Navio de passageiros a motor, construído de aço, em 1954-1955. Nº oficial: H 435; Indicativo de chamada: CSAW. Arqueação bruta: 10.742 toneladas; Arqueação líquida: 6.257 toneladas; Porte bruto: 9.706 toneladas. Deslocamento leve / máximo: 6.624 / 16.330 toneladas. Capacidade de carga: 5 porões para 13.249 m3 de carga geral, incluindo 597 m3 de carga frigorífica. Comprimento ff.: 151,27 m; Comprimento pp.: 139,60 m; Boca: 19,44 m; Pontal: 11,95 m; Calado: 8,37 m. Máquina: 1 motor diesel Doxford-Ansaldo, com 6.800 bhp a 115 rpm (Máx. 7 150 bhp a 117 rpm), 1 hélice. Velocidade: 16 nós. Passageiros: 322 (22 - 1ª., 300 em turística) Tripulantes: 132. Custo: 135.000.000$00.
O NIASSA foi construído em Antuérpia, Bélgica, pela Société Anonyme Cockerill-Ougrée (construção nº 768), para a Companhia Nacional de Navegação. O contrato de encomenda foi assinado em 08-1952 procedendo-se ao assentamento da quilha a 24-05-1954. O navio foi lançado à água a 5-03-1955, sendo madrinha Dª. Maria Natália Ribeiro da Costa Rodrigues Thomaz, filha do Ministro da Marinha. As provas de mar tiveram início em 18-07-1955 e a entrega do navio deu-se em Antuérpia a 4-08, largando o NIASSA a 6-08 para Lisboa onde entrou pela primeira vez a 10-08-1955, sob o comando do capitão Filipe Freire.
A chegada ao Tejo coincidiu com o 10º aniversário da publicação do Despacho 100 assinalando a sua conclusão. Registado em Lisboa a 31-08-1955, o NIASSA largou a 7-09-1955 para a viagem inaugural à África Oriental. Na segunda viagem, saiu de Lisboa em 11-1955 fretado ao Ministério do Exército em serviço de transporte para o Extremo Oriente e África.
O NIASSA foi fretado ao Ministério do Exército para transporte de tropas e material de guerra a partir de: 14-03-1959 (portaria nº 17.054 de 6-03-1959) para 2 viagens à Índia; 23-04-1960 (portaria nº 17.684 de 19-04-1960); 15-03-1961 (portaria nº 18.298 de 4-03-1961); 26-05-1961 (portaria nº 18.495 de 30-05-1961); 28-06-1961 (portaria nº 18.555 de 27-06-1961); 10-01-1962 (portaria nº 18.949 de 4-01-1962); 15-07-1962 (portaria nº 19.267 de 9-07-1962)...
Em 22-01-1973 o NIASSA chegou a Glasgow para ser reclassificado, voltando a Lisboa a 9-03. Continuou ao serviço da CNN, fazendo a carreira de Angola e fretamentos militares. Depois da independência de Angola, passou a fazer a carreira de Cabo Verde. O NIASSA concluiu a última viagem a Cabo Verde a 9-01-1977 e foi imobilizado em Lisboa até 7-01-1978 quando voltou ao serviço para fazer uma série de 8 viagens regulares entre Lisboa e o Funchal fretado à CTM.
Na sua última viagem, a 25-02, socorreu e rebocou para Lisboa o cargueiro CEDROS que estava em perigo ao largo da costa portuguesa sob temporal, após o que rumou ao Funchal. Em 4-03-1978 terminou em Lisboa a última viagem e foi posto à venda. Adquirido a 6-05-1979 pelo sucateiro espanhol Hierros Ardes, saiu de Lisboa em 8-05-1979 a reboque do rebocador espanhol AZNAR JOSÉ LUIS para Bilbao, onde entrou a 13-05, tendo-se iniciado os trabalhos de demolição a 23-05-1979.
Paquete NIASSA : duas imagens, largando de Lisboa para o Funchal em Fevereiro de 1978.
Fotografado do rebocador MUTELA
1 comment:
Foi com imenso prazer que soube da existência deste blog, exactamente porque fiz uma viagem em 1976 com duração de 1 mês a bordo do Niassa, onde visitei a MAdeira, São Vicente, guiné e Senegal!
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