Espelho, espelho meu, há algum porto mais bonito do que o meu?
Talvez sim, mas não serão muitos...
Em Lisboa, a cidade embrenha a sua imagem de fado e mar no costado dos navios que a visitam a tentar largar também, ao fim do dia, para qualquer destino além Tejo: pode ser Cádis, ou Leixões, ou Vigo, ou Casablanca, ou Málaga, ou Funchal, ou Barcelona.
Por mim até podia ser Cascais...
O reflexo do panteão na janela do EUROPA 2 faz acreditar na inquietitude permanente de Santa Apolónia, de Santa Engrácia...
E no final do dia lá vão os navios barra fora, e ao cais atraca uma tranquilidade vazia de paisagem com vista reduzida.
Mas a vida renova-se depressa, provavelmente na manhã seguinte, já lá estará outro navio com uma chaminé de outra cor e mais turistas descobridores de Lisboa...
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