Monday, April 07, 2008

Rebocador MONTENOVO em Roterdão

O nosso amigo Hans Hoffmann, dos Pilotos de Roterdão acaba de me enviar esta fotografia do rebocador português MONTENOVO a entar em Roterdão no passado Sábado, 5 de Abril. Informou que o navio era procedente de Gijon, Espanha.
O MONTENOVO é um dos mais modernos da frota da REBONAVE - Reboques e Assistência Naval, S. A., de Setúbal, empresa que para além de serviços costeiros e portuários se dedicaca aos reboques de alto-mar. Segundo informação da empresa, neste momento tem dois outros rebocadores no estrangeiro: um na Argélia e o MONTALVO a caminho da Guiné Equatorial.
O MONTENOVO é o terceiro rebocador com este nome a integrar a frota da REBONAVE. Foi construído em Avilez, Espanha, em 2003, apresentando as características principais seguintes: arqueação bruta: 239 toneladas, comprimento fora a fora: 28,40 m, boca: 8,60 m, pontal: 4,55 m, calado: 3,55 m. Está equipado com 2 máquinas diesel desenvolvendo a potência de 2 x 1,877 BHP, 2 hélices e atingindo a velocidade de 12 nós. Força de tracção: 50 Toneladas. A REBONAVE tem um site que poderá ser consultado para mais informações aqui.
Text by Luís Miguel Correia. Image copyright Hans Hoffmann. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

4 comments:

joão coelho said...

Esta foto faz-me lembrar os três rebocadores de alto-mar da Sociedade Geral - julgo que os únicos, durante muitos anos, que tivemos: o "Praia da Adraga", o "Praia Grande" e o "Cintra", que, por algum tempo, fizeram estação em Ponta Delgada, S.Miguel, Açores, nos anos 60. Os holandeses, da Smit, estavam na Horta,Faial, há muito tempo,e foi com eles que o Café Peter, ainda com o velho Guilherme Azevedo, pai do Peter, começou a ganhar projecção internacional. Nós escolhemos S.Miguel.
Os "Praias" julgo que eram de construção americana, e o "Cintra" de origem inglesa. Um dos responsáveis era o cdte. Manita, um lobo do mar dos autênticos, que eu vi sair do porto de Ponta Delgada, num dia de Inverno,com ondulação superior a 10 metros..um espectáculo. Curiosamente, os rebocadores gregos que depois dos nossos desistirem, avançaram para os Açores - tinham um T branco em chaminé azul, creio que de Tzakintis - incluíam o ex-"Turmoil" que ficou célebre na assistência ao "Flying Enterprise", durante a saga deste navio, nos anos 50, no Atlântico norte. Os portugueses não tiveram muita sorte, fizeram pouco serviço,e sairam de S.Miguel..Aos gregos as coisas correram melhor e chegaram a fazer um salvamento a algumas centenas de metros do seu posto de atracagem em P.Delgada..safando um navio-tanque alemão-federal que "entrou" a direito no calhau junto ao ilhéu de S.Roque, quase que caindo nos braços do seu salvador..O episódio dominou as atenções porque o alemão transportava gasolina de aviação, a fenda no casco libertava combustível e o vento trouxe a evaporação para terra. Conclusão: por razões de segurança, fecharam as escolas e o pessoal teve um dia de folga extra...
Mas acabou tudo bem

Saudações marinheiras

LUIS MIGUEL CORREIA said...

João Coelho,

Sempre interessantes os seus comentários. Não há como ter uma costela de Ilhéu para saber apreciar navios...
Os gémeos PRAIA GRANDE e PRAIA da ADRAGA foram construídos em Portugal, mais precisamente em Lisboa... O primeiro ainda existe e está à venda na Grécia...

joão coelho said...

Obrigado LMG
Interessante notar o estado do navio, todo pintado, tudo limpo, tudo no seu lugar, impecável. E o "ar" dos tripulantes, tipicamente portuga - um deles até tem uma boina ( uma "pirata" como também lhe chamàvamos ) tão habitual nos nossos homens do mar..
Pena não ter metade do dinheiro do José Mourinho, que ia ali à Grécia comprar o "Praia Grande"...

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Temos que estudar melhor as possibilidades de voltar a trazer o PRAIA GRANDE para Lisboa.
Seria uma homenagem à Indústria Naval portuguesa, que o construiu em 1952, e à quase defunta Indústria de Transportes Marítimos portuguesa, pois pertenceu durante 20 anos à Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, a mais dinamica das companhias de navegação nacionais da época...