O magnífico paquete ANDREA DORIA de 1952

Orgulho da frota mercante italiana do pós-segunda guerra mundial, o paquete ANDREA DORIA entrou ao serviço em fins de 1952 e esteve em Lisboa no cruzeiro inaugural, numa escala de 1 a 3 de Janeiro de 1953, atracado à gare marítima de Alcântara. Foi uma visita do mais alto nível, com o ministro da Marinha Américo Thomaz e inúmeras outras individualidades a irem a bordo e recolher as melhores impressões. 

O armador português Bernardino Alves Corrêa gostou tanto da decoração e arranjos interiores do ANDREA DORIA que procurou reproduzir o que viu no futuro paquete INFANTE DOM HENRIQUE, o que efectivamente veio a acontecer, com o paquete português a ser encomendado em 1957, já depois da morte do fundador da Colonial.

Apesar do vanguardismo e qualidade geral do ANDREA DORIA, este navio estava destinado a uma vida curta, afundando-se a 26 de Julho de 1956 depois de abalroado pelo navio de passageiros sueco STOCKHOLM. 

O ANDREA DORIA visitou Lisboa sete vezes, em Janeiro de 1953 no cruzeiro inaugural, como referido acima, e a 5 de Abril, 15 de Maio, 16 e 30 de Dezembro de 1953, a 27 de Janeiro e 14 de Novembro de 1954 e a 19 de Dezembro de 1955, na viagem número 84. A última foi a 101.

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ANDREA DORIA and CRISTOFORO COLOMBO brochure (1954)

The Italian transatlantic liners ANDREA DORIA and CRISTOFORO COLOMBO, introduced in 1952 and 1954 were two of the best post WW2 passenger ships. This brochure was produced in 1954 for the US market. Original brochure from the collection of Thomas C. Ragan / Wolfsonian Institute.

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Italian liners in Genova 1954 and the RAFFAELLO in Napoli

Bill Miller has sent this suggestive image of five great Finmare passenger liners in Genova in December 1954.

Bill comments: "After the devastation of the Second World War, the Italian passenger fleet was in ruins - only 4 sizable liners remained. Even the likes of the giant Rex and Conte di Savoia were gone. But on December 28th 1954, nine years after the War ended, there was a coincidental gathering at Genoa. It symbolized Italy's postwar renaissance.

From left to right are 5 liners belonging to the Italian Line -- the new Cristoforo Colombo, Vulcania, Conte Grande, Giulio Cesare and Andrea Doria. There were two other passenger ships, the Saturnia and Amerigo Vespucci, in port as well -- creating a gathering of 7 Italian Line ships. But by midnight, this grand collection changed -- the Saturnia, Vulcania and Amerigo Vespucci sailed."

Bill further adds on the Italian Line subject:"My friend Dieter Killinger worked in Lower Manhattan, in the steamship industry and this included Italian Line on Whitehall Street. It was still the boom days of trans-Atlantic service. I sent out a photo recently of a grand gathering of 5 Italian liners at Genoa in December 1954.

Dieter wrote back: "This brings back so many wonderful memories. Often, I lie awake at night and try and remember all the names of the great people I worked with at One Whitehall Street in the early 60's.

Those were the days! I met all incoming Italian Line ships and sailed up the Hudson to the Pier and while doing so, I interviewed passengers in all three classes. On sailing day, I would have a VIP list and make the rounds of the important passengers. Two I particularly remember are Joan Crawford and Giovanni Martinelli, the opera singer. He was gracious; she was not!! Oh what fun! "Thanks for the memories," as Bob Hope used to say. I snapped this photo of the inbound Raffaello at Naples, in August 1973. I was boarding the next day for a 10-night homeward voyage to New York."

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ANDREA DORIA afundado há 50 anos

Foi no dia 26 de Julho de 1956 que se afundou o mais importante paquete italiano da época, o ANDREA DORIA, na sequência de abalroamento com o navio sueco STOCKHOLM na noite anterior, sob nevoeiro.
O ANDREA DORIA tornou-se um mito, a par do TITANIC, enquanto o STOCKHOLM acabou por se tornar italiano em 1994, quando após reconstrução em Génova passou a ser o navio de cruzeiros ITALIA PRIMA.

Curiosamente, o gémeo do DORIA, que navegou durante 23 anos sem quaisquer problemas acabando vítima das mudanças de costumes e de uma economia desfavorável, ninguém fala com o mesmo entusiasmo. Não há nada como a fama e a tragédia para se fazer de um acidente um mito...

Texto de LMC e foto da colecção M. Eliseo - 2006