Monday, April 17, 2023

O TEJO E OS NAVIOS NUM MOMENTO



HACI FATMA ANA, PORTUGS SINES, WIND SURF, SENHORA DO CAIS, AURORA, BELLATRIX I e PRÍNCIPE PERFEITO. Juntos num momento irrepetível, como são todos os fragmentos de cada dia. No Tejo, em navegação, num registo que me agrada especialmente, feito do Cais da Rocha do Conde de Óbidos, onde fui ver a saída do navio de cruzeiros WIND SURF, na tarde de 15 de Abril de 2023, com uma luz de primavera a parecer verão, de tão forte. 
Elemento central desta fotografia, o navio de cruzeiros WIND SURF é o quarto de um conjunto de cinco unidades construídas no Havre, entre 1985 e 1992. Os três primeiros, com 4 mastros e capacidade para 148 passageiros foram o WIND STAR (1986), o WIND SONG (1987-2003) e o WIND SPIRIT (1988), destinaram-se desde o início à companhia Windstar Cruises. 
Os dois navios da segunda série, substancialmente maiores, com capacidade original para 402 passageiros, foram construídos para interesses franceses e operação do Club Med: o LAFAYETTE, atual WIND SURF, foi lançado à água a 23 de dezembro de 1988, alterando o nome para CLUB MED 1 durante a fase de aprestamento, em 1989. Foi adquirido em 1997 pela Windstar e chama-se WIND SURF desde 1998. É gémeo do quinto e último desta série de navios de cruzeiro à vela, o CLUB MED 2, que entrou ao serviço em 1992.
Na fotografia, destaque ainda, pela sua graciosidade tão original, o lugre português PRÍNCIPE PERFEITO, da companhia Veltagus. 

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Tuesday, March 21, 2023

Porto de Lisboa com navios

























É assim que gosto de ver o Tejo, como porto cheio de navios, como aconteceu a 15 de fevereiro deste ano, quando registei esta imagem do cargueiro holandês MANISA KATE, em primeiro plano, com os navios de passageiros AIDAmar e SPIRIT OF DISCOVERY, alguns veleiros e o UAM ZEZERE, da Marinha Portuguesa, a salvar as horas da casa.

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NRP ZARCO no Tejo



O navio-escola ZARCO, da Marinha Portuguesa, em navegação no Tejo a 3 de fevereiro de 2023, fotografado por Luís Miguel Correia. 
Atracado ao Cais da Rocha pode ver-se o veleiro dinamarquês DANMARK, que esteve em Lisboa mais uma vez.
O ZARCO, além de bonito, tem uma história interessante, que pode ser consultada na página oficial do NRP ZARCO .

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Sunday, March 12, 2023

A beleza clássica do paquete SANTA MARIA



































Imagem belíssima do paquete SANTA MARIA atracado ao cais da Estação Marítima da Rocha, em Lisboa, Imagem registada no último trimestre de 1956 ou nos primeiros meses do ano seguinte. Irmão gémeo do VERA CRUZ e tal como este, também construído para a carreira de Lisboa para a América do Sul. Fotografia original de Mário Novais, que ao longo dos anos fez muitas fotografias as navios da Colonial por encomenda da companhia.
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Monday, March 06, 2023

Perderem-se as vistas para o Tejo




Vistas do Tejo a partir do Alto de Santa Catarina a cores em Fevereiro de 2023, a preto 
e branco com paquetes em agosto de 1965


Ainda se lembram da frase, já antiga, mas actual, "Eles (os vampiros) comem tudo e não deixam nada"? Nestes últimos anos, além de tudo o resto, eles têm andado a comer a paisagem, de preferência as vistas para o Tejo. 
O miradouro lisboeta de Santa Catarina, por cima do aterro da Boavista, a jusante do Cais do Sodré, onde em tempos o Povo ia espreitar a Navegação, a cuidar da chegada dos seus, tem tido o Tejo entaipado, com a construção de prédios demasiado grandes. 
Com a Desmaritimização implementada no último quartel do século passado e ainda defendida por sectores significativos da sociedade portuguesa, os apetites vão recaindo sobre os territórios do Porto de Lisboa, onde cada vez há menos porto e menos navios, mas todos parecem felizes.
As duas fotografias a cores foram tiradas por mim a 26 de fevereiro deste ano e falam por si.
A terceira imagem, a preto e branco, foi adquirida há dias a um alfarrabista. Conjugando a observação de diversos elementos, do estado da construção da ponte, aos navios atracados em Santos e na Rocha, consegui chegar à data do registo fotográfico original: 17 de Agosto de 1965. 
Atracado nessa tarde de Agosto de 1965 ao cais de Santos, pode observar-se o velho paquete LIMA (1908-1969), chegado dos Açores a 11 com tropas para o Ultramar, a carregar para seguir de novo para as Ilhas a 19. 
Na Ponta da Rocha, o FUNCHAL mostra o seu perfil perfeito, chegou a 16 da Madeira e Canárias e sairá de novo para o Funchal a 19. 
Junto à Estação Marítima da Rocha, encontra-se atracado o paquete inglês ARCADIA, da companhia P&O, em cruzeiro de verão com passageiros britânicos, que passou pelo Tejo a 17. Pela popa do ARCADIA, está atracado ao cais da CCN o VERA CRUZ, que não se vê na parte da imagem publicada aqui, mas aparece no original. Chegou a 14 de Agosto procedente de Luanda e Las Palmas.
Em 1965 a paisagem podia ser a preto e branco, mas a vista de Santa Catarina era desafogada e marítima. Ainda bem que alguém se lembrou de fotografar.
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Monday, February 27, 2023

TRANSPORTES MARÍTIMOS DO ESTADO

Chaminé com as cores oficiais dos Transportes Marítimos do Estado, a entidade criada em 1916 para administrar os 72 navios mercantes requisitados à Alemanha em fevereiro desse ano, e que se haviam refugiado em águas portuguesas em Agosto de 1914, quando teve início a Primeira Guerra Mundial (um conflito tão estúpido como todos os outros, que levou ao declínio da Europa no século XX).
Os TME ficaram conhecidos como as Trapalhadas Marítimas do Estado, entraram em liquidação em 1922.
A frota foi vendida em leilões e o processo arrastou-se pela década de 1920. Um desperdício de navios e oportunidades no que toca à Marinha Mercante em Portugal.
Depois veio a Ditadura Militar, seguida do Estado Novo e, da penúria marítima desenhou-se a política de regresso ao mar do Pai Tomás, mas nunca se alcançou a dimensão a que aspiraram os elementos mais entusiastas do negócio de transporte marítimo com frota própria e caímos numa Desmaritimização ignorante que reduziu a nossa maritimidade a quase nada e a cultura marítima a quase zero.
Hoje sinto-me otimista😀
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Tuesday, February 07, 2023

SINTRENSE


A luz magnífica de Lisboa em dias frios mas cheios de sol permite registar fotografias especialmente bonitas, pelo que tenho aproveitado para atualizar os meus registos dos Cacilheiros, caso do SINTRENSE, que ainda navega entre o Cais do Sodré e Cacilhas, em parceria com o CAMPOLIDE, os dois últimos sobreviventes das 12 unidades da classe CACILHENSE, introduzidas entre 1981 e 1984 e construídas em estaleiros nacionais, com projeto português. O Tejo regista a presença de outro CACILHENSE, o PRÍNCIPE DA BEIRA, antigo MONTES CLAROS, vendido à empresa privada Veltagus e transformado para cruzeiros fluviais de forma primorosa.
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Monday, November 21, 2022

Paquete INFANTE DOM HENRIQUE - uma fotografia com uma história


























Paquete INFANTE DOM HENRIQUE (1961-1988), fotografado por mim a 19 de Agosto de 1975, a partir da varanda da Estação Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. 
Gosto especialmente desta fotografia, cujo suporte é um negativo 35mm a cores, das primeiras que fiz a cores, pois embora tenha começado a fotografar em 1970, a preto e branco, só me iniciei na cor, com diapositivos e negativos, em 1975. Desde então ainda não parei mais. 
O INFANTE DOM HENRIQUE (IDH), estava atracado ao cais da Colonial, adjacente à Rocha e concessionado à Companhia Colonial de Navegação (CCN) e, depois, de 1974 até 1985, à CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, que sucedeu à CCN. 
Fiz esta fotografia após registar a largada do navio inglês ORIANA (1960-2005), da P&O, que nesse ano cumpria um programa de cruzeiros para o mercado britânico, em conjunto com os navios ARCADIA e CANBERRA, que também fotografei em 1975.
O INFANTE DOM HENRIQUE era o nosso maior navio de passageiros e o mais emblemático, mas vivia tempos menos felizes, completava as últimas viagens na carreira de África, era parte de uma coreografia que se desvanecia depressa. O rival PRÍNCIPE PERFEITO já havia completado a última viagem, em Junho desse ano, e aguardava outro destino no Tejo. Seria vendido em Abril de 1976. O INFANTE sairia de cena em Janeiro de 1976, após cruzeiro de fim de ano à Madeira, prolongando depois a vida em Sines dando alojamento a pessoal do GAS e a curiosos. Seria resgatado por George Potamianos em Novembro de 1986, e renovado com o nome VASCO DA GAMA para cruzeiros internacionais, que fez até Setembro de 2000.
O paquete é apenas parte do encanto que retiro da imagem. Hoje não há como fazer um registo semelhante, pois as mudanças foram tão radicais como as decorrentes da tragédia de 1 de Novembro de 1755. Mudou tudo, o navio desapareceu, com a Marinha Mercante Nacional, o edifício da CCN foi demolido, passou o tempo. 
Ainda bem que fiz este "click". Foi o meu dia de folga, trabalhava como monitor na Colónia do jornal O Século, em São Pedro do Estoril, e nessa tarde atravessei o Mar da Palha num dos ferries da carreira do Montijo para passar perto do PRÍNCIPE PERFEITO, que também fotografei a cores, fundeado. Olho mais uma vez para a imagem e sinto os cheiros e a música de ruídos de operação portuária, com a descarga da bagagem dos passageiros do IDH, os caixotes que eram então carga de porão e verdadeiros "salvados" de vidas interrompidas em Angola. O cheiro era o perfume do fumo discreto do INFANTE, a nafta queimada pelas caldeiras que alimentavam as turbinas a vapor.  
Fotografia original de Luís Miguel Correia.
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Friday, November 11, 2022

É um (belo) navio que passa


O navio passa com a suavidade de um momento luminoso e fugaz e a paisagem da cidade de Lisboa enche-se de sonhos de viagens e mundos a redescobrir. Privilégio de a Cidade ser Porto, encanto de os navios povoarem os cais e as imaginações. As cidades flutuantes, os navios de sonho, os destinos para lá das rotinas e a ode marítima, sempre na Alma do Tejo. É bom apreciar esta dança de navios e cidade, e agarrar a imagem, de um momento que logo passou e assim ficou. Foi assim ontem, dia 10 de Novembro de 2022, com mais uma largada do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, do navio AIDAsol, com toda a sua originalidade a beijar o Tejo. Talvez uma capa futura para um manual de como Amar os Navios do Tejo em Fotografias, uma antologia a escolher por entre imagens que venho registando desde que comecei ainda Menino, em 1970, a fotografar esta Lisboa Marítima de que tanto gosto.
Fotografia original de Luís Miguel Correia, registada em Lisboa a 10 de Novembro de 2022.
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Monday, October 17, 2022

WORLD TRAVELLER no Tejo
































Amostra da terceira sessão de fotografias do novo navio de passageiros português WORLD TRAVELLER que faço desde o dia 13. 
Aqui, registo o TRAVELLER com toda a sua beleza azul, em rumo de fusão face à ponte sobre o Tejo, a entrar em Lisboa a 17 de Outubro de 2022, vindo de Cádis, a concluir o seu cruzeiro inaugural. 
O navio é lindo, o meu entusiasmo é proporcional à importância da sua introdução na atividade de cruzeiros internacionais, e dou por mim, já fiz 9934 fotografias, o problema agora é escolher as melhores. 
Fica esta, e não se esqueçam que tem direitos de Autor.
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Wednesday, October 12, 2022

WORLD TRAVELLER em Lisboa


O novo navio de cruzeiros português WORLD TRAVELLER, entregue no passado dia 7 ao armador Mystic Cruises, do Porto, saiu esta tarde (12OUT) de Viana do Castelo e navega agora para Lisboa, onde é aguardado amanhã pelas 07h00 (Pilotos), atracando depois em Santa Apolónia. 
Sairá de Lisboa pelas 18 horas de 14 de Outubro, para um cruzeiro de apresentação a Cádis, regressando depois a Lisboa.
O WORLD TRAVELLER é o quarto de cinco navios da classe  WORLD EXPLORER, construídos em Viana do Castelo pelo estaleiro WESTSEA, e vai operar numa primeira fase, na Antártida, com as cores da companhia Atlas Ocean Voyages.
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Thursday, September 08, 2022

Dia de São Vapor em Lisboa

Lisboa, 7 de Setembro de 2022: Quatro navios de passageiros em viagens de cruzeiro em escalas simultâneas em Lisboa, todos fotografados, para retomar o gosto a estas lides marítimas.
Os navios SILVER CLOUD, MSC MAGNIFICA e CARNIVAL PRIDE atracaram ainda de madrugada, como nestes anos mais recentes se tornou moda, privando os passageiros do espetáculo inesquecível da subida matinal do Tejo e chegada a Lisboa. Largaram durante a tarde, mas a beleza não é a mesma, a luz não favorece tanto a cidade vista do rio. Em primeira escala, o novo paquete veleiro da Sea Cloud Cruises, o SEA CLOUD SPIRIT, que arma em galera de três mastros, chegou pelas 13h00 e atracou à Rocha, saindo hoje, dia 8, pelas 19h00.

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Saturday, July 30, 2022

WORLD TRAVELLER em provas de mar



























Chama-se WORLD TRAVELLER, e fez-se ontem, 29 de Julho de 2022, ao mar pela primeira vez, para as provas de mar iniciais, a decorrer atá amanhã, 31 de Julho, com regresso previsto ao porto de Viana e ao estaleiro pela 16H00. Mais um navio de cruzeiros construído em Portugal pelo estaleiro WestSea para o Armador Mário Ferreira.
O n/m WORLD TRAVELLER é o quarto navio de cruzeiros polares de 10.000 GT e 200 Pax da classe WORLD EXPLORER, todos construídos em Viana de Castelo para a Mystic Cruises. O navio deverá ser entregue ao armador em Setembro deste ano, juntando-se ao seu irmão WORLD NAVIGATOR na frota da nova empresa Atlas Ocean Voyages, uma das empresas de cruzeiros do universo Mystic.
Mais um belo navio a fazer renascer as melhores tradições da Marinha Mercante e da Construção Naval portuguesas. Ainda há notícias boas neste mundo.
A fotografia do WORLD TRAVELLER que apresentamos é de Luís Miguel Correia e foi feita a 24 de Julho de 2021.
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Tuesday, June 14, 2022

Filme a não perder


A não perder. Entre Ilhas é um filme-viagem sensorial pelo arquipélago dos Açores e pelas memórias dos seus habitantes que nos transporta a uma época em que os barcos comandavam a vida deste remoto lugar, pois só a bordo deles é que era possível partir da ilha e voltar a ela. Através dos relatos dos ilhéus, o filme navega a bordo dos iates do Pico, como o Santo Amaro, o Espírito Santo e o Terra Alta, e dos barcos da Empresa Insulana de Navegação - O CARVALHO ARAÚJO, o LIMA, o ARNEL ou o PONTA DELGADA - à procura da memória colectiva de comandantes e despenseiros, enjoos e namoros, tempestades difíceis e bailes a bordo. Como era a vida neste recanto do Oceano Atlântico quando o mar era a única estrada possível e o apito do barco o único relógio a marcar a existência de um mundo que nunca tinha sido visto?

O Paquete FUNCHAL de 1961























Paquete FUNCHAL de 1961

por Luís Miguel Correia

Dos 25 navios de passageiros construídos para Portugal após 1945, com a política de «Regresso ao Mar», o paquete FUNCHAL de 1961 foi o grande sobrevivente, vencendo todos os desafios do tempo, comemorando-se agora os 60 anos da sua entrega à Empresa Insulana, ocorrida em Outubro de 1961.

É impossível comprimir a história do FUNCHAL nos 7 mil caracteres deste artigo, pelo que aqui ficam os acontecimentos principais e algumas palavras a registar a importância histórica deste belo paquete, concebido para a carreira das Ilhas, mas desenhado já a pensar num futuro de cruzeiros, o que aconteceu a partir de 1973, com muito sucesso.

A vida activa do FUNCHAL decorreu com Portugal a voltar as costas à Marinha Mercante e ao Mar, o que destaca ainda mais as qualidades do navio e das entidades que tão bem promoveram e operaram este paquete único: o armador Vasco Bensaude, o arquitecto naval Rogério d’Oliveira, o Eng. Gonçalves Viana, os armadores George Potamianos e Rui Alegre, o investidor norte-americano Brock Pierce, cujos milhões estão a prolongar a vida do FUNCHAL, numa nova fase, sempre com o nome original e a ligação a Portugal. Uma palavra ainda para o primeiro comandante do FUNCHAL, capitão Manuel Bio, em representação das centenas de tripulantes portugueses e internacionais que em 60 anos tanta fama deram ao FUNCHAL.

N/T FUNCHAL 1961-2021

Características técnicas: Navio de passageiros a turbinas a vapor, construído de aço, em 1960-1961. N.º Lloyd´s: 5124162. N.º oficial: H 479; Indicativo de chamada: CSBM. Porto de registo: Lisboa (registado na Capitania do Porto de Lisboa a 2-11-1961, livro 18, folha 32). Arqueação bruta: 10 031 toneladas; Arqueação líquida: 5339 toneladas. Porte bruto: 2750 toneladas. Deslocamento leve / máximo: 5895 / 8870 toneladas. Capacidade de carga: 3 porões para 2792 m3 de carga geral e 691 m3 de carga frigorífica. Comprimento ff.: 152,65 m; Comprimento pp.: 138,50 m; Boca: 19,08 m; Pontal: 11,60 m; Calado: 6,53 m. Máquinas: 2 grupos de turbinas a vapor Parsons, com 13 800 shp a 158 rpm, 2 hélices de 4 pás. Velocidade: 21 nós. Passageiros: 500 (80 – 1ª., 156 em turística A, 164 em turística B, 100 sem acomodação) Tripulantes: 178. Custo: DKK 46.454.194kr, cerca de ESC 201 046 000$00.

História: O FUNCHAL foi construído por Helsingor Skibsvaerft og Maskinbyggery A/S (Elsinore Shipbuilding & Engineering Co. Ltd.), em Helsingor, Dinamarca, (construção n.º 353), para a Empresa Insulana de Navegação, autorizada para tal pelo Governo Português (Despacho n.º 65 de 10-07-1959, do ministro da Marinha, Almirante Fernando Quintanilha). O contrato com o estaleiro assinado a 12-08-1959. A 4-07-1960 procedeu-se ao assentamento da quilha. O lançamento decorreu a 10-02-1961, sendo madrinha D.ª Beatriz Bensaude. O FUNCHAL efetuou as provas de mar de 7 a 12-10-1961 e foi entregue ao armador a 12-10, largando a 15-10 de Elsinore para Lisboa, onde entrou pela primeira vez a 19-10 sob o comando do Capitão da M M Manuel António Bio. A 20-10, foi visitado pelo ministro da Marinha. A 31-10 recebeu a visita do Presidente Américo Thomaz. Tonelagens alteradas em Lisboa em 10-1961 após arqueação feita «segundo a 1.ª regra do processo Moorsom»: Arqueação bruta: 9824 toneladas; Arqueação líquida: 5972 toneladas. Porte bruto: 2975 toneladas. O FUNCHAL saiu de Lisboa em viagem inaugural à Madeira e aos Açores a 4-11-1961, para o Funchal, Ponta Delgada, Horta, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, e Funchal, substituindo o paquete LIMA. O FUNCHAL começou por fazer uma viagem mensal à Madeira e Açores, intercalada por duas idas ao Funchal. A 11-01-1962 iniciou a primeira viagem regular à Madeira e Tenerife. O primeiro cruzeiro do FUNCHAL foi a viagem de Fim de Ano, de 29-12-1962 a 2-01-1963, de Lisboa ao Funchal, programa que se repetiu nos fins de ano de 1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1974, 2013 e 2014. Em 07-1962, no decurso das viagens 28 e 29, o FUNCHAL transportou o Presidente da República de Lisboa (3-07) para Santa Maria e Ponta Delgada (5-07), e da Horta (15-07) para o Funchal (17-07). De 22-06 a 3-07-1966 o FUNCHAL efectuou um cruzeiro a Ponta Delgada e ao Funchal, fretado ao Automóvel Clube de Portugal. Durante a viagem registaram-se avarias nas caldeiras que levaram à imobilização do FUNCHAL em Lisboa, de 3-07-1966 até 7-04-1967. Primeiro cruzeiro ao Mediterrâneo, de 8 a 18-08-1967 (Lisboa, Nápoles, Génova, Cannes, Palma de Maiorca, Gibraltar, Lisboa), seguido de um cruzeiro Lisboa, Tenerife, Funchal, Lisboa, de 18 a 23-08-1967. De 28-01 a 21-02-1968 o FUNCHAL foi fretado à Sociedade Geral para uma viagem especial a Cabo Verde e Guiné com o Presidente da República. De 31-10 a 3-11-1968, primeiro mini-cruzeiro do FUNCHAL de Lisboa a Gibraltar e Cádis. Viagens Southampton-Lisboa-Funchal-Las Palmas-Tenerife iniciadas a 7-10-1969, numa série programada para se realizar até 03-1970, mas suspensa a 10-11-1969 por dificuldades criadas pelas autoridades inglesas, ao reterem o dinheiro das passagens, em Libras, e falta de capacidade de tesouraria da Insulana face à situação. De 12 a 14-11-1971 o FUNCHAL serviu de hotel flutuante na Praia da Vitória, em apoio da cimeira dos presidentes Nixon e Pompidou na Terceira. De 23-01 a 10-04-1972 o FUNCHAL permaneceu em Lisboa em preparação para a viagem presidencial ao Brasil, em regime de fretamento ao Ministério da Marinha, transportando os restos mortais de D. Pedro IV, por ocasião dos 150 anos da independência do Brasil, de 10-04 a 10-05-1972. De 19-06 a 6-07-1972 o FUNCHAL fez um grande cruzeiro ao Mediterrâneo, fretado à Agência Europeia. Novas avarias nas caldeiras obrigaram à imobilização do FUNCHAL em Lisboa a 24-08-1972, e à substituição das turbinas por 2 motores Diesel Werkspoor, modelo 9TMS410, com 2x5000 bhp de potência, e 18 nós de velocidade. Remotorização e adaptação para cruzeiros em classe única (402 passageiros), feita em Amesterdão, de 16-11-1972 a 16-06-1973, pelo estaleiro NDSM. Custo: 100 mil contos. A 16-06-1973, início do primeiro cruzeiro internacional, com saída de Zeebrugges e Dover. A 11-12-1973 saída de Lisboa para o Brasil, onde fez cruzeiros fretado à Agência Abreu. Propriedade transferida a 4-02-1974 para a CTM-Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos. De 18-09-1974 a 19-10-1975 o FUNCHAL voltou a fazer a carreira das Ilhas por decisão governamental. A 10-05-1976, primeiro fretamento a G. P. Potamianos, para cruzeiros na Escandinávia. A 19-08-1985 o FUNCHAL foi vendido à firma Great Warwick Inc., (George Potamianos), iniciando os cruzeiros internacionais a 13-12-1985 sob gestão da Arcália Shipping / Classic International Cruises, com que operou até 09-2010. Adquirido pela Portuscale Cruises em 2013, remodelado na Navalrocha, para cruzeiros internacionais m que operou de 08-2013 a 2-01-2015. Vendido para Signature Living Cruises, Liverpool e entregue em Lisboa em 10-2019. Continuou em Lisboa imobilizado. Comprado a 30-01-2021 por interesses dos EUA para transformação em hotel flutuante, cujos trabalhos decorrem em Lisboa, com o objetivo de manter o navio no Tejo.

Artigo publicado na REVISTA DE MARINHA, edição de Dezembro de 2021.

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