Tuesday, January 30, 2007

LEONARDO DA VINCI in LISBON


The magnificent ITALIAN LIN passenger liner LEONARDO DA VINCI of 1960 photographed alongside Lisbon's Rocha Passenger Ship Terminal in April 1975 near the end of her short career. Another beauty can be seen at her stern, the Swedish American Line flagship KUNGSHOLM of 1966 on her final cruise call in Lisbon under the Swedish flag...
Copyright photo by Luís Miguel Correia - 31 January 2007

Monday, January 29, 2007

JUVENTUDE E MAR EM TONS AZUIS

Fico sempre emocionado quando, como aqui, observoo jovens associados ao mar e aos navios. Com as amarras do coração e o olhar rumando ao futuro.
Sempre o fascínio do mar, dos navios e da continuidade da nossa cultura e prática marítima. E precisamos urgentemente de mais jovens navegadores, de mais Creoulas, de mais canoas do Tejo a espalhar a felicidade azul na forma líquida do génio português...
Um dos muitos exemplos do trabalho de divulgação da causa do mar português desenvolvida pela nossa vizinha SAILOR GIRL que nos enche de esperança é o que foi publicado a 25 de Janeiro, sobre o RABANETE. Um dos muitos, que aquele espaço é inesgotável de energia e ideias.
Destaque especial para o blogue da SAILOR GIRL, sempre tão entusiasta, generosa e atenta ao Mar. É tão raro ver o interesse por estes assuntos conjugado e manifestado no feminino, que me comove o blogue ATLANTICO AZUL, sempre transbordante de alegria e sensibilidade. Um espaço de leitura obrigatória a sorver com o coração.

Sugestão de leitura de Luís Miguel Correia; foto copiada do blog ATLÂNTICO AZUL - 29 Janeiro 2007

Thursday, January 25, 2007

ASSENTE QUILHA DO NOVO CORVO


Nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo procedeu-se no dia 23 de Janeiro de 2007 à colocação dos primeiros dois blocos do casco do novo porta-contentores CORVO na doca de construção.
Pelas 14h30 foi assente o bloco 302BB e pelas 16h00 o bloco 302EB. A colocação do primeiro bloco em doca corresponde ao assentamento da quilha. A construção do CORVO foi iniciada há já alguns meses com o corte do aço e a pré-fabricação dos blocos, que agora começam a ser juntos na doca, dando forma ao navio. A flutuação do casco está prevista para Abril.
A nova unidade - construção 210 dos ENVC foi encomendada em 2006 pela Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos S. A., empresa armadora ligada ao Grupo Bensaude, estando prevista a sua entrega em Agosto próximo.
O navio vai substituir na carreira dos Açores o actual porta-contentores AÇOR B, construído também em Viana em 1997. Com 9.000 TDW e capacidade para 580 TEU's, o CORVO terá 119,80 m de comprimento fora a fora, 20,00 m de boca, 11,30 m de pontal ao convés superior e 7,90 m de calado. O navio vai ter meios de descarga próprios na forma de duas gruas hidráulicas de 40 T com 29 m de alcance. Um motor principal Mak de 6000 kW a 500 rpm assegura a velocidade de serviço de 16,5 nós . O navio terá alojamento para 19 pessoas e vai ser registado em Ponta Delgada (registo convencional português).
O novo CORVO será o quinto navio com este nome a integrar a frota da MUTUALISTA AÇOREANA, empresa fundada em 1920 para sevir os Açores e que regista actualmente um importante crescimento de actividades, tanto na carga transportada como em investimentos em frota própria.
Texto de L. M. Correia - Fotos de A. Maia Seco (M. Açoreana) - 25 Janeiro 2007

Recordando o EAGLE em Lisboa

Esta fotografia do ferry inglês EAGLE atracado em Alcântara em Julho de 1975 faz-nos recordar a época dos ferries de cruzeiros em Lisboa, de 1966 a 1975.
Junto à Estação Marítima de Alcântara existiu até há poucos anos um pontão Ro-Ro de descarga de viaturas, concebido em 1966 por ocasião do serviço inaugurado em Junho desse ano pelo navio norueguês SUNWARD, que se propunha manter a ligação regular entre Southampton e a Peninsula. Depois do SUNWARD, efectuaram esta linha os ferries DRAGON e LEOPARD, da Normandy Ferries. O pontão dos "car ferries" original foi substituído por um mais amplo e em Maio de 1971 entrou ao serviço o EAGLE, de 11.609 GRT, com lotação para 740 passageiros e 200 viaturas, construído no estaleiro Dubigeon Normandie, em Nantes.
Concebido propositadamente para fazer esta carreira, o EAGLE passou a ser um ex-líbris do Tejo, transportando de e para Portugal inúmeros passageiros. Eram também muito populares em Lisboa os mini-cruzeiros a Tanger que incluíam duas noites a bordo e custavam 600 escudos.
Infelizmente o serviço foi afectado negativamente pelo 25 de Abril que criou um período de instabilidade política em Lisboa e levou à diminuição do número de passageiros, pelo que quando em Outubro de 1975 a companhia francesa Paquet fez à Southern Ferries (Grupo P&O) uma proposta de compra do EAGLE, o serviço foi terminado de repente e o navio passou a ser o AZUR. Curiosamente, voltaria ao Tejo em 1986 para um longo período de imobilização, sendo vendido e entregue em Lisboa em 1987 à companhia grega Chandris, quando se passou a chamar THE AZUR. Em 1995 este navio seria o primeiro paquete operado pela Festival Cruises. Quando da falência deste armador em 2004, o antigo EAGLE foi vendido e com o nome ROYAL IRIS opera desde então para o mercado de cruzeiros israelita, a partir de Haifa, ao serviço da companhia Mano Cruises.
Um projecto da Sociedade Geral para construir um navio de características semelhantes para uma carreira Amesterdão - Lisboa nunca chegou a ter concretização e desde 1975 Portugal nunca mais foi servido regularmente por navios de passageiros do tipo "car ferry", apesar de estes serem os mais indicados para ligar o Continente aos Açores e à Madeira. Texto e fotografia de Luís Miguel Correia - direitos reservados - 25 Janeiro 2007

Wednesday, January 24, 2007

FESTA NO TEJO

Recordando o dia 23 de Julho e a regata Cutty Sark, recordando uma verdadeira festa no Tejo, com o porto cheio de navios e embarcações e muitos espectadores entusiasmados... (Fotos de L. M. Correia, mostrando o N/E VEGA e o navio italiano AMERIGO VESPUCCI)

SEA PRINCESS in LISBON



Two views of Princess Cruises Southampton-based cruise ship SEA PRINCESS leaving Lisbon this past summer. (Copyright photos by L. M. Correia)

Tuesday, January 23, 2007

The ITHACA in Lisbon

The Greek cruise ship ITHACA photographed leaving the Alcântara passenger ship terminal in Lisbon, 21 January 1976. It was my negative NO. 649., and I had started taking photos of ships seriously in February 1975.
Built in Hamburg in 1956 as the ZION for Zim Lines of Israel, the ITHACA was the ship's third name as between 1966 and 1972 she was the flagship of Sociedade Geral of Lisbon, as the AMÉLIA DE MELLO, used for five years on the Lisbon - Cape Verde - Angola service. Sold in 1972 to Vlassopulos interests and rebuilt at Bilbao as a cruise ship. Chartered to Thomson Cruises as the ITHACA, she operated in the Mediterranean and Eastern Atlantic until she was renamed DOLPHIN IV in 1978 and transferred to Miami under the management of Paquet Ulysses Line. It was the start of a very sucessfull operation of 3 and 4 day Bahama cruises from Miami. In 1995 she was sold to Cape Canaveral Cruise Line but continued cruising to the Bahamas from Cape Canaveral until September 2000. Sold to India for scrapping in December 2000, she was scrapped at Alang, India, in 2003.
Her sistership ISRAEL was also sold to Portugal in 1966 becoming the ANGRA DO HERÍSMO until sold for scap in Spain in 1974.
Words and photo copyright Luís Miguel Correia - 2007


The GIL EANNES in Lisbon 1975

The Portuguese hospital ship GIL EANNES berthed at the Jardim do Tabaco dock, in Lisbon, 1975, from one of my earlier negatives. On the previous post two other photos of this attractive ship can be seen (taken on her arrival in Lisbon on 10 April 1975).
The GIL EANNES was built in 1955 at Viana do Castelo to replace another ship of the same name. She operated as mother-ship to the famous cod fisshing white fleet operating in the North Atlantic until 1973.
She was later used as a reefer fishing carrier and as a passenger cargo liner. Laid up in Lisbon in 1984, she was sold in 1997 to Viana do Castelo interests where she has been open to public visits since 1998 as a museum ship.
Text and photos copyright Luís Miguel Correia - 2007

GIL EANNES em 1975

Duas imagens do navio-hospital GIL EANNES, fotografado a entrar na Doca de Alcântara, em Lisboa, a 10 de Abril de 1975.
Estas fotografias fazem parte das minhas fotos de navios iniciais, foram tiradas na Ponta da Rocha, com uma Olympus emprestada, e uma lente de 45mm. O navio vinha carregado e com o costado a pedir tinta.
Na altura com cerca de 20 anos, o GIL EANNES tinha sido construído em Viana do Castelo para o Grémio dos Armadores da Pesca do Bacalhau tendo substituído em 1955 um outro navio do mesmo nome na assistência à frota bacalhoeira portuguesa. Esta actividade inicial seria exercida até 1973, mas o navio continuou a navegar até 1984, funcionando principalmente como navio frigorífico no transporte de peixe congelado. Seguiu-se um período de 13 anos de imobilização em Lisboa até ser comprado em 1997 por interesses de Viana do Castelo, onde o navio se encontra aberto ao público desde 1998.



Texto e fotografias de Luís Miguel Correia - todos os direitos reservados

Thursday, January 18, 2007

HYDRA J JÁ SE CHAMA FURNAS

O navio porta-contentores HYDRA J, que vinha fazendo a carreira dos Açores afretado em casco nú pela MUTUALISTA AÇOREANA acaba de ser comprado e registado em Ponta Delgada (registo convencional) com o nome FURNAS. Passa a ser o terceiro navio deste nome a integrar a frota da empresa, que serve os Açores desde 1920 e pertence ao GRUPO BENSAUDE.
O FURNAS está a ser docado e reparado em Viana do Castelo, iniciando em Lisboa a 20 de Janeiro a primeira viagem com o novo nome.

Na foto, obtida ontem nos ENVC, vê-se o novo FURNAS já com o nome pintado no costado. (foto de Luís Miguel Correia)

Tuesday, January 16, 2007

PARA QUANDO UM PAQUETE PARA AS ILHAS?


Uma das falhas mais absurdas da política portuguesa de transportes e da marinha de comércio nacional é a ausência de uma carreira regular de serviço público entre o Continente e as Ilhas (Açores e Madeira) com navios de passageiros.
As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são as únicas regiões insulares da Comunidade Europeia que não dispõem de ligações com ferries.
As viagens de navios de passageiros a vapor Lisboa - Ilhas foram iniciados em 1836 e assegurados com regularidade de 1871 a 1973 pela Empresa Insulana de Navegação. O derradeiro paquete das ilhas seria o FUNCHAL, que concluiu a última viagem regular aos Açores e Madeira em Outubro de 1975. A Madeira foi ainda servida pelo paquete NIASSA de Janeiro a Março de 1978.
Em toda a Europa as carreiras de ferries para as Ilhas são considerados serviço público e prolongamento das redes de autoestradas, caso dos nossos vizinhos castelhanos que centram em Cádis os paquetes para as Canárias. A excepção é Portugal, suposto país de marinheiros.
Razões para esta situação?
Diversas, desde o preconceito de que o navio está ultrapassado versus avião, até a forma como estão organizados os transportes de cargas, em porta-contentores de diversos operadores, e à indiferença dos poderes públicos e da opinião pública.
Partindo do princípio de que uma boa rede de transportes é essencial ao desenvolvimento, esta situação é ainda mais absurda.
Um tema de reflexão para a discussão da Política Europeia de Transportes Marítimos. Uma vergonha nacional. Um assunto a debater com mais destaque.

Fotos: o ferry LOBO MARINHO, da Porto Santo Line, que efectua regularmente a ligação Madeira - Porto Santo desde 2003; o paquete FUNCHAL em Lisboa, a embarcar automóveis para as Ilhas em Julho de 1975; o paquete NIASSA em 1978 no Funchal. Fotos de Luís Miguel Correia (copyright)

TRASMEDITERRANEA EXPANDE LINHA DAS CANÁRIAS

A empresa de navegação espanhola ACCIONA TRASMEDITERANEA está a reorganizar e expandir as ligações marítimas com as Canárias.
Cádis, que era até agora o centro das operações Península - Canárias vai ser complementado com ligações directas a Barcelona, Valência e Vigo, com o objectivo de aproximar os navios dos pontos de origem e destino das cargas principais, uma vez que o sul da Andaluzia gera poucas cargas. A maioria das cargas industriais têm origem nas regiões de Valência e Barcelona, enquanto a maior parte dos vegetais e frutas exportados pelas Canárias se destinam à região de Madrid e costa mediterrânica.
Esta medida proporciona um melhor aproveitamento da frota e beneficia o ambiente, ao retirar das estradas milhares de camiões que transportavam as cargas de e para Cádis, mau grado a oposição das empresas de camionagem, que prevêm uma redução de 75 por cento de serviços prestados.
O serviço regular de passageiros, que era assegurado pelo navio Ro-Pax JUAN. J. SISTER (22.409 GT / construído em 1993), com lotação para 700 passageiros e 1.650 m de via para cargas rolantes (C.V.), com uma rotação semanal, passa a ser servido por um navio maior: o SOROLLA (26.916 GT / construído em 2001), com capacidade para 1.302 passageiros e 1.809 m de C.V., complementado pelo SUPERFAST GALICIA (16.686 GT / construído em 2003), sendo objectivo da TRASMEDITERRANEA conseguir uma maior participação no tráfego inter-ilhas das Canárias em complemento da linha de Cádis.
Entretanto o JUAN J. SISTER passa a fazer as carreiras do Norte de África.

Foto: o Ro-Pax ferry espanhol SOROLLA fotografado em Barcelona em Maio de 2006 por L. M. Correia

PROIBIÇÕES





A vida moderna é cheia de proibições, obrigações e outras tantas suposições de salvaguarda e controlo de iniciativas e entusiásmos populares. Há ainda uma vocação reguladora crescente cuja finalidade é obviamente a felicidade dos povos.


Assim, talvez para evitar que os Pilotos caiam à água, como sugere a fotografia da lancha TORRE DE BELÉM, os PILOTOS têm acesso interdito ao rio, como se depreende da placa colocada pela APL junto à ponte-cais dos pilotos da doca do Bom Sucesso. E certamente para evitar males maiores, proteger os peixinhos, e devolver ao rio o seu antigo cheiro dos tempos em que não havia tratamento de efluentes em Lisboa, também é proíbido pescar e tomar banho. Esta última postura desperta no entretanto a minha discordância, pois aceito abdicar da pesca, mas recuso-me terminantemente a não tomar banho.
Testemunho escrito e imagens de L. M. C. - 2007

ESTÍLO NAVIO






Os navios constituem, nas suas formas motivos de grande beleza a que se convencionou um estilo náutico, responsável pela diversidade cromática dos ambientes marítimos.


Curiosamente, toda a gente gosta de adoptar esse estilo, sinónimo de um estatuto privilegiado, mas poucos se entusiasmam para vestir uma verdadeira pele de marinheiro.

E o problema não é só de agora, sempre houve suspeição dos terráqueos face aos lobos do mar. No período dos Descobrimentos, engajavam-se marinheiros à força na via pública ou nas prisões, por falta de voluntários, e ao Marquês de Pombal se atribui a ideia de que "há gente para tudo, até para andar no mar". E de facto andar no mar pode ser duro, por muitas razões e circunstâncias, mas não há nada que pague um horizonte de 360 graus como local de trabalho...


Reflexão e imagens de Luís Miguel Correia - 2007


O OUTRO PRINCIPE PERFEITO



O navio cujo nome serviu de inspiração ao Rafael Silva, da Veltagus para o seu lugre de cruzeiros, foi este belíssimo paquete PRINCIPE PERFEITO, que ser serviu a Companhia Nacional de Navegação de Maio de 1961 a Abril de 1976. Foi o quarto maior navio de passageiros português, em termos de tonelagem, e o maior paquete a integrar a frota da CNN.
As fotografias que apresentamos, tiradas à chegada do navio nas suas últimas viagens a Angola, em Abril e Junho de 1975, mostram os cais da Rocha e de Alcântara.
Fotos de Luís Miguel Correia - 2007

Monday, January 15, 2007

Lugre PRINCIPE PERFEITO



Era uma vez um rapaz que sonhava ser um dia armador. Daqueles proprietários e operadores de navios a sério. Na Escola Náutica fez-se marinheiro, nos navios cruzou os mares e em 1998 criou a empresa VELTAGUS.
Um velho cargueiro norueguês deu corpo ao sonho ao ser adquirido em 2001: chama-se PRINCIPE PERFEITO e foi reconstruído como lugre de 3 mastros para até 200 passageiros.
O armador chama-se Rafael Silva e o nome do seu navio reflecte a nostalgia associada ao antigo paquete homónimo, por sinal construído 12 anos depois do actual PRÍNCIPE.
O lugre PRINCIPE PERFEITO está baseado em Lisboa destinando-se a cruzeiros turísticos no rio Tejo, podendo ser utilizado em fretamentos para cruzeiros na costa portuguesa. Dispõe de 5 camarotes para passageiros.
Comprado o navio LARS TORE, Rafael Silva promoveu a sua reconstrução. intalação de uma máquina nova e alterações estruturais na Suécia, restante aprestamento em Peniche. Um sonho feito realidade, atracado na doca de Alcântara, disponível para passeio no Tejo, ou para um cruzeiro de sonho com a dimensão da sua própria imaginação...
O PRINCIPE PERFEITO foi construído em França em 1949 pelos Chantiers Navals de Caen, em Blaineville como arrastão a vapor MONT DES CATS, nome que manteve até 1973. Convertido em cargueiro costeiro, navegou de 1973 a 1977 com o nome ESMI e de 1977 a 1996 como BOSTON. Em 1996 recebeu o nome LARS TORE sendo comprado em 23-10-2001 pela VELTAGUS e registado em Lisboa com o nome PRINCÍPE PERFEITO a 7-03-2002. Com 41,52 m comprimento e 7,52 m de boca, o PRINCIPE PERFEITO tem 299 GT (arqueação bruta), 5 camarotes duplos para passageiros e pode embarcar até 200 passageiros para cruzeiros no Tejo.

Texto e fotos de Luís Miguel Correia - 15 Janeiro 2007

MARAVILHOSA VIDA MARÍTIMA


Maravilhosa vida marítima moderna,
Toda limpeza, máquinas e saúde!
Tudo tão bem arranjado, tão espontaneamente ajustado,
Todas as peças das máquinas, todos os navios pelos mares,
Todos os elementos da actividade comercial de exportação e importação
Tão maravilhosamente combinando-se
Que corre tudo como se fosse por leis naturais,
Nenhuma coisa esbarrando com outra!

Excerto de ODE MARÍTIMA, de Fernando Pessoa

Fotografia de Luís Miguel Correia: doca de Alcântara, em Lisboa

Friday, January 12, 2007

TRANSMAÇOR OUT OF AZORES FERRY SERVICES

Portuguese ferry operator TRANSMAÇOR has just lost its Azores Government contract to operate de passenger ferry services in the Azores Islands following a difficult operation during the 2006 season which generated even more criticism than previous contract holder AÇOR LINE.
The 2007 season will be operated by ATLANTICOLINE, a company set up by the Azores Government to retain ownership of the two newbuilding ferries ordered to Viana do Castelo yards for delivery in 2008. More details of the forthcoming ferry season are expected later this month.

Luís Miguel Correia - 12 January 2007

TRANSMAÇOR PERDE INTER-ILHAS

O Governo Regional dos Açores acaba de cancelar o contrato de concessão
do serviço público de transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as ilhas dos Açores, que havia sido atribuido à companhia TRANSMAÇOR em 2006.
A empresa governamental ATLANTICOLINE está agora a desenvolver contactos para assegurar o posicionamento de dois ferries de passageiros em águas açoreanas para a época de 2007, que tem início em Maio e se prolonga até ao final de Outubro.
O ferry ILHA AZUL, da TRANSMAÇOR, que em 2006 assegurou o serviço, está imoblilizado na doca de Alcântara em Lisboa, e o navio que anteriormente fez o inter-ilhas, o GOLFINHO AZUL, da companhia AÇOR LINE, foi vendido em Agosto último e deixou o Tejo em Outubro rumo ao Mar Vermelho.
A ligação ferry nos Açores é subsidiada pelo Governo dos Açores e serve cerca de 60.000 passageiros cada ano, estando encomendados aos estaleiros de Viana do Castelo dois navios novos com entrega programada para 2008. Dificuldades diversas levaram o GRA a substituir a operação da AÇOR LINE, que teve a concessão até Outubro de 2005, pela TRANSMAÇOR, mas em 2006 a operação suscitou ainda mais reclamações que nos anos anteriores. O enquadramento definitivo do serviço para 2007 deverá ser apresentado até a final deste mês pelo secretário da economia dos Açores.
O serviço inter-ilhas de passageiros foi iniciado em 1955 pela antiga Empresa Insulana, com os navios CEDROS e ARNEL, construídos propositadamente para o efeito em Viana. O ARNEL perdeu-se em Santa Maria em 1958 sendo substituído pelo PONTA DELGADA, construído em Lisboa em 1961, que se manteve nos Açores até 1984. O serviço seria retomado a partir de 1997 pela AÇOR LINE.
Fotos: de cima para baixo, os navios ILHA AZUL, GOLFINHO AZUL e PONTA DELGADA, que efectuaram as ligações ferry nos Açores. (Fotos de L.M.Correia)
Texto de Luís Miguel Correia - 12 Janeiro 2007

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA - Paquete FUNCHAL

Paquete FUNCHAL na doca de Alcântara, a 22 de Abril de 1975, numa das minhas primeiras fotografias. Para além do testemunho iconográfico do navio, que então assegurava a carreira da Madeira e Açores, depois de em 1973 e 1974 ter estado afecto em exclusivo aos cruzeiros turísticos na Europa e Brasil, ressalta a presença das fragatas do Tejo, carregadas de mercadorias. Curiosamente, no final de 1975, já não se vêm estas embarcações tradicionais do Tejo, substituídas por batelões...LMC
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

BLOGUES ASSOCIADOS

Este nosso BLOGUE DOS NAVIOS E DO MAR não é a única expressão LMC na blogósfera, sugerindo-se hoje que espreitam dois outros espaços associados com pendor geográfico: LISBOA ENTRE CABOS, um fotoblogue dedicado a Lisboa e arredores, e o VIAGEIRO, assinado habitualmente pelo sempre inspirado ET. Com muitas fotografias e algumas palavras do LMC.
The SHIPS & THE SEA BLOG is associated to several other blogs edited by LMC, including: LISBOA ENTRE CABOS, a very special presentation of photographs taken in and around the city of Lisbon and VIAGEIRO, a window looking into different places all over the world signed by our twin mate ET.

Thursday, January 11, 2007

INVESTIMENTOS NA MARINHA MERCANTE


Regista-se com entusiásmo diversos investimentos de armadores portugueses no sector da Marinha de Comércio, recentemente concretizados ou em curso. Aqui fica um sumário, com a promessa de voltar a cada um mais detalhadamente.
A Empresa de Navegação Madeirense, do Funchal, adquiriu a um armador alemão o porta-contentores MADEIRENSE 3, que está a fazer a carreira Leixões - Caniçal - Porto Santo desde Dezembro.
A Mutualista Açoreana comprou o porta-contentores HYDRA J, que se passa a chamar FURNAS, e tem em construção em Viana do Castelo, o novo porta-contentores CORVO, de 8.000 TDW, com entrega prevista para Agosto.
Em Viana do Castelo vão ser construídos dois navios de passageiros para a companhia ATLANTICOLINE, de Ponta Delgada, com capacidade para 700 e 400 passaqgeiros, a entregar em 2008.
A NAVEIRO está a construir 5 cargueiros de 4.200 TDW em Espanha, reforçando a sua frota especializada no "short sea" europeu para um total de 13 unidades.
A DOURO AZUL tem previsto para 2007 o investimento em 2 navios de cruzeiros novos, um destinado a reforçar os cruzeiros no rio Douro, o outro para operar no Amazonas, dando início à internacionalização desta companhia nortenha.
Foto: cargueiro MADEIRENSE 3 atracado no Caniçal a 18 Dezembro último, na viagem inaugural. (Copyright L. M. Correia)

Wednesday, January 10, 2007

LISBON CRUISE SHIPS JUNE 1975


The Alcântara Passenger Ship Terminal in Lisbon, back in June 1975, in one of my earlier pictures, showing three handsome ships, the then new ROYAL VIKING STAR, the Lloyd Triestino GALILEO GALILEI already tied up alongside the terminal building, and far off at the pilot station, the QUEEN ELIZABETH 2.
Since then, the dock has been totally reshaped, and the GALILEO has gone to the bottom of the Malacca Straits, while the RVS still sails in a rebuilt form as the BLACK WATCH. The QE2 is still going strong also, but looking very different from what she looked like as new...
Copyright photograph by L. M. Correia - 10 January 2007

Tuesday, January 09, 2007

GOSTO PELO MAR - PRECISA-SE

A sensibilizar:
- Os políticos actuais e actuantes (?) - (comecem por ler os antigos Despachos do Ministro da Marinha Américo Thomaz (1944-1958), actualizando a linguagem e os contextos..., e vão andando para trás, leiam o pacote legislativo de El Rei D. Dinis, de El Rei D. Fernando, ambos souberam conjugar o MAR no futuro e o resultado viu-se nos séculos XV e XVI, etc...).
- Sensibilizar igualmente a população em geral...
Gosto pelos NAVIOS - precisa-se.
A sensibilizar:
- A opinião pública, dando conhecimento das características fundamentais para a economia mundial da existência de navios de comércio, sem os quais não haveria globalização de coisa alguma...
- Traduzindo as imensas vantagens futuras de os interesses e as gentes nossas participarem activamente na actual aventura do comércio mundial, com navios , marinheiros e armadores portugueses, como acontecia no tempo em que Lisboa era a capital marítima do mundo...
LMC

Monday, January 08, 2007

CNN: APOGEU E DECADÊNCIA


Esta fotografia feita por mim no antigo Cais da Fundição em Abril de 1975, retrata os dois navios mais emblemáticos da frota da Companhia Nacional de Navegação na década de sessenta: o paquete PRINCIPE PERFEITO, construído no Reino Unido em 1961 para a carreira de África, na qual serviu até 1975, e o cargueiro BEIRA, cujo casco foi construído no Alfeite. O navio seguiu para a Holanda onde após aprestamento foi entregue à CNN em 1963. Dez anos mais tarde seria o fim da NACIONAL, decretada pelo Governo Português, então presidido por Mário Soares.

Fotografia de L. M. Correia - reprodução rigorosamente interdita. 8 Janeiro 2007

Friday, January 05, 2007

THE ORIANA of 1960





At the request of Miguel M, here there are several of my early photgraphs of the 1960-ORIANA in Lisbon. All were taken in 1975, the b&w on 11 July and the colour photos on 19 August... Both photos were taken at the Rocha passenger ship terminal.
Copyright photos by L. M. Correia

GÉMEOS DA CCN



As fotografias tiradas ontem aos gémeos da SAGA, apresentadas em baixo, deixam saudades destes dois gémeos, construídos em 1952 e 1953 na Bélgica para a Companhia Colonial de Navegação: os saudosos irmãos SANTA MARIA e VERA CRUZ, que durante 20 anos prestigiaram a bandeira portuguesa nos mares..
Fotografia da colecção L. M. Correia - reprodução proíbida

REUNIÃO FRATERNA





São dois dos mais belos paquetes clássicos da actualidade, os navios SAGA ROSE e SAGA RUBY, da companhia britanica Saga Cruises, que ontem, 4 de Janeiro de 2007, se encontraram em Lisboa, atracando ao cais de Alcântara. Construídos em 1965 e 1973 para a antiga Norwegian America Line como SAGAFJORD e VISTAFJORD, estes navios fazem-me sempre lembrar os nossos VERA CRUZ e SANTA MARIA, primeiros navios em que tive o privilégio de navegar, e que também atracavam assim muitas vezes durante as suas estadias em Lisboa...

Fotos de Luís Miguel Correia - 2007