Navio de passageiros e carga a turbinas, construído de aço, em 1946-1947. Nº oficial: G 495; Indicativo de chamada: CSLX. Arqueação bruta: 13.196 toneladas; Arqueação líquida: 7.805 toneladas; Porte bruto: 10.743 toneladas. Deslocamento: 19.173 toneladas. Capacidade de carga: 5 porões com 11.234 m3, incluindo 400 m3 de carga frigorífica. Comprimento ff.: 161,85 m; Comprimento pp.: 154,67 m; Boca: 20,83 m; Pontal: 13,41 m; Calado: 8,56 m. Máquina: 2 grupos de turbinas a vapor Parsons, com 13.200 shp a 116 rpm; 2 hélices. Velocidade: 17 nós (18.54 nós nas provas de mar). Passageiros: 798 (114 - 1ª., 160 - 2ª., 118 - 3ª., 406 - 3ª. suplementar). Tripulantes: 167. Navio gémeo: Império. Custo: 137 918 000$00
Construído em Clydebank, Glasgow, Escócia, por John Brown & Cº. Ltd. (construção nº. 641), por encomenda da Companhia Colonial de Navegação em 03-1946. Madrinha: Dª. Joaquina A. C. Ladesma Corrêa, mulher do Presidente da CCN, Sr. Bernardino Corrêa. Em 19-06-1946 procedeu-se ao assentamento da quilha, sendo lançado à água em 30-06-1947. A sua construção foi concluída em 22-12 e o navio entregue à CCN a 27-12-1947, sendo seu primeiro comandante o capitão Américo Martins Verdades. Saiu do Clyde em 28-12 com 62 passageiros funcionários da CCN e convidados da empresa, incluindo o armador Bernardino Correia, entrando em Lisboa pela primeira vez a 1-01-1948.
A 22-01 saiu para Leixões (23 a 25-01) onde foi receber passageiros e carga. A 26-01-1948 o PÁTRIA saiu de Lisboa na viagem inaugural para o Funchal, São Tomé, Luanda, Lobito, Moçamedes, Cape Town, onde permaneceu de 17-02 a 18-03-1948 com avaria nos geradores, Lourenço Marques, Beira e Moçambique, voltando a Lisboa em 30-04, com 600 passageiros. A segunda viagem a África, de 22-05 a 10-07-1948, foi efectuada em 49 dias, e considerada um recorde. Em 5-08-1948 o PÁTRIA saiu de Lisboa em substituição do SERPA PINTO numa viagem especial ao Brasil, com escalas no Funchal, São Vicente, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos, regressando ao Tejo a 4-09. Em Janeiro e Fevereiro de 1956, o PÁTRIA efectuou duas viagens Lisboa-Luanda-Lobito. Nova viagem ao Brasil, com o mesmo itinerário da de 1948, seria iniciada em Lisboa a 4-08-1956, seguida em 7-09-1956, de uma viagem à América Central, de Lisboa para Vigo, Funchal, Tenerife, La Guaira, Curaçau, Kingston e Havana.
Em 1958 foi instalado ar condicionado em todas as dependências do navio. Em 20-04-1962 o PÁTRIA foi fretado ao Ministério do Exército (portaria nº 19.148 de 26-04-1962) seguindo de Moçambique para Carachi, onde embarcou militares prisioneiros da India Portuguesa rumo a Lisboa via Suez. Em 25-09-1971, o Presidente Banda, do Malawi almoçou a bordo, com o navio atracado em Nacala.
De 17-03 a 11-05-1973 o PÁTRIA efectuou a última viagem regular à África e a 11-06-1973 largou de Lisboa pela última vez para Leixões, Luanda, Lobito, Lourenço Marques e Kaohsiung, Formosa, onde chegou em 01-08-1973, sendo desmantelado pela firma Chi Shun Hwa Co. Cancelado o registo a 6-08-1973.
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Paquete PÁTRIA entrando na Cidade do Cabo por volta de 1970.
Fotografia de Ian Shiffman, copyright colecção LUÍS MIGUEL CORREIA
2 comments:
Viajei no Pátria,em Março de 1956, embarcando no Funchal, com destino a Luanda.No seu texto, refere que o Pátria fez uma viagem Lisboa/Lobito,em Fevereiro de 1956. Sabendo que, nesse tempo, a distância Lisboa/Funchal era vencida em cerca de 40 horas (dia e meio), o Pátria deveria ter saído de Lisboa no último dia de Fevereiro e fundeado no Funchal logo no início de Março - data em que nele embarquei para Luanda.Não recordo o dia exacto em que embarquei; sei apenas que foi em Março.
Foi neste paquete "PÁTRIA" que viajei para Moçmabique, saindo de Lisboa em 1960, cuja viagem descrevo no meu site www.trilhos-serranos.com, com o título VIAGEM. Um passageiro, cujo nome desconheço, tirou-me uma foto sentado na proa a escrever, foto que me ofereceu posteriormente.
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