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Esta acção da APL dá início ao processo de concentração da actividade de cruzeiros num único local que irá incluir o actual Terminal de Santa Apolónia e todo o espaço compreendido entre este cais e a Doca da Marinha, ao Terreiro do Paço.
As obras previstas para o novo Terminal de Cruzeiros, a concluir no terceiro trimestre de 2010, incluem o desenvolvimento e a reabilitação dos cais existentes, entre Santa Apolónia e a Doca da Marinha, com a instalação de uma nova estrutura avançada que cria fundos mais adequados à acostagem dos navios de cruzeiro e a construção de uma nova Gare Marítima a localizar no espaço da actual Doca do Jardim do Tabaco, que será aterrada.
Com um investimento total de 37.000.000 euros (40 por cento provenientes do QCAIII – FEDER e 60 por cento oriundos de verbas da APL) o novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa abrangerá toda a frente de acostagem entre Santa Apolónia e a Doca da Marinha, numa extensão de cerca de 675 metros, a que se acrescentam os actuais 400 metros de cais já a funcionar em Santa Apolónia.
A obra envolverá o fecho da Doca do Terreiro de Trigo e o tratamento e consolidação dos substratos lodosos no seu interior. O novo cais acostável terá na sua frente de rio o coroamento à cota + 5,70m (ZH), garantindo uma solução de continuidade a partir do actual cais de Santa Apolónia, ao qual ficará ligado quando a obra estiver concluída.Na frente acostável os fundos ficarão à cota -12m (ZH), estando a estrutura dimensionada e preparada para que os mesmos possam vir a ser aprofundados, por dragagem, para a cota -14m (ZH).
Lisboa dispõe actualmente de três terminais para cruzeiros, Alcântara, Rocha e Santa Apolónia, com fundos de -10 a -8 metros e uma extensão total de cais acostáveis de 1515 metros, contra os 1075 do futuro terminal.
Em 2006 registou-se em Lisboa um movimento significativo de navios de cruzeiros, com 269 escalas e 270.893 passageiros. Esta actividade apresenta uma tendência para o crescimento sustentado, com a particularidade de os navios serem cada vez de maiores dimensões. Verifica-se ainda uma certa sazonalidade, com maior afluência de cruzeiros a Lisboa em Abril e Maio e Setembro, havendo dias com 5 e mais escalas simultâneas que, dependendo das dimensões dos navios, pode criar dificuldades de atracação. A APL prevê no futuro o encerramento dos terminais de Alcântara e Rocha, mas a pressão exercida pela procura crescente poderá obrigar a reequacionar esta medida ou a solução diversa.