Tuesday, September 04, 2007

QUERIDO PONTA DELGADA




Querido PONTA DELGADA. Afundado no lodo do esquecimento dos navios e do mar. Ali ao Poço do Bispo, há tantos anos. Construído em Lisboa em 1961 para o serviço de cabotagem nos Açores da Empresa Insulana de Navegação, o paquete PONTA DELGADA era uma miniatura do FUNCHAL, entrado ao serviço da mesma empresa em 1961 e que tem tido mais sorte, pois continua a navegar como último testemunho de uma época saudosa da nossa Marinha de Comércio.
O PONTA DELGADA também viveu muitas aventuras, nos Açores e depois de 1984 em águas do Continente e na África, onde operou em 1988 na costa de Moçambique.
Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

3 comments:

Raquel Sabino Pereira said...

QUE DOR DE ALMA!!!!
Também neste caso dá vontade de fazer um requerimento ás autoridades competentes (mas a quem?...)

Luis Filipe Morazzo said...

Sabemos que neste mundo é preciso ter sorte ao nascer, para viver e por fim ao morrer, dentro deste princípio eu incluía o homem, os animais, e até mesmo as plantas. Depois de ter observado esta fotografia, não tive a menor dúvida de introduzir também os navios nesta filosofia de vida, especialmente quando a embarcação em causa é o “Ponta Delgada”, que devido às suas boas características, às condições privilegiadas do nosso clima, aos muitos e bons portos da nossa costa, e ao mercado de cruzeiros em franca expansão, ainda teria seguramente muito a dar, caso a vontade política e a existência de armadores mais empreendedores, tivessem ajudado na devida altura.
Assim morre um belo navio da pior maneira possível, sem qualquer honra e dignidade, lembrando aos muitos que nos visitam e vejam aquele espectáculo, que poderiam estar por momentos em qualquer porto como Adis-Abeba na Etiópia, ou Mogadíscio na Somália e não numa capital europeia que já foi dona dos mares durante vários séculos.
Saudações marinheiras
Esperando melhores ventos
Luis Filipe Morazzo

Anonymous said...

Uma vERGONHA!

Não há palavras, é assim que se preservam as memórias???

Há dinheiro para esbanjar em tantas inutilidades...

TRISTE!