Monday, May 04, 2009

Rebocador FOZ DO VOUGA




A riqueza marítimo-cultural de Aveiro tem as mais diversas expressões.
Ontem (3-05-2009) fotografámos o rebocador FOZ DO VOUGA, da empresa Reboques e Transportes Marítimos, que foi construído nos Estaleiros Navais do Mondego em 1959 e serviu a navegação e a pesca de Aveiro durante décadas, sendo um dos antigos ex-líbris daquele porto.
Apesar de tisnado pela ferrugem e muitos anos de imobilização, o FOZ DO VOUGA mantém toda a sua beleza e da sua observação ressalta uma originalidade curiosa: as cores da chaminé e casco são as mesmas da antiga companhia de navegação francesa CHARGUEURS RÉUNIS. Alguém explica esta coincidência? Há quanto tempo está o FOZ DO VOUGA parado?
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

8 comments:

almagrande said...

Bom dia Luis. Vim aqui retribuir a visita e o abraço.
Obrigado
Marco

Ana Maria Lopes said...

Pois, a volta pela Gafanha, Ílhavo e Aveiro, pelo menos, já deu frutos
fotográficos.
É uma pena o estado em que o Foz do Vouga se encontra. Poderia fazer-se alguma coisa? Sucedeu ao rebocador Vouga, ainda de madeira e a vapor.
A propósito, vou-lhe enviar uma foto, que talvez aprecie.

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Obrigado Almagrande, volte sempre... Vou fazer um link para si...

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Ana Maria,
O FOZ DO VOUGA merecia ser preservado e adaptado a fins marítimo-turísticos. Faz-se muito no Norte da Europa e Escandinávia, a preservação de rebocadores que proporcionam ótimos navios / barcos de recreio. Funcionam muitas vezes com associações de Amigos e tripulações de voluntários. Podia por exemplo ser adquirido pelo Município, etc...

Anonymous said...

Eu também acho que o "FOZ DO VOUGA" deveria ser preservado. Não se fez isso com o "VOUGA 1º" que hoje seria uma unidade histórica, não vamos cometer o mesmo erro com o seu sucessor.
Numa terra como esta não haverá gente disponível a tomar conta dele graciosamente depois de restaurado?
Poderia proporcionar baptismos de mar aos jovens e outros interessados, cruzeiros turísticos no mar, etc.
A tal fotografia que Dª Ana Maria enviou não será uma relíquia do "Vopuga 1º" ? Gostava de algo deste rebocador que era o meu fascínio em menino. Era ele que rebocava o navio do meu pai no regresso a casa.

Cumprimentos

João Marçal

Unknown said...

Boa tarde ,
estou bem de acordo que o Foz do Vouga merece mais atenção . Passei muitas horas de boa memória nele pois sou neto do Mestre Mário e durante as férias era companhia habitual para ele durante as operações de entrada de barcos na barra e encaminhamento para a Gafanha . A ideia de o preservar para utilização recreativa é excelente .
Um abraço
António França

Rui Amaro said...

Acerca da razão das cores da chaminé dos rebocadores FOZ DO VOUGA e do seu antecessor VOUGA 1º serem idênticas às dos navios da Compagnie Maritime des Chargeurs Réunis, de França, já questionei o sábio entusiasta de navios e navegação Francisco Cabral, mas não conseguiu dar qualquer explicação.
Em minha opinião, a razão deve-se prender com o caso do VOUGA 1º que desde a sua construção em 1923 nos estaleiros José da Silva Lapa, rio Douro, V. N. de Gaia, tendo estado sempre registado na praça do Porto, indo esporadicamente a Aveiro, Figueira da Foz ou Viana do Castelo, quando era requisitado, nomeadamente para assistência aos navios bacalhoeiros, era o rebocador da companhia que prestava assistência aos vapores e paquetes da Chargeurs (mais identificada como a companhia da cinco estrelas) e da associada Sud-Atlantique (a do Galo) durante a sua estadia no porto de Leixões, e como tal o seu primeiro armador assim o deve ter entendido dar igual pintura, e se não estou em erro a bandeira era idêntica.
O mesmo se passava com os vapores da Carregadores Açoreanos que nas manobras no rio Douro ou Leixões eram quase sempre auxiliados pelo VOUGA 1º, aliás parece-me que esta companhia de Ponta Delgada, ou o seu consignatário aqui no Porto, a firma David José de Pinho, Filhos, tinham interesses nos armadores do VOUGA 1º, o qual além da assistência portuária, servia a cabotagem nacional entre os vários portos Portugueses, particularmente Porto/Leixões, Setúbal e Lisboa, rebocando as fragatas MICAELENSE, ALELUIA e uma outra que não me recordo do nome, que eram do seu armador.
Tudo isto me foi relatado por meu pai, um piloto da barra.
Já o FOZ DO VOUGA esteve sempre ao serviço da navegação Aveirense, em cujo porto estava registado e sedeado, salvo um pequeno período que realizou reboques de fragatas entre Setúbal, Lisboa e Porto.
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro

Anonymous said...

é como muita tristeza que anuncio o fim do grande e majestoso "Foz do Vouga", o mesmo foi abatido à já alguns anos por ter tido uma avaria na maquina principal. Como a sua reparação era dita como muito dispendiosa (não sei qual o tamanho custo de mandar fundir uma camisa!!! que mais tarde até acabou por ser feita...), foi preferivel deixar este "puro sangue" a enferrujar e neste presente mês, totalmente desmantelado. Foi o rebocador da minha infância que muita saudade me vai deixar!

Catraio