Friday, December 29, 2006

HAPPY NEW YEAR


With this photograph of P&O Cruises' ARCADIA in Lisbon, I wish all our friends and visitors a VERY HAPPY NEW YEAR full of ships. A special word of thanks for the kind words and comments posted during 2006. For 2007 I am committed to do my vest, with new post about ships and the sea...
Luís Miguel Correia -29.December.2006

BOM ANO DE 2007

Com esta fotografia do navio-escola POLAR, aqui ficam desejos de um Bom Ano de 2007 para todos os utentes deste espaço de divagação marítima. Obrigado pelas palavras de incentivo e pelas muitas visitas registadas ao longo de 2006, prometendo fazer mais e melhor durante o próximo ano.
Luís Miguel Correia - 29.Dezembro.2006


NEW YEAR's EVE CRUISE SHIPS IN MADEIRA

I'm leaving Lisbon this evening for another phtographic expedition to Madeira Island to photograph 10 passenger and cruise ships in two days: QUEEN ELIZABETH 2 (30th December, sailing at 4.00 PM), AIDABLU, ATHENA, BLACK PRINCE, LOBO MARINHO, MSC MUSICA, ORIANA, THOMSON DESTINY, SAGA ROSE e VAN GOGH, all nine on the 31st for the New Year's eve Fireworks.
My first Madeira New Year expedition was in December 1977, when there where six ships, including the VAN GOGH, under her original name GRUZHIYA. Other visitor on 31.December1977 were the CALYPSO ex-Southern Cross, the MASSALIA, the MIKHAIL LERMONTOV abd the BLENHEIM.
Luís Miguel Correia - 2006

FIM DO ANO NO FUNCHAL

Para mim o Fim do Ano no Funchal é uma tentação obrigatória, pelos navios de cruzeiros que se juntam no porto para entrar o novo ano sob o famoso fogo de artífício. Logo à noite lá vou eu de máquinas preparadas, para este ano fotografar alguns dos meus paquetes preferidos: QUEEN ELIZABETH 2 (dia 30, com saída às 16h00), AIDABLU, ATHENA, BLACK PRINCE, LOBO MARINHO, MSC MUSICA, ORIANA, THOMSON DESTINY, SAGA ROSE e VAN GOGH, todos no dia 31.
Desde 1977, data da minha primeira expedição fotográfica exclusivamente para ver os navios (o VAN GOGH, então com o nome original GRUZHIYA foi um dos paquetes então fotografados...), que volta e meia me meto num avião e paso uns dias no molhe da Pontinha a registar imagens dos navios. Em cima, fotografia do COSTA VICTORIA, fotografado no Funchal a 18.Dezembro.2006.
Luís Miguel Correia - 2006

BLOG DOS CACILHEIROS

Integrado num projecto de actualização da minha base de dados históricos sobre os CACILHEIROS, iniciou-se o processo de construção de um blogue múltiplo dedicado aos Cacilheiros, com uma páginqa para cada navio e uma outra de introdução. Para além de iconografia diversas irão sendo publicadas fichas com as características técnicas e a história dos cacilheiros contemporâneos, cingidos de início às unidades que compõem as frotas da empresas TRANTEJO, SOFLUSA e CP, isto é os Cacilheiros e os Barcos do Barrreiro poeteriores a 1975. Para além da página de introdução aos cacilheiros, está já aberta outra, dedicada ao navio de passageiros MARVILA.

Tuesday, December 26, 2006

MAR NO FEMININO



Saudações marinheiras para duas visitantes ilustres deste blogue dos navios e do mar: o CREOULA para a "Sailor Girl" e o ALEXANDER VON HUMBOLDT para a "Garina do Mar". O CREOULA é um daqueles navios que melhora com os anos e está cada vez mais atraente. Quanto ao alemão verde, será que se lhe aplica a máxima "são verdes, não prestam?" de uma famosa raposa de uma fábula?
Um bom ano marítimo de 2007 para todos os utentes do BLOGUE DOS NAVIOS E DO MAR
Luís Miguel Correia - 26.Dezembro.2006

Monday, December 25, 2006

Paquete ANGOLA (1948-1974)

Navio de passageiros e carga a motor, construído de aço em 1947-1948. Nº. oficial: H 370. Indicativo de chamada: CSCR. Arqueação bruta: 12 975 toneladas; Arqueação líquida: 7 703 toneladas; Porte Bruto: 9 703 toneladas; Deslocamento máximo: 18 223 toneladas; Deslocamento leve: 8.520 toneladas. Comprimento ff: 167,11 m; Comprimento pp: 161,04 m; Boca: 20,50 m; Pontal na ossada: 13,48 m; Calado: 8,21 m. Capacidade de carga: 4 porões com 12.440 m3, incluindo 311 m3 de carga frigorífica. Máquina: 2 motores diesel Doxford, com 13 000 bhp a 115 rpm. 2 hélices. Velocidade: 17 nós. Passageiros: 741 (89 - 1ª, 141 - 2ª, 98 - 3ª, 413 - 3ª suplementar) . Tripulantes: 212. Navios gémeos: MOÇAMBIQUE. Custo: 161 137 000$00.

O ANGOLA foi encomendado em 20-12-1945 ao estaleiro R & W Hawthorn, Leslie & Co., e construído em Newcastle upon Tyne, Inglaterra (construção nº 689), para a Companhia Nacional de Navegação. Em 27-06-1947 procedeu-se ao assentamento da quilha, sendo lançado à água em 24-03-1948. Foi madrinha do ANGOLA a Srª. Duquesa de Palmela. O navio efectuou as provas de mar a 10 e 11-12-1948 ao largo da foz do rio Tyne, e foi entregue a 17-12, tendo chegado a Lisboa em 21-12-1948, sob o comando do capitão António Bettencourt; trouxe 22 passageiros. Visita oficial de entidades oficiais a 4-01-1949. Em 10-01-1949 o ANGOLA foi registado em Lisboa, de onde largou no dia seguinte para Leixões (12-01), iniciando a actividade comercial. A 14-01 saiu de Lisboa com 707 passageiros, na viagem inaugural para: Funchal, S. Tomé, Luanda, Lobito, Moçamedes, Cidade do Cabo, Lourenço Marques, Beira e Moçambique. Em 1957 o ANGOLA foi a Newcastle, sendo reclassificado pelos estaleiros Hawthorn Leslie & Co e Smith’s Dock Company. 1962: 13 078 TAB, 7 964 TDW, 547 passageiros (106 - 1ª., 141 - 2ª., 300 - 3ª.). De 7-03 a 30-04-1971 o ANGOLA foi modernizado em Lisboa pela Lisnave no estaleiro da Rocha, sendo reduzida a lotação de passageiros para 247 (106 - 1ª., 141 - turística), o número de tripulantes para 155 aumentando a capacidade de carga para 14.020 m3 e o porte bruto para 8.851 TDW. As cores do ANGOLA foram alteradas na ocasião, passando o casco a azul médio com linha de água azul escura enquanto a chaminé viu aumentada a superfície de azul. Em 30-04-1971 o navio regressou à linha de África. Em 27-11-1973 o ANGOLA largou de Lisboa na que seria a última viagem a Moçambique. Durante a viagem a CNN obteve autorização governamental para vender o navio, que foi retirado do serviço em Lourenço Marques a 30-12-1973. Parte da tripulação regressou a Lisboa a bordo do PRINCIPE PERFEITO e o ANGOLA seguiu em 16-01 para a Formosa, chegando a Hualien em 8-02-1974, onde foi desmantelado pela firma Chou’s Iron & Steel Co a quem foi vendido em 31-01-1974.

Um blogue sobre LUANDA

LUANDA sempre teve para mim o significado mágico dos grandes espaços inacessíveis de sonhos: uma baia linda com belos navios, claro, e um ponto num mapa grande pendurado na sala de aula da quarta-classe do colégio Externato Marista de Lisboa, de há muitos anos... Luanda era também nesse tempo o nome de um cargueiro bonito, da Companhia Colonial de Navegação, construído na Bélgica e perdido por incêndio em Marselha em 1973. Mais tarde descobri que não era o único, tinha havido um outro, o paquete mixto LOANDA, também da CCN, um dos navios da primeira geração da frota da empresa, e antes ainda, o paquete LOANDA, da famosa Mala Real Portugueza. Nos anos setenta, Luanda era em primeiro lugar uma imagem muito bonita do paquete INFANTE DOM HENRIQUE a desatracar do porto da cidade, rumo ao Lobito, então a escala seguinte numa rota que incluia ainda o Cabo, Lourenço Marques e a Beira...
Quando comecei a fotografar navios em 1975, ainda registei as últimas partidas e chegadas dos nossos paquetes de então vindos de Luanda, incluíndo as derradeiras viagens com tropas, do UIGE e do NIASSA. Depois Luanda passou a ser sinónimo de uma guerra periférica, daquelas que as grandes potências e os seus interesses inconfessados geravam sem nenhuma lógica aparente que justificasse as tragédias sem limites. O único pecado de Angola seria ser um território de riquezas ilimitadas. Felizmente isso é passado, como se pode sentir através do blogue LUANDA AZUL - LUANDA BLUES, editado pela Sailor Girl, com isenção e rigor informativo. Vale a pena espreitar...
Luís Miguel Correia - 25.12.2006

BLOGUES DO MAR

Chama-se MILHAS NÁUTICAS este espaço a três, multifacetado mas com uma proa muito virada ao mar. "milha náutica = 1852 m = um minuto de arco de meridiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . uma das formas de medir o mundo! . . . . . . . . . . . . . . . distâncias de viagens..." é assim apresentado pelos seus autores Garina do Mar, Laurus Nobilis e Nautilus. A fotografia foi retirada da página em referência.
É bom descobrir gente que gosta do mar, do mergulho, dos navios, e tantas outras coisas associadas e ainda por cima tem tempo para partilhar essas emoções com um mundo inteiro de desconhecidos e amigos. Enfim, o melhor da blogósfera, "made in Portugal".
Luís Miguel Correia - 25.12.2006

MADEIRA, PASSADO E PRESENTE MARÍTIMO





Foi inaugurada no Teatro Municipal do Funchal em 14 de Dezembro a exposição MADEIRA, PASSADO E PRESENTE MARÍTIMO, promovida pelo CEN - Clube de Entusiastas de Navios com o alto patrocínio da Comissão para os 500 anos da Cidade do Funchal e coordenação do insigne fotógrafo Leonel Martinho de Nóbrega, vice presidente do clube (catálogo da exposição : http://www.funchal500anos.com ). A cerimónia de inauguração prestou-se a acontecimento social de primeira ordem, destacando-se entre os presentes o Senhor Dom Duarte Nuno de Bragança, o Presidente da Câmara Municipal do Funchal Miguel Albuquerque, o fotógrafo madeirense João Pestana e elementos da direcção do CEN. A exposição está patente ao público de 14 de Dezembro a 6 de Janeiro, no salão nobre do teatro municipal Baltazar Dias, no centro do Funchal.
Este evento insere-se na actividade continuada desenvolvida pelo CEN e pelos seus sócios mais destacados na divulgação da ligação marítima entre a cidade e o porto do Funchal, passado e presente marítimo, num importante contributo para a sensibilização da população residente e turística no que toca ao mar e aos navios.
A exposição apresenta um nível de qualidade elevado, sendo pena que não possa servir de núcleo museológico permanente, pois o Funchal merecia dispor de um museu maritimo.
Tivemos oportunidade de visitar a exposição que apreciámos. Vale a pena lá ir. Se reside no Continente, nos Açores ou no estrangeiro e é um apaixonado pelas coisas do mar, aqui está um excelente pretexto para uma próxima visita à ilha da Madeira...
The MADEIRA SHIP CLUB has organized a very interesting exhibition about the maritime traditions and history of Madeira island and their ships. It is a must for all interested in ships and maritime history. The exhibition opened on 14th December and runs until 6th January at the Funchal Theatre Baltazar Dias. If you have never been in Madeira, now there is an extra reason for you to pay a visit to one of the more exotic, friendly and beautiful islands in the Eastern Atlantic. And there are penty of cruise ships to be seen at the port...
Luís Miguel Correia - 2006

JARDIM DO TABACO

Aspectos da doca do Jardim do Tabaco, situada junto a Alfama, entre o Terreiro do Paço e Santa Apolónia, onde vai ser construído o futuro terminal de navios de cruzeiros, que se espera venha revitalizar a zona, actualmente e sem utilização portuária devido à degradação das muralhas e cais. A última intervenção de fundo neste local foi efectuada em 1998, tendo o Jardim do Tabaco servido para atracação dos paquetes ITALIA PRIMA, OCEAN EXPLORER I e PRINCESA VICTORIA, utilizados como hotéis flutuantes de apoio à EXPO 98.
Actualmente encontra-se afundado dentro da doca o rebocador ligeiro RIO CAIA, que pertenceu à firma Navegação Fluvial e Costeira (Júlio da Cruz), falida há alguns anos.



Este sector do Porto de Lisboa compreendendo o cais e doca do Jardim do Tabaco vai começar a sofrer alterações radicais em breve, com o arranque das obras de construção do novo terminal de cruzeiros de Lisboa. A obra é necessária, pecando apenas por não ter sido efectuada há já alguns anos, pois nos períodos de maior movimento de paquetes em Lisboa começam a sentir-se constrangimentos devido a incapacidade para atracar todos os navios. Este ano o MAXIM GORKY esteve fundeado na Trafaria numa das suas escalas no Tejo, e houve situações de outros navios terem de inverter o itinerário do cruzeiro para alterar a data da escala em Lisboa e assim ter atracação. Preocupante é também a perspectiva da actual administração da APL de desactivar os terminais de Alcântara e da Rocha, diminuindo efectivamente o número de navios com possibilidade de atracar em simultâneo. Há que encarar esta questão com pragmatismo, pois o mercado de cruzeiros é cada vez mais dinâmico e se não forem melhoradas substancialmente as condições de acolhimento dos navios de turísmo no Tejo, acabarão por beneficiar outros portos, por mais interessante que Lisboa seja.
LMC - 2006

TERCEIRA PONTE DO TEJO

Um dos projectos socrático-faraónicos do actual "team" de São Bento é a terceira ponte sobre o Tejo, cujo projecto de construção aparece associado ao TGV. Esta imagem do Mar da Palha obtida do pontal de Cacilhas, com um graneleiro à descarga será assim uma realidade ameaçada de extinsão.
Independentemente dos pressupostos técnicos e económicos do projecto, considerados polémicos por muito boa gente, preocupa-me o impacto visual da ponte em relação ao rio Tejo e à cidade de Lisboa e as limitações que a futura obra vai impor aos fundeadoros do mar da Palha, diminuindo a flexibilidade da zona portuária e as potencialidades do estuário do Tejo. Sem querer parecer "velho do Restelo", sempre há a hipótese de o projecto ir parar às calendas gregas, como tantos outros apresentados nas últimas décadas e caídos no esquecimento via poderes efémeros...
Luís Miguel Correia - 2006

CHRISTMAS CARDS

A few nice christmas cards with ships sent by friends or shipping companies. The Porto Santo Line card is as nice as their ship herself, and the crossing from Funchal to Porto Santo is a real must, the only shortcoming being the fact that it takes only 135 minutes and the feeling is "I wish it would last longer".
The MOUZINHO card sent by my dear friend Ian Shiffman is a real gem, and yes, Ian I have many slides ready to send to you, part already sorted out...
Cunard is promoting their fifth QUEEN and in about one year she will be sailing along her elder sisters...
Luís Miguel Correia - 2006


Sunday, December 24, 2006

PRINCESS DANAE's ORIENT CRUISE


Following her refit in Lisbon, the Classic International Cruises cruise ship PRINCESS DANAE, sailed on 23rd December to the Far East on a 111-day cruise.
The first port is Marseille, on 27th December, followed by Valletta, Rhodes, Port Said, Suez, Sharm-El-Sheik, Aqaba, Hodeidah (Yemen), Salalah, Muscat, Bombay, Mormugão, Cochin, Chennai, Yangoon, Phuket, Langkawi, Malaca, Singapura, Muara, Kota Kinabalu, Manila, Kaohsiung, Naha (Okinawa), Kagoshima, Osaka, Yokohama, Kobe (Japan), Shangai, Hong Kong, Huang Pu (China), Halong Bay, Da Nang, Ho Chi Minh (Vietname), Singapura, Port Klang, Penang, Male, Mukalla, Safaga, Suez, Port Said, Alexandria, Pylos, Naples, Ajaccio, and Marseilles, where the cruise ends on 17-04-2007. This long cruise is available by segments of 19 to 25 nights and was organized by the Paris-based tour operator NDS, a company associated to Classic International Cruises.
While in Lisbon, the PRINCESS DANAE received several improvements to her cabins and decks, and new communications equipments, including a large long range statelyte system. Its antenna changed slightly the ships' profile.
Copyright photoand words by Luís Miguel Correia - 2006

LARGADA DO PRINCESS DANAE



Após um mês de reparação e docagem em Lisboa, o navio de cruzeiros PRINCESS DANAE, da Classic International Cruises largou de Lisboa a 23 de Dezembro pelas 15h00, com destino ao Extremo Oriente, num grande cruzeiro que se prolonga até Abril. O primeiro porto é Marselha, de onde o navio sai a 27-12 para Valletta, Rhodes (onde passa o fim de ano), Port Said, Suez , Sharm-El-Sheik, Aqaba, Hodeidah (Iemen), Salalah, Muscat, Bombaim, Mormugão, Cochin, Chennai, Yangoon, Phuket, Langkawi, Malaca, Singapura, Muara, Kota Kinabalu, Manila, Kaohsiung (na ilha Formosa onde nos anos setenta e oitenta se desmantelaram tantos navios), Naha (Okinawa), Kagoshima, Osaka, Yokohama, Kobe (Japão), Shangai, Hong Kong, Huang Pu (China), Halong Bay, Da Nang, Ho Chi Minh (Vietname), Singapura, Port Klang, Penang, Male, Mukalla, Safaga, Suez, Port Said, Alexandria, Pylos, Nápoles, Ajaccio, e Marselha. ende regressa a 17-04-2007 após 111 dias. O cruzeiro pode ser feito por segmentos e está a ser comercializado em França pela companhia NDS, uma associada da Classic International Cruises.
O PRINCESS DANAE sofreu diversos melhoramentos durante a estadia no Tejo, com parte dos camarotes remodelados, novos sistemas de comunicação instalados, novo revestiemnto dos tombadilhos, etc..., em resultado do que o perfil do navio foi alterado na popa com uma nova antena de comunicações por stálite de longo alcance.
Texto e fotos de Luís Miguel Correia - 2006

BLOGS DA CONCORRÊNCIA

NÓS E O MAR é um espaço editado pelo "a ver navios", nobilíssima actividade essa de ver navios, e dedica-se especialmente à história da pesca do bacalhau e dos navios que a ela se dedicaram (e dedicam ainda, em menor número). A fotografia do CREOULA atracado no porto da Horta é uma das imagens que compõem a iconografia deste espaço (esta fotografia é uma das muitas imagens excelentes do NTM CREOULA do livro dedicado a este navio publicado pelo Sr. Cte. António Manuel Gonçalves, pelo que presumo seja ele o autor da imagem, referênciada no livro como datada de 1993) . A visitar regularmente. BLUE MOON I é outro blog interessante com maresia e navios, incluindo esta imagem do MICHELANGELO, de 1965, que durante 10 anos serviu a companhia ITÁLIA.

A título de curiosidade, esta fotografia foi tirada da ponte do grande paquete italiano em Abril de 1966, quando seguia de Génova para Nova Iorque e enfrentou uma tempestade de grandes proporções, com ondas superiores a 20 metros, uma das quais atingiu o navio às 10h20 de 12.04.1966, causando avarias graves, com chapa de aço arrancada da zona da proa, vidros da ponte partidos, 20 camarotes destruídos, 2 passageiros e 1 tripulante mortos instantaneamente, 5 passageiros e 7 tripulantes feridos. Tudo isto numa posição a 1400 milhas de Nova Iorque, onde o navio atracou dois dias depois, com as bandeiras a meia-haste e ambulâncias no cais...
Boas navegações na rede e festas felizes para todos, do Luís Miguel C - 2006

Friday, December 22, 2006

Vista de Santa Apolónia

Two views of the Santa Apolónia container terminal in Lisbon with the container ship MONTE BRASIL loading her cargo for the Azores, and the MUTUALISTA AÇOREANA ship HYDRA J about to berth. Photographs taken by Luís Miguel Correia on 21st December 2006.

Depois de ter estado centrado no cais de Santos durante um século, (onde carregavam os navios da Empresa Insulana, CTM e Mutualista Açoreana), o terminal de carga do porto de Lisboa vocacionado para as Ilhas Adjacentes foi transferido para Santa Apolónia há poucos anos, onde é óbvia a localização mais adequada e o espaço mais desafogado, como se vê nestas fotografias, obtidas a 21 de Dezembro, vendo-se, na primeira, o terminal da TRANSINSULAR, com o porta-contentores MONTE BRASIL atracado; na segunda, o mesmo navio da TRANSINSULAR, com o HYDRA J, da MUTUALISTA AÇOREANA em manobra de atracação.

Saturday, December 16, 2006

RMS QUEEN ELIZABETH 2

Embora diga sempre que não tenho propriamente navios favoritos, isso só parcialmente é verdade, pois há de facto alguns especiais. O R.M.S. (Royal Mail Ship) QUEEN ELIZABETH 2 é um dos que me fascinam sempre. Este ano fotografei-o em todas as escalas efectuadas no Tejo, mas não o vou poder voltar a fotografar na próxima, programada para 19 de Dezembro, pois nesse dia estarei no Caniçal, na inauguração do novo porta-contentores MADEIRENSE 3, da Empresa de Navegação Madeirense, actualmente o armador português mais antigo, em actividade desde Maio de 1907.
Luís Miguel Correia - 2006

Bandeira da Companhia Nacional de Navegação

Era a bandeira mais bonita de todas as das companhias de navegação portuguesas. Começou por ser utilizada a partir de 1858 pela frota da companhia UNIÃO MERCANTIL, que nesse ano assinou com o Estado um contrato de exclusividade das ligações a vapor entre Lisboa, a África Ocidental, o Algarve, a Madeira e os Açores.
As cores eram obviamente as nacionais (até 1910), e sendo então a UNIÃO o que hoje se chama companhia de bandeira, nada mais apropriado. A empresa liquidou em 1864.
Em 1881 foi constituída nova empresa de navegação destinada a manter as carreiras para a África Ocidental: a EMPRESA NACIONAL DE NAVEGAÇÃO A VAPOR PARA A ÁFRICA PORTUGUESA, que adoptou a mesma bandeira, a qual não foi alterada após o 5 de Outubro de 1910. Em 1918 a ENN deu lugar à CNN - COMPANHIA NACIONAL DE NAVEGAÇÃO, que se manteve em actividade até Maio de 1985, quando foi decretada a sua liquidação pelo Governo, então presidido pelo Dr. Mário Soares.
A NACIONAL foi até agora a mais importante empresa de navegação portuguesa e foi proprietária de mais de 120 navios ao longo da sua história, incluindo alguns dos mais importantes paquetes portugueses, como o ÁFRICA de 1905, que em Julho de 1907 levou a África o Principe Real D. Luís Filipe, ou o PRINCIPE PERFEITO (1961-1976), que deixou muitas saudades na ultima geração de portugueses ligados ao Ultramar. Em 1981 a NACIONAL decidiu comemorar o primeiro centenário e alterar a sua imagem: os navios passaram a ter cascos azuis e a bandeira passou a incluir um logotipo com as letras CNN estilizadas, que em nada beneficiou a companhia, que infelizmente só durou mais quatro anos.
Houseflag of the Portuguese shipping companies UNIÃO MERCANTIL (1858 - 1864) and ENN / CNN (Cia NACIONAL), the main Portuguese shipping company to Africa from 1881 up to 1985. The blue and white was the same of the ensign of the Kingdom of Portugal, In 1910 the national flag was changed with the advent of the Portuguese Republic, but the NACIONAL remained loyal to the blue and white colours... In 104 years the NACIONAL had more than 120 ships in its fleet, including some of the more famous Portuguese passenger liners, and their final flagship, the PRINCIPE PERFEITO (1961 - 1976).
Luís Miguel Correia - 2006

Friday, December 15, 2006

Recordar o INFANTE DOM HENRIQUE

O paquete INFANTE DOM HENRIQUE foi o maior navio de passageiros português. Quando da sua construção, em 1959-1961, houve a preocupação de decorar os interiores recorrendo aos melhores artistas nacionais da época, de que resultou um navio moderno e muito atraente.

The passenger liner INFANTE DOM HENRIQUE was the largest of the Portuguese passenger ships. When she was built in 1959-1961, the Companhia Colonial de Navegação provided modern trend setting interiors decorated by the best contemporary artists.

Paineis de Manuel Lapa na entrada da capela do Infante Dom Henrique alusivas à Ínclita Geração (destruídos em 2004 na China) Mural paintings by Manuel Lapa at the INFANTE chapel hall (destroyed in China 2004)

Composição representando a Santíssima Trindade, segundo uma interpretação coeva do Infante. Pintura mural de Manuel Lapa, destruída na China em 2004

Mural painting by Manuel Lapa at the entrance of the ship's chapel, depicting the Holy Trinity as seen in the 15th century. Destroyed at the scrapyard in Chine (2004)
Capela do paquete INFANTE DOM HENRIQUE, que se manteve sem alterações dignas de nota até à demolição do navio na China em 2004

The chapel aboard the INFANTE DOM HENRIQUE. This chapel was preserved on the ship up to the end in China in 2004

Cerâmicas do vestíbulo da classe turística

Tourist class hall ceramics

Thursday, December 14, 2006

PARADIGMAS MARÍTIMOS


"As nossas companhias são vitímas da sua própria tacanhez e de andarem de mão estendida atrás do Estado... fala-se na Maersk, mas quantos subsídios recebeu a companhia, ao longo da sua história, do Estado Dinamarquês?Poucos ou talvez nenhuns e vejam onde chegou.São precisos homens do Mar com estofo para o negócio, um Onassis ou um Niarchos em versão Portuguesa, para se ter esperança numa companhia Mercante Portuguesa."
A propósito das palavras anteriores, do entusiasta de navios português Paulo Mestre, num comentário deste blog ao tema PREFERIR NAVIOS PORTUGUESES, aqui fica mais uma reflexão:
Conheço os actuais armadores portugueses e não os vejo de mão estendida atrás do Estado. Nos países marítimos mais importantes, há grandes companhias a par com uma maior quantidade de empresas de média e pequena dimensão. Em Portugal não temos empresas marítimas de grande dimensão e as maiores que tivemos e podiam ter dado origem a, digamos, uma empresa grande actual, foram liquidadas pelo Estado em 1985 depois de terem sido nacionalizadas em 1975 e mal geridas durante 10 anos.
A assinatura do Decreto de extinsão da CNN e da CTM foi do então primeiro ministro Mário Soares..., um dos seus momentos menos felizes. As Sociedades Anónimos de capital estatal que lhes sucederam não vieram preencher o vazio. Ainda existem, a Transinsular é 100% portuguesa, mas faz parte de um grupo logístico cuja principal vocação não será talvez ser armador. A empresa estagnou nos seus nichos insulares, e em mais alguns negócios, do carvão para Sines à cabotagem na África Oriental. Não tenho nada contra a TRANSINSULAR, pelo contrário, mas eram precisas muitas mais empresas semelhantes. A Portline assumiu uma vocação internacional e não há quem a veja em águas portuguesas. Isto até é bom, mas desviou-a de uma possível vocação de companhia de bandeira. Não temos uma TAP nos transportes marítimos...
Quanto a Onassis versão portuguesa, acredita que já conheci alguns com potencial, que não foram a lado nenhum por entre outras coisas se terem agarrado à bandeira portuguesa...0 assunto é complexo. Para além de muitos conhecimentos, a actividade marítima globalizada dos nossos dias exige três outras coisas fundamentais: dinheiro, dinheiro e mais dinheiro... E mesmo na Grécia dos Onassis, por cada um destes magnatas do mar, ficaram pelo caminho 1000 outros candidatos que por 1000 razões não chegaram lá... E em Portugal não temos tanta gente assim virada com os cifrões e a massa cinzenta para o mar...
LMC

COLONIAL BEAUTIES

They have never been surpassed; the colonial liners with their allure of the tropics, the open decks and light colours, almost cruise ships. P&O to India via Suez, Ellerman to Cape Town, the Ville-boats to Matadi and Lobito, or a CCN liner on a 50-day round trip from Lisbon to the Portuguese East Africa and back, calling at Funchal, São Tomé, Luanda, Lobito, Moçamedes, Cape Town, Lourenço Marques, Beira, Moçambique, Nacala, Porto Amélia and back..., on the PÁTRIA of 1947 or her sister IMPÉRIO of 1948, both products of Messrs John Brown & Co., Clydebank...
In the B&W photo, the Colonial Liner IMPÉRIO alongside Funchal, Madeira Island in the early sixties, going southbound on another roundtrip. The next port, São Tomé island was one week away, in the Equator...
In full colour, the CCN flagship INFANTE DOM HENRIQUE photographed underway at sea in the late sixties from another Colonial liner. On long voyages, there were always those magic moments at sea as spectacular as the crossing of the line: a small point over the horizon would grow out of nothing into a beautiful fast ship, getting bigger and bigger until she was right there saluting with flags and steam whistles, the two liners sailing at a combined speed of about 40 knots. Another 30 minutes and it had all gone into memory lane... The INFANTE was the largest liner ever purpose built for the Europe - East Africa line, the largest passenger ship built in Belgium, the largest Portuguese liner. She sailed for Africa only during 14 years, from 4th October 1961 until 24th December 1975. Her interior design was influenced by those of the Italia Line flagship ANDREA DORIA..., and her funnel was one of the best examples of a "late LASCROUX-type funnel", giving the ship a modern and somehow agressive look, and deflecting smoke in a very effective way...
Luís Miguel Correia - 2006

Stone ships

I have always been fascinated by dock artwork from ship crews in ports all over the world. An old tradition and a very original and naif way to say "Iwas here..."
Photographs taken at the harbour of Funchal, Madeira.

Luís Miguel Correia - 2006



Wednesday, December 13, 2006

ALEXANDER VON HUMBOLDT

The cruise ship ALEXANDER VON HUMBOLDT visited Lisbon for the first time under this name in May 2006 and the photos were taken on her arrival. She had visited the Tagus regularly as the MINERVA between 1996 and 2003 and also as the SAGA PEARL (2003-2004). This 12.231 GT cruise ship was constructed in Ukraine as the Soviet research ship OKEAN in 1987-89, but was never completed. The hul was sold to V Ships and the ship was rebuilt and completed as a cruise ship in 1996 in Italy.
The ship has been operated by the German tour operator Phoenix Reizen since 2005.

Copyright photos by L. M. Correia - 2006

Tuesday, December 12, 2006

ESTRATÉGIA AZUL

Estratégia Azul - Portugal dispõe de uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas da Europa, com mais de 1.700.000 Km2, o que corresponde a cerca de 18 vezes a sua área terrestre. Integrado no «Atlântico Azul - Paixão pelo Mar», este blogue visa contribuir para a divulgação do trabalho da Estrutura de Missão dos Assuntos do Mar e para fomentar o debate no âmbito da discussão pública da ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O MAR.

É assim que se apresenta este ESTRATÉGIA AZUL, um blog sério para quem se interesse pelo MAR e ainda não tenha perdido a esperança.
Toda a minha vida tem sido uma estratégia pessoal para o MAR. Sempre sonhei com o MAR, tenho passado todos estes anos literalmente a ver navios, já senti a cólera de Neptuno num pequeno veleiro acossado por um temporal, com a água a entrar pelo pescoço e a escoar pelos pés (e ainda aqui estou pronto para outra), e nunca vi estratégias a serem implementadas desde 1974 para cá. Projectos, discussões, muitas tão ridiculas como inúteis, acompanhadas do definhar das nossas Marinhas e do crescimento exponêncial da ignorância dos Assuntos do Mar. E todas as ignorâncias são perigosas, mesmo que exercidas com a melhor das intenções. Hoje sou assim, céptico, mas continuo a fechar os olhos e a encher a alma de azul...
LMC

FERNANDO LEMOS GOMES - MARINE ARTIST

Em nova fase de debates sobre o futuro da relação entre Portugal e o Mar, vale a pena reflectir sobre o estado actual da nossa cultura marítima, que passa pelas artes plásticas. Quantos pintores de marinha há no nosso País? Nem sei se houve tradição ou não, mas num repente lembro as aguarelas do Cte. Pinto Basto ou do Rei D. Carlos I.
Vale a pena conhecer os trabalhos de Fernando Lemos Gomes sobre o tema NAVIOS PORTUGUESES. Este MADALENA sob temporal faz parte de um conjunto de pinturas concebidas como ilustrações para um livro que estou a preparar intitulado OS NAVIOS DO DESPACHO 100. Não deixa de ser curioso que estive ao telefone com o FLG há 5 minutos e entre outras coisas falámos dos próximos projectos e também da indiferença da generalidade das pessoas face aos navios. A seguir descobri um excelente blog dedicado ao mar, o ESTRATÉGIA AZUL, com um post dedicado ao FLG, coincidência das coincidências, ou talvez não, que somos muito ignorantes das transcendências desta vida...
Este quadro do MADALENA esteve exposto o ano passado num Clube de oficiais de marinha em Lisboa, juntamente com outros da mesma série, e dizia-me o Fernando que o chocou não ter havido uma única alma a comentar positivamente o seu trabalho, muito menos a comprar fosse o que fosse.Indiferença total...
O Fernando faz estes trabalhos principalmente pelo gosto que lhe dá. Mas é um profissional e vive dos quadros que vende. Há originais disponíveis para venda e inclusivé o artista aceita encomendas especificas para pintar este ou aquele navio ou embarcação da preferência de A ou B... E para aqueles que estiverem a navegar com rotação orçamental reduzida, há sempre as colecções de postais editadas pelo Fernando Lemos Gomes (cerca de 50 diferentes) de que a imagem do MADALENA aqui apresentada é um exemplo. O artista pode ser contactado pelos telefones +351 214 688 693 ou +351 966 519 420. Vale a pena, para quem apreciar arte, navios, etc..., tudo "made in Portugal".
Luís Miguel Correia

THOMSON SISTERS



Sisters THOMSON SPIRIT ex-NIEUW AMSTERDAM of 1983 and THOMSON DESTINY ex-NOORDAM of 1984 docked together at the Alcântara cruise terminal in Lisbon , May 2006, photographed by L. M. Correia