Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos: um dos mais importantes edifícios de entre os que integram o património do Porto de Lisboa.
A primeira fotografia, de Novembro de 2008, mostra o seu aspecto presente, quase sempre despida de navios, de portas fechadas à sua função de entrada nobre da cidade de Lisboa, a tal capital do Império ao tempo da sua inauguração em 1948.
Um Império antigo, herança dos tempos em que Lisboa era o centro do mundo marítimo, quando o comércio internacional tinha a sua maior referência logística no Tejo.
O Tejo ainda por cá está e apesar da nossa actual triste condição de protectorado europeu, é pouco provável que o sindicato internacional de credores se lembre de nos subtrair esta dádiva da natureza, atendendo ao défice de cultura marítima que caracteriza a Europa nos tempos que vão correndo. Daqui partiu a Armada Invencível, cheia de navios portugueses às ordens de Castela, daqui partiram muitas vezes os mais belos navios portugueses do século XX, que a segunda fotografia - datada de Abril de 1962 - mostra: da esquerda para a direita, os paquetes VERA CRUZ, INFANTE DOM HENRIQUE e SANTA MARIA, então os maiores navios de passageiros nacionais, atracados precisamente ao cais da Rocha, com o INFANTE a largar para África.
O que é que esta geração sem vergonha fez de um património tão rico? Bolas para isto tudo e para esta gente indigna.
O que é que esta geração sem vergonha fez de um património tão rico? Bolas para isto tudo e para esta gente indigna.
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2 comments:
Muitas vezes me pergunto como foi isto possivel...
Cap Créus,
E isto não é nada comparado com o que nos espera: já se começa a ver mais concidadãos a viver na rua...Ontem o cheiro à frente do Ministério das Finanças era nauseabundo, está a morar lá um indivíduo que se encosta a um candeeiro e desliga, dorme, etc, e pelo cheiro, usa o espaço público também como casa de banho.
E em frente já não se vê o Tejo porque o novo terminal fluvial betonizou a vista completamente. Deve ser por questões de segurança.
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