Wednesday, October 19, 2011

A QUESTÃO DO ATLÂNTIDA


O secretário de Estado da Defesa, Braga Lino, diz que o transporte entre ilhas vai custar 21 milhões em três anos. Um “prejuízo para os contribuintes”.
O secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, diz que os Açores estão a "delapidar recursos públicos" e a "prestar um pior serviço aos utentes" com a recusa em adquirir o navio Atlântida acabado de construir nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo em 2009 e destinado ao transporte de passageiros entre ilhas. Há dois anos que a embarcação, considerada "luxuosa" pelo actual Governo e que custou 46,5 milhões de euros, está sem destinatário final após a recusa do Governo Regional dos Açores em fechar o contrato, alegando a entrega fora de prazo e uma velocidade abaixo do contratado."Tanto quanto sabemos, os navios que estão a fazer este serviço neste momento nos Açores, têm contrato para três anos no valor total de 21 milhões de euros", lamenta Braga Lino. "Estamos a falar de um navio com um valor de 46,5 milhões e estão a pagar 21 milhões de euros pelo serviço. Independente disso, um euro que fosse seria muito dinheiro, porque estão a delapidar recursos públicos, a prestar um pior serviço aos utentes, o que se em qualquer momento seria grave nas circunstâncias em que o País vive é muitíssimo grave mesmo", acrescenta. 
Segundo o governante, a questão central do prejuízo provocado pela não aquisição do Atlântida "é a dos utentes". "Naturalmente que o prejuízo dos contribuintes também, mas em particular o dos contribuintes dos Açores", refere Braga Lino. Um navio para o qual o secretário de Estado diz haver já "três potenciais interessados ou candidatos, sendo que um deles já o visitou há dias", embora mantenha férrea a vontade de não revelar nada enquanto a Empordef, empresa responsável, não tiver uma carteira de encomendas concreta. 

Texto de Miguel Costa Nunes publicado aqui. Imagem de Luís Miguel Correia
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10 comments:

Anonymous said...

Sinceramente, este país está de pernas para o ar.... Com decisões puramente pessoais (conflitos políticos e pessoais entre políticos), recusar este navio é crime e devia ser punido por lei.
Assim, este país está em risco de não ser país... Além da nossa identidade lusitana, estamos a perder muito mais nestes tempos que correm...
(Desculpe mas tenho que escrever anónimo. Mas este navio não foi entregue aos Açores pura e simplesmente por conflitos de interesses. Os Gregos sorriram, e os portugueses pagaram....Enfim)

Anonymous said...

E triste sim o que se passa a volta do Atlantida,pior ainda e a qualidade de governo que infelizmente esta nos Acores;governo esse que nao tem memoria activa para poder fazer alguma coisa concreta para bem da economia portuguesa,visto esta nao estar em boa situacao.O Governo dos Acores e como uma crianca que quando quer um rebucado,um brinquedo etc,vai pedir ao papa e a maezinha o dinheiro para compra as coisas que deseja,assim e o mesmo que se passa na Regiao,espera so pelo dinheiro que a maezinha Lisboa lhe transfere todos os anos para a Regiao...Para ser um bom governo,o mesmo tem que olhar de perto para o pais que controla fazendo sempre o melhor para o pais progredir e nao ajudando a economia de outros paises como acontece com o caso do fretamento de navios para uso nos Acores que usando o que era da Regiao,era dinheiro que ficava no local para bem da economia dos Acores,mas neste caso se o Governo tivesse cabeca com memoria o que da para desconfiar que os Acores nunca se vai desenvolver come deveria,visto o Governo Local desperdicar sempre milhoes de euros dos contribuintes Acorianos...

LUIS MIGUEL CORREIA said...

A posição do Governo em Lisboa parece-me sensata.
Repare, caro anónimo que o País neste momento é um reles protectorado falido...

Elvio said...

Não consigo entender como pode o navio dar uma velocidade numa prova de mar e outra totalmente diferente noutra.
Não consigo entender como pode o Governo dos Açores negar um navio novo feito por encomenda e gastar metade do valor dele no afretamento de navios "velhos" apenas por três meses.
Não consigo entender como se pode comparar uma operação que com a Atlantida seria todo o ano, com uma que se faz apenas três meses, com prejuiso evidente para a população e para os cofres do Estado.
Mas como tantas outras não vale a pena tentar entender.
Cumprimentos
Elvio

Anonymous said...

E verdade Sr. Luis,nao sabemos como vai ser no futuro as chamadas TRANFERENCIAS para as Regioes Autonomas,visto os Governos Locais nada pouparem para bem das Regioes mesmo sabendo que o seu protector esta completamente FALIDO usando dinheiro estrangeiro e mesmo sabendo que o Pais da maneira que esta,continuam a dar aos Gregos de mao beijada como e o caso dos Acores...

A.Machado said...

Toda a gente fala bem do atlantida e mal do governo regional do açores mas baseiam se em quê.... Será, na comunicação social será que percebem de navios?? Digo isto porque vi o projecto original e há muitas falhas como por exemplo o ponto de equilibrio, mais tarde aumentou se de lastro no costado que levou à falta de potencia para a velocidade de cruzeiro na motorização existente, quando o navio foi projectado com intenção de alem das viagens inter ilhas ligar semanalmente os açores ao continente, coisa que o iptm não certificou o navio para esse efeito... E A CULPA É DOS AÇORIANOS??????

Anonymous said...

O EXEMPLO DA REGIÃO DOS AÇORES

Aqui temos mais um exemplo paradigmático das “vantagens” da regionalização.
No momento em que o nosso Portugal estrabucha por causa da asfixia financeira do Estado, das empresas e dos cidadãos em geral;
No momento em que os órgãos do Estado deveriam dar todas as contribuições possíveis, impossíveis e imaginária para a ultrapassagem desta situação tão crítica em que os portugueses se encontram;
No momento em que grande parte das empresas públicas ou de capitais públicos são parte do problema (da dívida do Estado e do país) e deveriam ser parte da solução;
Eis que um navio encomendado pela Região dos Açores (autónoma, pois então!?) a uma empresa pública, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, pelo preço de cerca de 50 milhões de euros, está, há já dois anos, a apodrecer acostado a um dos cais do estaleiro, só porque entre o que foi especificado e o resulltado final existe um diferença mínima na velocidade de ponta do navio.
Resultados:
1. Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo estão a arder em cerca de 50 milhões de euros e aumenta, assim, os seus prejuizos de exploração e o seu endividamento crónicos, que o Estado (central, já se vê) terá de cobrir, mais dia menos dia, à custa dos contribuintes, pois claro.

2. O governo (que em relação a este caso se poderia chamar de desgoverno) da Região dos Açores (autónoma, já se vê) irá encomendar um novo navio, que dê mais un nó (uma milha por hora) de velocidade de ponta, se é que não o fez já, mas agora, decerto, a um estaleiro estrangeiro, pois, tanto quanto sei, com o desmantelamente da nossa indústria de construção naval, não há mais nenhum estaleiro português capaz de o construir.

3. O Chavez, da Venezuela, parece que vai ter um navio (em segunda mão, mas não usado) a preço de saldo que, mais dia, menos dia, será pago com os impostos dos portugueses, sendo curioso que a velocidade de ponta real do navio, tal com ele foi construído, sirva aos venezuelanos, mas não aos Açoreanos, reconhecidos nacional e internacionalmente pelas velocidades estonteantes em que estão habituados a viver…

O patriotismo da Região dos Açores (dos seus governantes, está bom de ver) está, assim, demonstrada e, sendo a região “autónoma”, pois claro, pode fazer o que lhe dá na realíssima gana, mesmo sendo o Estado (de que o Governo da Região faz parte) o dono dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Como diz um amigo meu, se o Estado fosse uma empresa, o governo da Região já tinha sido despedido…
Depois deste exemplar empenho com a cidadania portuguesa e com esta demonstração de patriotismo de uma Região (autónoma, pois claro) ainda alguém pensará que a regionalização será a salvação nacional?

Anonymous said...

Há alguns nese escrevi no meu ex-blog Cidadão Comum o comentário que se segue.

O EXEMPLO DA REGIÃO DOS AÇORES

Aqui temos mais um exemplo paradigmático das “vantagens” da regionalização.
No momento em que o nosso Portugal estrabucha por causa da asfixia financeira do Estado, das empresas e dos cidadãos em geral;
No momento em que os órgãos do Estado deveriam dar todas as contribuições possíveis, impossíveis e imaginária para a ultrapassagem desta situação tão crítica em que os portugueses se encontram;
No momento em que grande parte das empresas públicas ou de capitais públicos são parte do problema (da dívida do Estado e do país) e deveriam ser parte da solução;
Eis que um navio encomendado pela Região dos Açores (autónoma, pois então!?) a uma empresa pública, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, pelo preço de cerca de 50 milhões de euros, está, há já dois anos, a apodrecer acostado a um dos cais do estaleiro, só porque entre o que foi especificado e o resultado final existe um diferença mínima na velocidade de ponta do navio.
Resultados:
1. Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo estão a arder em cerca de 50 milhões de euros e aumenta, assim, os seus prejuizos de exploração e o seu endividamento crónicos, que o Estado (central, já se vê) terá de cobrir, mais dia menos dia, à custa dos contribuintes, pois claro.

2. O governo (que em relação a este caso se poderia chamar de desgoverno) da Região dos Açores (autónoma, já se vê) irá encomendar um novo navio, que dê mais um nó (uma milha por hora) de velocidade de ponta, se é que não o fez já, mas agora, decerto, a um estaleiro estrangeiro, pois, tanto quanto sei, com o desmantelamente da nossa indústria de construção naval, não há mais nenhum estaleiro português capaz de o construir.

3. O Chavez, da Venezuela,ou outro oportunista qualquer parece que irá ter um navio (em segunda mão, mas não usado) a preço de saldo que, mais dia, menos dia, será pago com os impostos dos portugueses, sendo curioso que a velocidade de ponta real do navio, tal com ele foi construído, sirva aos venezuelanos, mas não aos Açoreanos, reconhecidos nacional e internacionalmente pelas velocidades estonteantes em que estão habituados a viver…

O patriotismo da Região dos Açores (dos seus governantes, está bom de ver) está, assim, demonstrada e, sendo a região “autónoma”, pois claro, pode fazer o que lhe dá na realíssima gana, mesmo sendo o Estado (de que o Governo da Região faz parte) o dono dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Como diz um amigo meu, se o Estado fosse uma empresa, o governo da Região já tinha sido despedido…
Depois deste exemplar empenho com a cidadania portuguesa e com esta demonstração de patriotismo de uma Região (autónoma, pois claro) ainda alguém pensará que a regionalização será a salvação nacional?

Anonymous said...

O Governo Açoreano é mesmo teimoso e caturra; aliás nao se podia esperar outra coisa do secretario da economia que nada percebe de economia , pois é um modesto advogado e muito inexperiente. Do presidente Carlos Cesar nao passa de um funcionario de partido que tirou o 7º ano no pós 25 de Abril e vive simplesmente da ma.. da politica e o filho parece que vai no mesmo caminho Viva o regabofe!!

Anonymous said...

O que vai ser dos Acores,se o secretario da economia substituir Carlos Cesar e ganhar nas proximas eleicoes?,eu nao posso pensar nisso...