Imagem curiosa do paquete português INFANTE DOM HENRIQUE (1961-1988) em manobra no porto da Cidade do Cabo (Cape Town), numa das escalas regulares da carreira da África Oriental.
O fumo que parece sair da escotilha do porão n.º 1 é uma ilusão. Trata-se do fumo de um rebocador local, pertença dos Portos e Caminhos de Ferro da África do Sul. Os Sul Africanos tinham uma frota de rebocadores magnífica, com a particularidade de, até muito tarde, estas unidades utilizarem o carvão como combustível, dado que estava disponível localmente, ao contrário do petróleo. Já da chaminé do INFANTE não se vê grande fumo, embora fosse um navio a turbinas a vapor, era um navio discreto em termos de fumaradas, se calhar já a antever o actual movimento de madalenas ecologistas que descobriram nos navios de cruzeiros todos os males deste nosso mundo poluente.
O jornal I da última sexta feira tem cinco páginas dedicadas à campanha contra os paquetes em Lisboa. Artigos muito maus, parciais, a darem voz aos ecologistas zelotas que não sabem fazer o trabalho de casa e acabam a dizer asneiradas. Muito mau mesmo.
Por aqui, ao contemplar o antigo INFANTE DO HENRIQUE, sinto saudades do perfume do fumo do navio, aquela fragância da nafta que quase se não sente já. Nos navios, como em tantos outros temas, há cheiros que marcam épocas.
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