Sunday, September 30, 2018

SAGRES na EXPO 98

Fotografia minha do navio-escola SAGRES atracado ao cais da EXPO a 30 de Setembro de 1998, no dia de encerramento da Exposição, que a SAGRES marcou positivamente, com a sua presença simbólica. 
Exactamente 20 anos passados, a SAGRES volta hoje ao mesmo cais, esta tarde, e vai estar aberta a visitas do público. O navio larga da Base Naval de Lisboa (Alfeite) pelas 15h30 e deverá chegar a Cabo Ruivo (cais da Expo) depois das 16 horas. 
Aqui fica uma sugestão para quem tenha o Domingo livre: acompanhem a navegação da SAGRES a partir da margem norte do rio, tirem fotografias se forem apreciadores da bela prática da fotografia, a luz vai estar boa e o navio é o mais bonito que se arranja por cá. 
E vão a bordo, cada olhar dá uma fotografia. Para os mais exigentes, aproveitem o anoitecer, a SAGRES vai estar iluminada, com um tripé poderão fazer imagens inesquecíveis. Eu vou estar por lá, como fiz a 30 de Setembro de 1998.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho, se descarregar imagens para uso pessoal sugere-se que contribua para a manutenção deste espaço fazendo um donativo via Paypal, sugerindo-se .€1,00 por imagem retirada. Utilização comercial ou para fins lucrativos não permitida (ver coluna ao lado) / No piracy, please. If photos are downloaded for personal use we suggest that a small contribution via Paypal (€1,00 per image or more). Photos downloaded for commercial or other profit making uses are not allowed. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

AS MINHAS AVENTURAS HÁ 20 ANOS

Este filme a preto e branco foi um dos que registei há exactamente 20 anos, no dia de encerramento da EXPO 98. Tudo tirado de bordo de um dos cacilheiros da Transtejo que então faziam a carreira Terreiro do Paço - Parque das Nações. 
Destaque para os navios de passageiros utilizados como alojamento hoteleiro, dos quais resta hoje o ASTORIA, e que em 1998 dava pelo nome de ITALIA PRIMA. Destaque igualmente para o navio-escola SAGRES, que nesse dia esteve atracado à ponte-cais de Cabo Ruivo - cais da EXPO, e recebeu centenas de visitantes.
Passaram vinte anos, continuo mais ou menos o mesmo, a fotografar (principalmente com sistemas digitais desde 2005) e a escrever. Tenho mais 20 anos e nestas duas décadas empobreci significativamente, por duas vias, o saque desmesurado do Estado pelas garras desapiedadas do Fisco, e a desvalorização do trabalho independente e criativo pelo Sistema. Cá me vou reinventando, de modo a continuar mais 20 anos a fazer o que gosto e a defender aquilo em que acredito...
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Tuesday, September 25, 2018

SEVEN SEAS EXPLORER em Lisboa


Panorâmica do Porto de Lisboa com o navio de cruzeiros SEVAN SEAS EXPLORER a sair do novo terminal de cruzeiros, em Santa Apolónia. Trata-se de um dos navios mais luxuosos da actual frota de paquetes, facilmente identificável pela sua chaminé modelo Lascroux, em forma revivalista de um conceito desenvolvido na década de 1950 e que então teve no navio português INFANTE DOM HENRIQUE uma das suas expressões mais avançadas.

Não sou grande entusiasta do efeito estético destes navios todos brancos com apenas uma marca ou um emblema nas chaminés, moda que se iniciou em 1962 com a introdução do navio francês ANCERVILLE, uma espécie de um FRANCE de 14 mil toneladas idealizado para a carreira Marselha - Dakar da companhia Paquet e que foi ainda utilizado em cruzeiros mesmo depois de vendido à China comunista em 1973. O mundo é feito de mudanças permanentes e os conceitos estéticos vão acompanhando essa dinâmica.
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Saturday, September 22, 2018

NRP SINES no Tejo

As minhas primeiras fotografias do novo patrulha oceânico NRP SINES, registando uma entrada no Tejo, na tarde de 21 de Setembro de 2018. 
Terceira unidade da classe VIANA DO CASTELO, o SINES foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada a 6 de Julho deste ano e está a navegar sem a direcção de tiro e armamento definitivos, que ainda não foram comprados por falta de dinheiro. Sem navios não há políticas de mar nem regresso ao mar, mas sem dinheiro não há navios. A Marinha faz mais do que pode nas circunstâncias. E temos o SINES no Tejo, com o seu perfil elegante, enquanto se procede aos acabamentos no quarto navio da classe, o NRP SETÚBAL, que deve ser entregue em 2019.
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Wednesday, September 19, 2018

PORTO sold for breaking up

The Portuguese passenger ship PORTO has just been sold at a public auction in Lisbon on September 13, for 1,000,005.00 USD. The ship was purchased by a Turkish scraper, and is expected to be towed to Aliaga, Turkey on the next coming weeks. 
The sale of PORTO puts an end to the lasting agony of the small classic cruise ship, which had transported the final passengers in 2012 and has been laid up since March 15, 2013, when she arrived Lisbon from Montenegro, following rescue from creditors after the bankruptcy of George Potamianos' Classic International Cruises. 
The ARION returned to the river Tagus at the time on the initiative of Rui Alegre, who had just acquired four of the CIC's fleet of cruise ships by agreement with Montepio Geral, a Lisbon-based bank and set up Portuscale Cruises. Shortly afterwords the ship's name was changed to PORTO, which underwent major repairs at the Navalrocha shipyard in order to go to Greece, in June 2013, supposedly to cruise in the Aegean chartered to a Greek operator who entered into breach of contract even before the ships´s departure from Lisbon. 
PORTO ex-ARION dragged on from berth to berth until she was tied up in a lost former tanker jetty, the Matinha Pier, in 2014. 
PORTO was built in 1965 in Yugoslavia under the name ISTRA, a sistership of DALMACIJA, for a regular line linking the Adriatic to the Middle East. In 1969 she was converted for cruising, an activity in which she obtained significant success. As ASTRA1, she was bought in Haifa by George Potamianos, at a public auction, for USD 1 million, back in March 1999. A complete modernization followed in Lisbon, in an investment that then reached 18 million euros. With the name ARION the ship operated in the international cruise markets from May 2000 to November 2012. Although a few millions were poured into the ship in 2013, Portuscale Cruises proved unable to reactivate PORTO, which will now end her days in the same place former fleet mate LISBOA ex-PRINCESS DANAE, ended in 2015.
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Navio de cruzeiros PORTO vendido para sucata






O navio de passageiros português PORTO foi vendido em Lisboa no dia 13 de Setembro, por 1.000.005,00 USD. A venda decorreu em leilão e o navio, que foi comprado por um sucateiro turco, deverá ser rebocado para Aliaga, na Turquia, até ao dia 15 de Outubro próximo.
A venda do PORTO põe fim à agonia prolongada do pequeno paquete, que havia transportado os últimos passageiros em 2012 e se encontrava imobilizado no Tejo desde 15 de Março de 2013, data em que chegou a Lisboa procedente do Montenegro, onde foi resgatado junto de credores na sequência da falência das empresas de George Potamianos.
Regresso festivo do ARION a Lisboa em 2013 após compra pela Portuscale
O ARION voltou ao Tejo na altura por iniciativa de Rui Alegre, que acabara de adquirir quatro dos navios de cruzeiros da frota CIC por acordo com o Montepio Geral. Pouco depois mudou-se o nome para PORTO, que sofreu uma reparação importante no estaleiro Navalrocha e foi reparado para seguir para a Grécia em Junho de 2013, supostamente para fazer cruzeiros no Egeu fretado a um operador grego que entrou em incumprimento contratual mesmo antes do navio deixar o Tejo, nunca chegou a aparecer dinheiro. 
O PORTO ex-ARION arrastou de cais em cais até ficar amarrado na Matinha em 2014, e o corolário dessa tragédia silenciosa decorreu agora a 13 de Setembro.
O PORTO foi construído em 1965 na Jugoslávia com o nome ISTRA, para uma linha regular ligando o Adriático ao Médio Oriente. Em 1969 foi adaptado para cruzeiros, atividade em que tive sucesso significativo. Em 1999 foi comprado em Haifa por George Potamianos, em hasta pública, por 1 milhão de USD seguindo-se uma reconstrução total dos seus interiores em Lisboa, num investimento que então atingiu os 18 milhões de euros, onde George Potamianos aplicou um pé de meia. Com o nome ARION o navio operou no mercado internacional de cruzeiros de Maio de 2000 a Novembro de 2012.
Apesar de alguns milhões investidos no navio em 2013, a Portuscale Cruises não conseguiu nunca reativar o PORTO, que vai agora acabar os seus dias no mesmo local onde morreu, em 2015, o paquete LISBOA, ex-PRINCESS DANAE.
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Monday, September 17, 2018

O último cruzeiro do ARION

Foi o último cruzeiro do navio de passageiros ARION com portugueses, a partir de Lisboa. O embarque decorreu na Gare Marítima de Alcântara a 7 de Agosto de 2012 e pareceu o início de uma viagem de recreio a bordo de um iate de milionários, quase uma coreografia suspensa num outro tempo em que este mesmo cais de Alcântara servia de partida para o tradicional cruzeiro de verão que sempre reunia os mesmos grupos de passageiros repetentes e tradicionais a bordo do N/T PRÍNCIPE PERFEITO, navio-almirante da Companhia Nacional de Navegação. Foi assim diversos anos até que em 1974 já não houve cruzeiro de verão.
A Classic International Cruises dava os últimos passos, infelizmente, não sobreviveria à orfandade e o ambiente a bordo nessa última saída do ARION do Tejo reflectia as incertezas sentidas pela tripulação, com cenas patéticas de alguém a implorar a um passageiro angolano supostamente rico que comprasse os navios e salva-se as operações. O cruzeiro acabou por terminar em Portimão em vez de Lisboa, e o ARION seguiu para o Mediterrâneo a cumprir um fretamento.
Esta tradição foi depois retomada pelo FUNCHAL, primeiro operado pela CTM, normalmente fretado à Agência Abreu ou ao Automóvel Clube de Portugal, depois já operado pela Arcália Shipping de George Potamianos que em 1985 comprou o navio. 
Com o FUNCHAL imobilizado desde Setembro de 2010, a Classic International Cruises posicionou o ARION em Lisboa para um cruzeiro de uma semana às Canárias e África do Norte  que acabou por atrair os habituais passageiros fieis do FUNCHAL e da CIC.
Aqui ficam imagens desse embarque a saber a férias no mar num bonito iate, confortável e elegante, um dos últimos navios dos anos sessenta então ainda a operar. O ARION foi construído em 1965 e em muitos aspectos parece uma versão em miniatura do FUNCHAL. Com o nome original ISTRA começou a visitar Lisboa no final dos anos sessenta. Comprado em 1999 pela CIC, o navio foi reconstruido em Lisboa e regressou ao serviço, com o nome ARION, em Maio de 2000 e navegou até Novembro de 2012, quando ficou arrestado no Montenegro.
George Potamianos falecera em Maio de 2012 e a sua empresa e os seus belos navios de cruzeiros sobreviveriam poucos meses à sua partida tão sentida por mim. As empresas geridas sob a marca da Classic International Cruises haviam-se ressentido das alterações da conjuntura económica internacional que culminaram na maior crise das últimas décadas. Os navios da CIC tinham mercado e navegavam com uma clientela fiel e satisfeita, mas a pressão crescente das grandes empresas, e algumas situações de quebra repentina de afretamentos por parte de operadores estrangeiros, em Inglaterra, na Alemanha e em Espanha, com a consequente imobilização de navios - o mais afectado foi  ATHENA - acabaram por corroer a tradicional solidez financeira das empresas de George Potamianos, que então encontrou apoio bancário no banco Montepio.
O FUNCHAL, que a partir de 2007 passou a ter apenas operação sazonal, com os invernos imobilizado em Lisboa, foi retirado do serviço em Setembro de 2010 sendo decidida a sua modernização, financiada pelo Montepio e iniciada em Lisboa (Matinha) em 2011 mas interrompida ainda por George Potamianos.
Em Novembro de 2012 os navios pararam todos, os escritórios de Lisboa e de outros países fecharam, ficou tudo nas mãos do Montepio que em Fevereiro de 2013 fez um acordo com Rui Alegre, e continuou a financiar os navios e as operações, agora sob o nome de PORTUSCALE CRUISES.
O resto da história conto em breve, dado que breve será agora a permanência do navio em Lisboa...




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