A Empresa de Petróleos da Venezuela (PDVSA) garante que “não há nada para negociar” na construção, nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, de dois aslfalteiros, reclamando uma “clarificação” de Portugal sobre o processo. “O que havia para negociar está negociado e está no contrato que foi assinado, onde está escrito que o primeiro navio é para ser entregue em Fevereiro de 2014. Além de alguns detalhes técnicos, não há mais nada para negociar”, afirmou hoje à Lusa fonte da delegação da PDVSA, que está de visita aos estaleiros.
Segundo o mesmo responsável venezuelano, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) já não receberam em Setembro uma tranche de cerca de 6,5 milhões de euros (5%) e este mês outra, de quase 13 milhões (10%), exactamente porque “não estão a cumprir” o contrato. “Neste caso podemos afirmar, como se diz na minha terra, que é o cliente que anda atrás da encomenda”, apontou ainda o mesmo responsável.
Em causa está um negócio para a construção de dois asfalteiros para a PDVSA, no valor de 128 milhões de euros, cuja entrega está prevista para Fevereiro e Agosto de 2014.
Os ENVC já receberam a primeira tranche, de 10% do contrato, e desde Julho que têm o projecto de construção concluído e pronto para avançar o que não acontece devido à falta de liquidez para garantir a aquisição do material necessário, no valor de três milhões de euros.
“O que esperamos é que pelo menos nos apresentem as ordens de compra do aço e dos motores durante o mês de Fevereiro. Depois dessa data começa a ser muito difícil que venham a cumprir os prazos”, acrescentou fonte da delegação de Venezuela.
A “preocupação” com este negócio é tal que esta delegação, que estará em Viana do Castelo até quinta-feira, já apresentou à Empordef - holding que tutela os ENVC -, um pedido de reunião da administração da PDVSA.
A própria Empordef reconheceu, há poucas semanas, “negociações” para acertar novas datas de entrega dos navios.
“Como armadores o que nos interessa é ver obra, coisas a andarem e sobretudo trabalho. E isso não está a acontecer”, apontou ainda.
Este contrato com a PDVSA, celebrado em Outubro de 2010 com a presença em Viana do Castelo do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, é o único ainda activo naquela empresa pública e representa cerca de 1,3 milhões de horas de trabalho durante três anos.
Notícia da Lusa. Moral da história: não descansam enquanto não derem cabo de tudo de vez...
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1 comment:
Enquanto não derreterem os ENVC, não vão descansar! Já estão quase a conseguir, mas ainda mão foi desta.
Será que a ideia será destruir para depois comprarem a preço de saldo algo com vários anos de história e com alto know how?
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