Tudo indica que os cinco navios que integram a frota da companhia Classic International Cruises poderão voltar ao serviço activo se correrem bem as iniciativas actualmente a decorrer nesse sentido.
O grupo CIC consiste numa série de empresas criadas pelo armador grego George Potamianos designadas no seu conjunto por Classic International Cruises, na sequência da compra do FUNCHAL em 1985, quando se instalou em Lisboa e desenvolveu a actividade de armador e operador de navios de passageiros com que veio a obter grande sucesso em diversos nichos de mercado.
Com a crise económica a partir de 2008 e a concorrência feroz que os grandes grupos de cruzeiros têm feito, pressionando o desaparecimento das empresas independentes, a situação económica da CIC começou a perder alguma robustez, mas os conhecimentos e prestígio internacional do armador George Potamianos permitiram aguentar a nau.
Em 2010 o FUNCHAL foi retirado do serviço para modernização, tendo a reparação sido suspensa em Julho de 2011 por falta de dinheiro. Os quatro navios restantes continuaram a operar até Setembro de 2012, quando a pressão de diversos credores precipitou a suspensão da actividade da companhia. Não foi estranho a este desfecho o falecimento de George Potamianos a 29 de Maio de 2012 e a passagem da gestão da empresa para os seus filhos Alex e Emílios Potamianos.
Com o FUNCHAL imobilizado no Tejo há mais de dois anos e os paquetes ATHENA e PRINCESS DANAE arrestados em Marselha, e ainda o ARION imobilizado em Kotor e o PRINCESS DAPHNE arrestado em Creta, a Classic International Cruises encerrou os seus escritórios em Lisboa em Novembro último, ao mesmo tempo que diversas empresas estrangeiras associadas abriram falência, caso da CIC Austrália e da NDS em França.
Mais recentemente um acordo entre os irmãos Potamianos e o principal credor da CIC, o banco Montepio Geral resultou na entrega do PRINCESS DAPHNE aos irmãos Potamianos ficando o Montepio com os quatro navios restantes.
Foi agora anunciada a compra dos paquetes FUNCHAL, ATHENA, PRINCESS DANAE e ARION por interesses ligados a um empresário português com ligações ao Grupo Amorim.
Trata-se do Dr. Rui Miguel Duarte Alegre, de 44 anos, conhecido empreendedor, com experiência nos sectores do imobiliário e do turismo, que certamente viu uma boa oportunidade de diversificação dos seus negócios com a compra ao Montepio dos navios da CIC. Consta que vai ser criada uma nova empresa para fazer regressar estes navios aos cruzeiros internacionais. O Blogue dos Navios e do Mar deseja o maior sucesso a esta iniciativa e espera voltar a ver todos estes belos navios clássicos a navegarem num futuro próximo.
Trata-se do Dr. Rui Miguel Duarte Alegre, de 44 anos, conhecido empreendedor, com experiência nos sectores do imobiliário e do turismo, que certamente viu uma boa oportunidade de diversificação dos seus negócios com a compra ao Montepio dos navios da CIC. Consta que vai ser criada uma nova empresa para fazer regressar estes navios aos cruzeiros internacionais. O Blogue dos Navios e do Mar deseja o maior sucesso a esta iniciativa e espera voltar a ver todos estes belos navios clássicos a navegarem num futuro próximo.
Fotografias originais dos navios da CIC de L. M. Correia. Reprodução proíbida.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Caro amigo,
ReplyDeleteEstão são seguramente as melhores notícias que poderíamos ter neste principio de ano.
Acompanho-o nos votos de sucesso e boa sorte ao novo proprietário.
Reinaldo Delgado
Ainda me custa a acreditar nesta noticia. Isto deve ser um milagre de Nossa Sª de Fátima.
ReplyDeleteConcordo com o Realista.
ReplyDeleteQue assim seja!
E muito boa esta noticia ,mas e muito diferente da realidade porque?...em primeiro Portugal nao e um pais rico em turistas,segundo com a crise que vai no pais,muita falta de empregos quantas pessoas poderao ir em cruzeiros desta ou de outra companhia?...se houvesse carreiras regulares de passageiros entre por exemplo Lisboa-Madeira-Acores-Canarias-Sao-Tome-e-Principe e Guine,ai estava bem,mas so turismo...BOA SORTE.
ReplyDelete