Saturday, May 07, 2011

E ALI NA MARGUEIRA O FANTASMA DA LISNAVE

E ali, na Margueira, continua o fantasma da LISNAVE qual monumento à nossa incapacidade de adaptação à mudança que levou ao encerramento do estaleiro há dez anos. Um grande estaleiro com que o País sonhou durante quase um século, muitas décadas, e que foi inaugurado a 24 de Junho de 1967. Nessa data o grande empresário e grande alma da Lisnave que foi José Manuel de Mello referiu, em discurso o seguinte:
"Desde o início que a dimensão traçada para o novo estaleiro da Lisnave visava fundamentalmente o mercado externo. Na verdade, seria completamente impossível que assim não fosse, isto é, que se pudesse contar apenas com o mercado interno, com as construções e reparações da nossa Marinha Mercante e de Pesca, para justificar e tornar rentável este empreendimento. Visou-se, sim,  a participação activa no mercado internacional, designadamente no mercado de reparações da frota mundial de navios-tanques, pois reside aqui a maior vantagem da localização do estaleiro do porto de Lisboa, situado precisamente no cruzamento das principais rotas do tráfego mundial do petróleo. Assim, 90 % dos nossos clientes potenciais serão constituídos por navios estrangeiros. E esse facto caracteriza profundamente a vida da empresa, pois há que servir uma clientela de mentalidade totalmente diferente da nossa e satisfazer-lhe as necessidades." 


Fotografias feitas na tarde de 6 de Maio de 2011.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia.

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Luís Miguel Correia

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