Sunday, January 31, 2021

Paquete inglês FUNCHAL aguarda sentença na Matinha

O paquete FUNCHAL fotografado há dias na Matinha a aguardar luz ao fundo do túnel

O navio de passageiros inglês FUNCHAL espera, atracado à ponte-cais da Matinha, no Porto de Lisboa, uma decisão sobre quem vai ditar os contornos do próximo capítulo de uma vida longa de seis décadas, cheias de prestígio e algumas atribulações.
De Inglaterra, o responsável pela gestão do processo de venda do FUNCHAL acaba de me informar que na Sexta feira, dia 29 de Janeiro último, foram recebidas diversas propostas para a compra do FUNCHAL, que estão a ser analisadas pelos proprietários, devendo ser escolhido o comprador durante esta primeira semana de Fevereiro. Mais uns dias de espera com o vulto sinistro de algum sucateiro bem presente. 
O «nosso» belo FUNCHAL agoniza no Tejo desde Janeiro de 2015, como herança visível do infeliz projeto Portuscale Cruises, ou, se recuarmos um pouco mais, como orfão abandonado na sequência do falecimento do seu grande patrono, o armador George Potamianos, um «Lisbon Greek» encantado pelo FUNCHAL desde que o conheceu em 1975, e responsável pelo sucesso enorme do antigo paquete da Insulana nos mercados de cruzeiros internacionais a partir de 1976, quando o FUNCHAL se estreou na Suécia fretado a uma empresa de Estocolmo pela mão de Potamianos.
Comprado em Dezembro de 2018 pela empresa Signature Living, de Liverpool, a quem foi entregue no Tejo a 25 de Outubro de 2019, após finalização de pagamento a prestações, o FUNCHAL continuou com o mesmo nome, o mesmo Ilustre Comandante José Valente e um punhado de tripulantes portugueses a bordo e um novo registo na Zona Franca da Madeira em nome de SGL Cruises, daí a mesma bandeira portuguesa ainda na popa do FUNCHAL(inho). 
Os novos projetos anunciados pelos ingleses foram perdendo força na proporção inversa do aumento da ferrugem, até o navio ser posto em leilão mais uma vez e, entretanto o FUNCHAL bateu o famoso SANTA MARIA em matéria de assaltos por 3 a 1, pois o FUNCHAL já sofreu diversos assaltos, atracado à Matinha, dois dos quais muito recentemente, que levaram o armador inglês a instalar a bordo um sistema de segurança. Deviam ser Amigos do FUNCHAL desesperados por preservarem a dignidade deste navio histórico, mas foram apenas gatunos reles e ordinários. Se os apanhasse, exportava-os para as Arábias com a recomendação de que alguém piedoso lhes cortasse as patas dianteiras e o pirilau por profanação horrenda de um belo navio.
Aguardemos pelo próximo capítulo da longa história do Paquete FUNCHAL, um navio inglês com bandeira portuguesa perdido há muito num cais velho de Lisboa. Oxalá não seja o fim.
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Saturday, January 30, 2021

A última renovação da frota da Insulana em 1971-1973




Em 1971 a Empresa Insulana de Navegação iniciou um período de expansão e renovação da sua frota, em que foram comprados 16 navios. Os primeiros a chegar a Lisboa no Verão de 1971, foram os cargueiros gémeos ROÇADAS e SERPA PINTO, acabados de construir na URSS e destinados à nova linha de África Ocidental da Insulana. 
Como era habitual, o Presidente Américo Tomás visitou as novas unidades no Tejo. O primeiro foi o ROÇADAS na sua viagem inaugural a Angola e Matadi. Recebeu a bordo o PR a 5 de Julho de 1971, atracado ao cais sul da doca de Alcântara, junto à ponte giratória. 
Seguiu-se a entrada ao serviço do gémeo SERPA PINTO, ainda em Julho, e dos gémeos MUXIMA e CONGO em Agosto de 1971. 
A frota de grandes cargueiros seria depois reforçada com mais três aquisições, os cargueiros CARVALHO ARAUJO e PEREIRA D´ÉÇA, comprados ambos novos no Brasil, e o H CAPELO, comprado à Holland America Line. Estava prevista a compra de mais alguns navios de carga de longo curso para uma linha Angola - USA, mas esta fase da expansão da Insulana já não se concretizou.
Foram também comprados navios de carga modernos para as ligações ao Norte da Europa e Ilhas, dois porta contentores para a linha dos EUA e procedeu-se à conversão do paquete FUNCHAL em navio motor para cruzeiros na Holanda em 1972 e 1973.
A Insulana era a mais antiga empresa de navegação portuguesa à época. A 4 de Fevereiro de 1974 juntou-se à Companhia Colonial, dando origem à CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, que infelizmente teria vida difícil e curta, até à sua liquidação em 1985, quando se vendeu a frota em leilão.
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Thursday, January 28, 2021

SAGA SISTERS IN LISBON IN 2007










































































The SAGA cruise ships SAGA ROSE and SAGA RUBY were docked in Lisbon on 14th May 2007 at the Alcântara terminal. It was the second time in 2007 that the two SAGA near sisters visited Lisbon on the same day, having been at the same dock also on 4 January.
Seen as two of the more elegant passenger ships afloat, they were constructed to the former Norwegian America Line as the SAGAFJORD (1965) and the VISTAFJORD (1973). After a stint under Cunard ownership, the two near sisters sailed once more as fleetmates under the colours of SAGA CRUISES until sold in 2010 and 2014.
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Dois dos meus navios de passageiros favourites, os navios de cruzeiros SAGA ROSE e SAGA RUBY, aqui atracados ao cais de Alcântara, em Lisboa, a 14 de Maio de 2007, num de diversos encontros no Tejo. Eram navios bonitos, co cores queue só ampliavam a elegância de linhas clássicas. O meu preferido era o SAGO ROSE, antigo SAGAFJORD. Fotografei ambos muitas vezes, e com diversos nomes ao longo dos anos, vantagem de ter começado a fotografar na década de 1970, quando estes navios eram praticamente novos.
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Saturday, January 23, 2021

SHIPPING WONDERS OF THE WORLD






























Shipping Wonders of the World é uma obra enciclopédica sobre o mundo dos navios e da navegação publicada no Reino Unido em 55 fascículos semanais entre 30 de Janeiro de 1936 e 23 de Fevereiro de 1937. 
É uma obra excecional que mereceu a construção de um site com muita informação e divulgação bem merecida e útil.
Ver aqui o site sobre SHIPPING WONDERS.
Tenho na minha biblioteca a maior parte dos fascículos, mas não a série completa, que herdei em 1987 do meu Amigo muito especial Eugénio António Cavalheiro. Os textos e as ilustrações são inspiradores.
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Friday, January 22, 2021

O MAR COMO PATRIMÓNIO - por António Barreto





Imprescindível ouvir António Barreto nesta sua palestra brilhante - O Mar como Património - e refletir com honestidade e sensibilidade sobre as suas palavras e pensamentos. Palestra proferida na Academia de Marinha, em Lisboa, em Janeiro de 2019. Talvez o depoimento mais lúcido sobre o nosso Mar desde há muitos anos, com um olhar aberto e independente. 
Parabéns ao Palestrante e à Academia de Marinha por nos trazer este contributo de reflexão. Porque, não haja dúvidas, o Mar Português é imprescindível e não faz qualquer sentido esta Desmaritimização demais de quatro décadas que nos faz mais pobres e ignorantes. Luís Miguel Correia 

Wednesday, January 20, 2021

Webminar COMM: História da Marinha Mercante Portuguesa (Luís Miguel Correia)


A história da Marinha Mercante Portuguesa nos últimos 200 anos, isto é, desde a introdução da propulsão mecânica com navios a vapor, vai ser o tema de um webseminar promovido pelo COMM - Clube de Oficiais da Marinha Mercante apresentado por Luís Miguel Correia, dia 21 de Janeiro pelas 15 horas.
Para acederem ao webimar os interessados terão de solicitar incrição (gratuita) pelo endereço eletrónico geral@comm-pt.org para que possam receber o «link» para o evento.
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