Lancha a motor de tráfego local CARCAVELOS da CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos a sair da Doca de Alcântara. Fotografia do final dos anos setenta.
No tempo em que havia em Portugal uma actividade marítima digna de nota, as empresas armadoras, além das frotas próprias utilizadas no comércio marítimo de longo curso e ou cabotagem, eram proprietárias de numerosas unidades auxiliares, nomeadamente rebocadores, lanchas e batelões.
A lancha CARCAVELOS, cuja fotografia apresentamos, foi construída na Alemanha em 1938 para a companhia Woermann Linie, destinando-se a integrar os navios de carga daquela companhia que faziam a carreira de África. Dois dos cargueiros desta empresa, o WAGOGO (3.118 TAB/ 1915) e o WAMERU (4.076 TAB / 1920) refugiaram-se no Lobito em 1939, e tinham a bordo cada um uma destas lanchas, destinadas a servir de ligação entre os fundeadoros e os portos em África, bem como para rebocarem batelões, etc..., isto numa época em que os chamados "portos" de África praticamente não tinham infraestruturas.
A 16 de Maio de 1943 a Companhia Colonial de Navegação comprou diversos navios de carga alemães surtos em portos da África portuguesa, entre os quais o WAGOGO, que se passou a chamar BAILUNDO (1943-1949) e o WAMERO, que foi rebaptizado HUAMBO (1943-1950).
Os navios eram já antigos e assim que foi possível a sua substituição com unidades novas construídas ao abrigo do Despacho 100, foram abatidos.
Ficaram as lanchas CARCAVELOS e a sua gémea MONFORTINHO, que datava de 1937. Prestaram serviço no Tejo com as cores da Colonial e foram transferidas para a CTM em 1974.
Na foto vê-se a CARCAVELOS impecavelmente pintada com o casco azul então adoptado pela CTM e o casario amarelo, do mesmo tom usado para os mastros dos navios.
Características principais: 30 tons de deslocamento, 10,44 tons de arqueação bruta, 10,7 m de comprimento e 2,6 m de boca. A CARCAVELOS estava equipada com um motor Diesel de 54 HP a 750 rpm, atingindo os 8 nós de velocidade. Além de reboque de batelões, fazia serviço de rendição de pessoal dos navios ao largo e auxiliava as manobras de atracação, rebocando os cabos dos navios para a muralha.
A CARCAVELOS e a MONFORTINHO faziam um barulho característico, e na época quando havia uma rendição nestas lanchas em vez de no belíssimo rebocador MUTELA, o pessoal torcia o nariz...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
No tempo em que havia em Portugal uma actividade marítima digna de nota, as empresas armadoras, além das frotas próprias utilizadas no comércio marítimo de longo curso e ou cabotagem, eram proprietárias de numerosas unidades auxiliares, nomeadamente rebocadores, lanchas e batelões.
A lancha CARCAVELOS, cuja fotografia apresentamos, foi construída na Alemanha em 1938 para a companhia Woermann Linie, destinando-se a integrar os navios de carga daquela companhia que faziam a carreira de África. Dois dos cargueiros desta empresa, o WAGOGO (3.118 TAB/ 1915) e o WAMERU (4.076 TAB / 1920) refugiaram-se no Lobito em 1939, e tinham a bordo cada um uma destas lanchas, destinadas a servir de ligação entre os fundeadoros e os portos em África, bem como para rebocarem batelões, etc..., isto numa época em que os chamados "portos" de África praticamente não tinham infraestruturas.
A 16 de Maio de 1943 a Companhia Colonial de Navegação comprou diversos navios de carga alemães surtos em portos da África portuguesa, entre os quais o WAGOGO, que se passou a chamar BAILUNDO (1943-1949) e o WAMERO, que foi rebaptizado HUAMBO (1943-1950).
Os navios eram já antigos e assim que foi possível a sua substituição com unidades novas construídas ao abrigo do Despacho 100, foram abatidos.
Ficaram as lanchas CARCAVELOS e a sua gémea MONFORTINHO, que datava de 1937. Prestaram serviço no Tejo com as cores da Colonial e foram transferidas para a CTM em 1974.
Na foto vê-se a CARCAVELOS impecavelmente pintada com o casco azul então adoptado pela CTM e o casario amarelo, do mesmo tom usado para os mastros dos navios.
Características principais: 30 tons de deslocamento, 10,44 tons de arqueação bruta, 10,7 m de comprimento e 2,6 m de boca. A CARCAVELOS estava equipada com um motor Diesel de 54 HP a 750 rpm, atingindo os 8 nós de velocidade. Além de reboque de batelões, fazia serviço de rendição de pessoal dos navios ao largo e auxiliava as manobras de atracação, rebocando os cabos dos navios para a muralha.
A CARCAVELOS e a MONFORTINHO faziam um barulho característico, e na época quando havia uma rendição nestas lanchas em vez de no belíssimo rebocador MUTELA, o pessoal torcia o nariz...
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Muy bueno... lo haré figurar en mi trabajo
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