Os primeiros dias de Julho de 1922 foram de grande preocupação para a administração da Companhia Nacional de Navegação: ao escritório desta empresa chegou um telegrama de Angola a anunciar a formação de uma nova concorrente denominada Companhia Colonial de Navegação. Acabava o monopólio da Nacional nas carreiras da África Portuguesa.
Fundada no Lobito no dia 3 de Julho de 1922, a Companhia Colonial de Navegação iniciou logo a sua actividade com os navios GANDA (I) e GUINÉ (I), adquiridos no ano anterior e transferidos para a CCN. Começou por fazer viagens de Angola para a Metrópole, alargando depois a sua actividade ao Norte da Europa e a Cabo Verde e Guiné. A frota foi crescendo com a compra de diversos navios aos Transportes Marítimos do Estado e a empresas estrangeiras. Com os paquetes JOÃO BELO, COLONIAL e MOUZINHO iniciou em 1930 a carreira da África Oriental, mais uma vez em concorrência com a Nacional. Ainda nesse ano comprou à Empresa Insulana o paquete SAN MIGUEL, que passou a ser o segundo GUINÉ. Durante a Segunda Guerra Mundial as actividades da Colonial cresceram e a frota foi ampliada com o paquete de luxo SERPA PINTO e diversos cargueiros incluindo o LUGELA (I), primeiro navio mercante português equipado com turbinas a vapor. No pós-guerra a CCN renovou a frota e alargou a actividade com novas carreiras para a América do Sul e Central, a primeira iniciada em 1940 e a segunda em 1953. Neste período a companhia mandou construir seis navios de passageiros, incluindo os navios VERA CRUZ (1952-1973), SANTA MARIA (1953-1973) e INFANTE DOM HENRIQUE (1961-1977) para além de 11 navios de carga e diversas unidades auxiliares.
A 3 de Julho de 1972 a Colonial comemorou 50 anos de existência ao mesmo tempo que expandia a frota de navios de carga e planeava a redução da frota de paquetes. Entretanto o Governo pressionava a companhia no sentido da fusão com a Empresa Insulana, o que veio a acontecer a 4 de Fevereiro de 1974 dando origem à CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos.
Em praticamente 52 anos de actividade a Companhia Colonial de Navegação integrou 50 navios na sua frota de longo curso e cabotagem e cerca de 50 outras unidades auxiliares. Vou uma grande empresa que deixou saudades...
Mais informações sobre a CCN e os navios respectivos por aqui...
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Caro L.M.
ReplyDeleteNo logótipo da CCN onde colocastes o nome "Sameiro", deves ter trocado com "Sena" creio eu?
Um abraço amigo
Luis Filipe Morazzo
Caro L.M.
ReplyDeleteNo logótipo da CCN onde colocastes o nome "Sameiro", deves ter trocado com "Sena" creio eu?
Um abraço amigo
Luis Filipe Morazzo
Luís Filipe,
ReplyDeleteObrigado pela visita e interesse. Não acrescentei nada, esta imagem é original, trata-se da contracapa do livro dos 25 anos da CCN, publicado em 1947. O SAMEIRO foi encomendado e construído para a Colonial, tendo passado para a Soponata após entrega pois entretanto a SOPONATA foi criada em Junho de 1947 e uma das entidades fundadoras era precisamente a CCN. Ver o meu livro SOPONATA 194-1997.
Abraço
LMC
Sempre a aprender
ReplyDeleteAquele abraço
LFM