Vai ter este aspecto, dentro de alguns meses, o novo porta-contentores português CORVO.
Está a ser construído em Viana do Castelo para a Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos, uma das mais antigas companhias de navegação nacionais, a servir os Açores desde 1920.
Digam lá se não é lindo? Já o estou a imaginar, ainda a cheirar a novo, na viagem inaugural, lá para Julho deste ano...
Este navio deve ser visto como um incentivo. Precisamos de muitos mais em Portugal: porta-contentores, graneleiros, petroleiros, paquetes...
Estou de facto inspirado por esta imagem do CORVO novo. Será o quinto navio desse nome na história da MUTUALISTA AÇOREANA. Grave é pensar que já ando a ver navios há tantos anos que fotografei os quatro anteriores..., embora o primeiro com outro nome, SILNAVE e as cores da Componave, seu último armador.
NAVIOS PORTUGUESES - PRECISAM-SE
Luís Miguel Correia - 22 Fevereiro 2007
11 comments:
Tem maior capacidade de carga que o anterior não tem?
Rafael,
Sim, substancialmente maior. É mesmo essa a principal razão da sua construção.
LMC
É de facto muito bonito! O casario faz lembrar o do Insular, também construído nos ENVC.
Uma pergunta: li neste blogue que o novo Corvo irá substituir o Açor B. Isto significa que a Mutualista está a pensar vender o Açor B?
Saudações.
Mar da Palha,
O Corvo vai de facto substituir o AÇOR B...
Como a Mutualista Açoreana só precisa de dois navios na carreira dos Açores, havendo oportunidade, deverá ser vendido o AÇOR...
LMC
Luis,
Era bom termos mais navios construídos em Portugal e desejemos que os ENVC continuem a construir mais, mas duvido que se ultrapasse em termos de dimensões aquilo que os ENVC vão construindo... :(
Petroleiros, porta-contentores e afins, com a Coreia do Sul, e agora a China, a utilizarem tácticas de dumping no mercado da construção naval, será cada vez dificil aos estaleiros europeus obterem encomendas.
Felizmente vai havendo mercado para os estaleiros Europeus no que diz respeito aos navios de cruzeiro.
Neste caso, a quase totalidade do mercado.
Se os Armadores Portugueses decidirem aproveitar as oportunidades e começem a competir em força no TMCD a nível Europeu e do Norte de África, concerteza que veremos cada vez mais navios novos a sairem das carreiras dos ENVC.
Paulo Mestre
Independentemente de onde vierem, quaisquer navios novos que tenham a Verde-Rubra a esvoaçar orgulhosa à popa serão bem-vindos.
Espero que seja possível inverter esta maré de apatia (só possível com a complacência dos nossos políticos) dos nossos Armadores e que o Mar Oceano se torne novamente num Mar Português :)
Paulo Mestre
Lindo! seria um navio RO/RO, que transportasse passageiros, inclusive em cabines, veículos ligeiros, pesados, máquinas com rodados e carga rodada em atrelados com uma redução significativa em relação às cargas contentorizadas, as cargas rodadas têem tarifas mais baixas (cerca de 30%). Eu pessoalmente discordo das últimas aquisições de armadores insulares mais concretamente os porta contentores “Madeirense 3” e agora o “Corvo”
Nota: os guindastes necessários para a carga/descarga de contentores, (cargas verticais) gastam muita energia eléctrica ou combustível e têem uma manutenção muito onerosa e necessitam de pessoal epecializado. No Porto do Funchal, cais Norte eram frequentes as avarias ficando os transitários e comerciantes em polvorosa.
No meu site podem encontrar mais elementos sobre este tema.
http://farinha0.tripod.com/id35.html
Atentamente
Paulo Farinha
Paulo Farinha,
A introdução de porta-contentores é positiva. O que não impede a necessidade de complementarmente haver um serviço de navuios de passageiros RO-Ro entre o Continente e as Ilhas...
Sim! eu concordo que é positivo, especialmente os grandes porta contentores, para grandes distâncias, com maior rentabilidade. Por exemplo o Porta contentores "Emma Maersk" que pode transportar desde a China até a Europa mais de 11.000 TEU, e consequentemente os produtos vendidos no mercado não são caros.
Por incrível que pareça os veículos novos vendidos na Madeira com um IVA de 15%, são mais caros do que os vendidos no continente com IVA a 21% e porque? evidentemente que o preço do transporte convencional onera o preço praticado na região. Se os veículos fossem transportados como carga rodada em navios ferry ou RO/RO evidentemente que esta situação se inverteria, sem dúvida.
Para embarcar contentores de 40 pés num navio ferry ou RO/RO não necessito de transitários, o mesmo para com viaturas ligeiras ou pesadas, naturalmente que me refiro às cargas rodadas, perfeitamente ideais entre o continente e a Madeira e vice versa. Porta contentores nesta linha, serviriam para transportar cargas menos urgentes e não perecíveis e nada de automóveis. Recordo, que contentores frigoríficos com perecíveis à espera do embarque no parque do transitário ou no porto por qualquer motivo estão desligados! isto acontece e é grave.
Por agora, não me alongo mais, porque este é um tema "com pano para mangas"
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