Friday, October 09, 2009

DIFICULDADES NO MOVIMENTO MARÍTIMO DO PORTO DE LISBOA


Ao princípio da manhã de ontem não havia um único cais vago no porto de Lisboa em consequência de intenso movimento que ultimamente se tem verificado com a atracação de barcos no Tejo.
Assim, o «Angra do Heroísmo», da carreira dos Açores, que havia entrado no Tejo às primeiras horas do dia, teve de aguardar, fundeado, até às 14 horas, que um «ferry-boat» acostasse a ele para o desembarque dos passageiros.
Entretanto, verifica-se o seguinte movimento portuário: na Estação Marítima de Alcântara está fundeado o navio inglês «Nevasa», com 1188 turistas vindo de Liverpool; e o italiano «Caribia», proveniente da América Central, que saiu às 14 e 30 para Vigo. Na Rocha do Conde de Óbidos estiveram atracados o paquete inglês «Avalon», com 302 excursionistas; o americano «Brasil», com 360 passageiros, que partiu ontem às 18 horas para Vigo; e vindo de África, o «Infante Dom Henrique», com 1068 pessoas. No mesmo cais, que se encontra pejado de mercadorias e bagagens, esteve atracado ainda o paquete inglês «Chusan», com 1000 passageiros, que partiu ontem à tarde.
Notícia in “Jornal do Comércio” de 5-10-1966 página 8. Fotografia do paquete americano BRASIL a largar de Lisboa em cruzeiro
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2 comments:

Pedro Baptista said...

O fumo que se ve a sair... é do BRASIL ou de algum rebocador à popa? Se for mesmo do navio, este tinha umas chaminés caricatas. :)

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Pedro B,

Este paquete e o seu irmão ARGENTINA tinham as máquinas a ré e o escape era feito pelos tubos de que sai fumo na imagem. A "chaminé" central era unicamente decorativa.
Estes navios são do mesmo tempo do ROTTERDAM, que tinha um sistema de chaminés semelhante...

LMC