e adequados do ponto de vista operacional e técnico. Nos últimos tempos foram vendidos os navios GALP FARO, GALP SINES, GALP AVEIRO e agora o GALP SETUBAL, sem que tenha sido encomendado ou adquirido qualquer navio. A empresa tem substituído os navios próprios por tonelagem afretada.
Este facto é de lamentar, tanto mais que, com a alienação da frota da SOPONATA em 2004 e o abate dos navios da Sacor, Portugal deixa de dispor de navios-tanques. Esta lacuna é muito negativa, quer em termos económicos - importamos ramas e produtos refinados e para tal dispendemos divisas em fretes com navios estrangeiros - quer do ponto de vista estratégico - Portugal sofreu desnecessáriamente durante a Segunda Guerra Mundial por não haver petroleiros portugueses e na sequência desses acontecimentos seria criada em 1947 a SOPONATA, empresa que tão importante serviços prestou ao País e à Marinha de Comércio nacional.
Foi pois com tristeza que tomei conhecimento do abate do GALP SETUBAL. O navio deixou Lisboa na tarde de 28 de Fevereiro já com o novo nome.
Fotos do GALP SETUBAL atracado a Santa Apolónia obtidas a 24 de Fevereiro por L. M. Correia. Texto de Luís Miguel Correia - 1 Março 2007
LMC:
ReplyDeleteÉ de virem as lágrimas aos olhos.
Mais não sei comentar.
O Galp Lisboa entrou hoje em Viana do Castelo para docagem. Está atracado no Cais do Bugio.
ReplyDeleteEsperemos que não saia com outro nome...
Assim o espero, mas quem sabe?
ReplyDeleteInfelizmente é mais uma página que está prestes a fechar-se na nossa depauperada marinha mercante.
ReplyDeleteLuis Filipe Silva
A VER NAVIOS,
ReplyDeleteMais do que deixar cair as lágrimas, há que exprimir a nossa indignação e mostrar o interesse nacional da Marinha de Comércio...
Malheiro do Vale,
ReplyDeleteEsse GALP acaba como os outros, até porque já navega há 23 anos. É uma questão de mais mês, menos mês., infelizmente
Neptuno,
ReplyDeleteAinda haverá páginas para encerrar na Marinha Mercante?