Lisboa, 14 Ago (Lusa) - Os portos de Lisboa, Aveiro, Figueira da Foz e Setúbal estão "completamente parados", disse hoje o vice-presidente da Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários, o que "demonstra o repúdio dos trabalhadores" portuários pelas alterações legislativas propostas pela Governo.
Num primeiro balanço da greve convocada pela Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor), o vice-presidente Vítor Dias adiantou à Lusa que a adesão nos portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz e Aveiro se situa nos 99 por cento, com apenas um trabalhador afecto ao sindicato que convocou o protesto a não aderir.
Os números, acrescentou, estão "dentro do esperado", uma vez que as greves no sector portuário costumam ter "uma adesão muito forte".
"A adesão está a mostrar o repúdio dos trabalhadores perante o projecto-lei", afirmou Vítor Dias.
Os trabalhadores portuários portugueses começaram à meia-noite uma greve contra a revisão do regime jurídico do trabalho portuário, que vai prolongar-se até às 08:00 de quarta-feira.
O vice-presidente da Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor), Vítor Dias, explicou à Lusa que, actualmente, os trabalhadores portuários executam todo o tipo de tarefas até ao momento em que a carga embarca no navio. Com a reforma, o Governo quer que os trabalhadores portuários façam apenas o trabalho a bordo.
"O que o Governo pretende é deixar sem ocupação cerca de 50 por cento dos trabalhadores portuários e ir buscar trabalhadores sem qualquer tipo de qualificação" para desempenhar as restantes tarefas, acrescentou o dirigente sindical. IMA (CSJ) Lusa/fim
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