Saturday, September 30, 2017

ALMA DO TEJO




A canoa ALMA DO TEJO, residente habitual no Porto de Recreio de Oeiras, foi tema de umas fotografias a 23 de Setembro último, quando entrava no porto com passageiros. 
Linda canoa e nome bem apropriado embora tenha que se lhe diga. Não tenho dúvidas de que a alma do Tejo é imensa, universal. 
A canoa é linda, mas esta nova geração de embarcações tradicionais do Tejo têm uma alma bem diferente das antigas, são mais burguesas, beneficiam dos variados progressos económicos e sociais da nossa época. E ainda bem, vida de marinheiro e fragateiro nos tempos antigos era muito dura.
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Farol do Bugio


Um dos meus faróis preferidos, o do Bugio, que o meu velho amigo Joaquim António Martins caracterizou assim, no seu livro «Roteiro das Barras de Lisboa e do Rio Tejo até Valada» :

 "O Farol do Bugio está colocado sobre o Forte ou Torre de São Lourenço da Barra, construído em pedra, de forma circular." Tenho-o fotografado inúmeras vezes e lá fiz mais uns disparos no passado dia 23...
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PAULO DA GAMA no Seixal


Aspectos do navio de carga português PAULO DA GAMA, da Empresa de Transportes Marítimos Graciosenses atracado a cais do estaleiro Navaltagus, em cujas instalações se encontra desde Junho deste ano, para reparação. O PAULO DA GAMA opera habitualmente no arquipélago dos Açores, transportando carga entre as ilhas do Grupo Central.


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NAVALTAGUS (Seixal)

O estaleiro naval NAVALTAGUS, situado à entrada da baía do Seixal, apresentava este aspecto composto na tarde de 29 de Setembro de 2017. No plano inclinado encontravam-se em reparação os navios S. JULIÃO e S. JORGE, ambos da Transtejo, para além de um pequeno navio de pesca costeiro construído no estaleiro para interesses angolanos. Atracado ao cais encontrava-se o navio de carga açoriano PAULO DA GAMA.
O estaleiro NAVALTAGUS integra o grupo ETE e era originalmente o estaleiro da Socarmar, vocacionado para dar assistência e manutenção à numerosa frota de batelões e rebocadores que aquela empresa pública detinha em serviço no Tejo. É actualmente o maior estaleiro naval privado da margem sul do Tejo. Não é a Lisnave Margueira nem nada que se lhe pareça, mas é o que somos capazes de ter actualmente após 42 anos a desmaritimizar tudo e todos.
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Friday, September 22, 2017

Cada vez menos saudade nos cais


Cada vez menos saudades nos cais que hoje se fazem de cimento em vez de pedra. Os cais de Lisboa fizeram-se durante muitas décadas com pedra de Caxias. Em Leixões não sei qual a origem da matéria prima...
Quando comecei a deambular por esses cais havia gente para cá e para lá e tantas outras criaturas e maquinarias. Dizia-se adeus das varandas das estações marítimas. Os cais agora são terra proibida para quase todos, e os que entretanto em Lisboa foram subtraídos à APL perderam o seu carácter e aguardam as infindáveis investidas dos especuladores imobiliários. E assim se rouba a paisagem.
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O ROAZ a passar o Espichel


Eu aqui a ver fotografias antigas. Esta do Roaz em 2012 em Leixões. E segundo o AIS, o navio está  a passar o Cabo Espichel, mais umas horas e atraca novamente no Outão. O nosso último cimenteiro e o nosso último navio de carga costeiro.
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Wednesday, September 13, 2017

Homenagem ao ferry EBORENSE

O n/m EBORENSE foi retirado do serviço público fluvial hoje, depois de ter completado ontem a última série de viagens na carreira da Trafaria. 
Entrou ao serviço em 1954 e cumpriu mais de  sessenta anos de travessias no Tejo, principalmente entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço e Cacilhas, tendo servido igualmente como barco de turismo ocasionalmente.
 Ao longo dos anos o BNM falou muito acerca do EBORENSE, em palavras e imagens, aqui fica a homenagem, dado que o EBORENSE deverá agora ser posto à venda pela Transtejo. Ver mais escritos e fotografias aqui.
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Último dia de navegações do EBORENSE

O ferry EBORENSE completou a 12 de Setembro de 2017 a última série de travessias entre Belém, Porto Brandão e a Trafaria em regime de serviço fluvial público. Os certificados caducaram à meia-noite e o destino agora será o abate após quase 63 anos de carreiras no Tejo, pois entrou ao serviço em Dezembro de 1954. 
O fim do EBORENSE traduz o encerrar de uma época, pois este cacilheiro foi um dos mais apreciados de todos s que navegam ao serviço da Transtejo entre as duas margens do Tejo. Vai fazer falta, pois o navio que o substitui na carreira da Trafaria, o LISBONENSE, não oferece garantias de fiabilidade técnica e agora sem o EBORENSE de reserva, haverá momentos em que o transporte de viaturas terá de ser suspenso.
Acompanhámos as últimas travessias do EBORENSE e aqui deixamos alguns registos.

 













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Tuesday, September 12, 2017

Uma Muito Boa Notícia - Um Paquete Novo Para Portugal


É uma notícia muito boa para a Marinha Mercante Portuguesa, e dada a raridade do tema, muito importante: O armador portuense Mário Ferreira tem em construção em Viana do Castelo, nos estaleiros da WestSea, um navio de cruzeiros expedicionários de 9300 toneladas de arqueação bruta encomendado este ano e com entrega prevista para Outubro de 2018. 
Trata-se do WORLD EXPLORER, navio com 126 metros de comprimento, 19 de boca e 4,7 de pontal, para 176 passageiros em 86 camarotes de luxo, todos exteriores, com varandas ou janelas panorâmicas, concebido para cruzeiros exóticos em regiões remotas, nomeadamente a Antártida, onde a nova unidade deverá operar de Novembro de 2018 a Março de 2019, fretado à Polar Cruise Company / Quark Expeditions, de Seattle, um dos mais prestigiados operadores de cruzeiros expedicionários a nível mundial. 
O WORLD EXPLORER vai ser equipado com sistema de propulsão muito versátil, diesel-elétrico híbrido, desenvolvido pela Rolls-Royce, com duas máquinas Bergen C25:33L8P e uma Bergen C25:33L6P, e motores eléctricos AFE "savecube", com a potência total de 9000 kW, accionando dois hélices de passo variável, e asegurando 16 nós de velocidade de serviço. 
O navio será propriedade da Mystic Cruises uma das companhias de cruzeiros de Mário Ferreira que integra a Mystic Invest SGPS juntamente com as empresas de cruzeiros fluviais Douro Azul, com 16 navios e 500 tripulantes, e Nicko Cruises com 20 navios, que navegam em 15 rios de três continentes. 


O projecto do WORLD EXPLORER foi desenvolvido pelo arquitecto naval italiano Giuseppe Tringali da empresa Leadship Ltd., e resulta da vontade de expansão da actividade cruzeirística de Mário Ferreira para além dos rios, ideia que acompanha o armador há bastantes anos e apontava inicialmente para uma operação na Amazónia. 
Para a Marinha Mercante e Indústria Naval portuguesas, a iniciativa de Mário Ferreira é uma excelente notícia. O WORLD EXPLORER será o primeiro navio de cruzeiros construído de raiz para interesses portugueses desde o FUNCHAL, encomendado em 1959 por outro armador carismático com sensibilidade para o turismo, Vasco Bensaude. A construção do WORLD EXPLORER abre assim novos caminhos a uma Marinha Mercante em necessidade urgente de se reinventar no actual mundo globalizado, ao mesmo tempo que proporciona um novo mercado apetecível à WestSea, do Grupo Martifer, que está a dar continuidade às melhores tradições dos antigos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. 
Mário Ferreira pretende que o WORLD EXPLORER seja o primeiro de uma série de navios semelhantes, referindo alguma apreensão relativamente à viabilidade de os próximos serem também construídos em Portugal, por questões de financiamento. Uma candidatura de financiamento com fundos comunitários foi chumbada e para financiar o WORLD EXPLORER optou-se por empréstimos obrigacionistas de 50 milhões de euros, com o restante assegurado pelos bancos Caixa Geral de Depósitos, Montepio e Carregosa, constando que o navio custará de 70 a 100 milhões de euros, valor de referência do custo de construção de navios deste tipo no mercado internacional. 
O WORLD EXPLORER deverá sair de Lisboa em Novembro de 2018 em viagem inaugural até ao Rio de Janeiro, em posicionamento para os primeiros dez cruzeiros à Antártida, prevendo-se que opere o resto do ano sob bandeira da Nicko Cruises em viagens dirigidas essencialmente ao mercado de cruzeiros alemão.
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Sunday, September 10, 2017

Novo palavrão: "Meio-Náutico"



Ao ler esta notícia acho que aprendi um novo palavrão: «meio náutico». Observo a imagem anexa à notícia palavrosa e só vislumbro uma lancha da polícia marítima. Está inserida no meio náutico natural do porto de Angra do Heroísmo mas não é por aí que a coisa se assume como palavrão. A notícia, eventualmente um comunicado de imprensa da AMN, diz assim:
«O comando local da Polícia Marítima de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória dispõe agora de um novo meio náutico que vem reforçar o seu dispositivo de policiamento e fiscalização.
Trata-se de uma embarcação semi-rígida, cabinada, de 7,8 metros de comprimento, e equipada com os mais modernos sistemas de auxílio à navegação, dispondo de uma motorização de 500 HP (2 x 250 HP) e uma autonomia de cerca de 200 NM.
Em nota de imprensa, o comando local da Polícia Marítima de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória explica que o equipamento vem permitir uma maior mobilidade operacional e a projecção de equipas da Polícia Marítima em acções de policiamento, de dia ou noite, em todo o espaço de jurisdição marítima das ilhas Terceira e Graciosa.
Fica assim garantida, informam ainda, a autoridade do Estado e a soberania Nacional no mar em missões de prevenção e repressão criminal, bem como no reforço das capacidades de fiscalização dos recursos piscícolas no mar dos Açores, em particular nas áreas de reserva natural marinhas, como o banco “Dom João de Castro” localizado a cerca de 50 milhas náuticas a Sudeste da ilha Terceira.Fica assim garantida, informam ainda, a autoridade do Estado e a soberania Nacional no mar em missões de prevenção e repressão criminal, bem como no reforço das capacidades de fiscalização dos recursos piscícolas no mar dos Açores, em particular nas áreas de reserva natural marinhas, como o banco Dom João de Castro” localizado a cerca de 50 milhas náuticas a Sudeste da ilha Terceira.»
Este texto é duplamente enriquecedor: inova e acrescenta o léxico marítimo e é um garante da autoridade do Estado e da soberania Nacional. 
O meu receio sincero é que o primeiro arrastão de pesca chinês apanhado em flagrante algures no Atlântico Norte pelo novo meio-náutico provoque a sua perda gloriosa com o contacto no casco de algum anzol mais afiado. 
O meu espírito curioso debate-se entretanto com a angustia de ver a existência das nossas unidades navais ameaçadas com o meio-náutico dos Açores. Para quê uma Corveta, para quê um Patrulhão, para quê dois Submarinos (e eu acho que precisamos de mais), se o novíssimo «meio-náutico» aparentemente responde às solicitações habituais atribuídas a tais navios nos Açores?
O abominável palavrão «meio náutico» acabado de inventar para substituir a palavra «lancha» é feio e desnecessário, suponho que da família dos «meios aéreos» dos combates aos fogos nacionais, uma invenção do nacional-foleirismo que enjeita uma língua tão bonita e rica em terminologia naval e náutica: a Língua Portuguesa. 
Não lhe dêem pontapés, por favor.
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Thursday, September 07, 2017

n/m PORT SHANGHAI a entrar no Tejo


Navio graneleiro PORT SHANGHAI a entrar o Tejo a 16 de Agosto de 2017, na sua primeira escala em Lisboa (Trafaria). 

Trata-se do terceiro navio da Portline a vir a Lisboa este ano, todos nas suas primeiras escalas. Todos pintados impecavelmente e a parecerem novos.
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Wednesday, September 06, 2017

ARCA de passeios fluviais


ARCA, talvez a embarcação utilizada em passeios tuísticos no Tejo com aspecto mais invulgar, a levar a minha imaginação aos tempos da conquista de Ceuta e à frota que em 1415 fez rumo ao Estreito. Fotografias de 11 de Agosto de 2017.

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Monday, September 04, 2017

Memórias minhas e do Bill Miller

O meu Amigo Bill Miller partilha regularmente pequenas notas sobre os navios em que andou e outras reminiscência diversas, e esta sobre uma ida à California em 1971, fez-me recordar a presença de navios de passageiros norte-americanos no Tejo no final da década de 1960 e primeiros anos de 1970. Os navios de passageiros da American Export Line eram os que escalavam Lisboa nas suas viagens regulares de Nova Iorque para o Mediterrâneo, os gémeos INDEPENDENCE e CONSTITUTION e o ATLANTIC, mas em 1968-69 foram retirados do serviço e posteriormente vendidos ao grupo C. Y. Tung, de Hong Kong. Os gémeos ARGENTINA e BRASIL, da Moore McCormack Lines, e os navios das linhas do Pacífico, os gémeos MARIPOSA e MONTEREY, ambos da Pacific Far East Lines, e os "Presidentes" da American President Lines PRESIDENT WILSON, PRESIDENT CLEVELAND e PRESIDENT ROOSEVELT passaram também por Lisboa em longos cruzeiros nas fases finais das suas vidas úteis, o mesmo se podendo dizer do UNITED STATES que esteve em Lisboa em 1968. 
Bill Miller partilha connosco impressões de uma curta visita à Califórnia em 1971:

"MEMORY LANE: CALIFORNIA DREAMIN' 
In Feb 1971, we had a long weekend out to California ... I well remember those evocative horns going on a foggy night in San Francisco ...
We caught the PRESIDENT CLEVELAND for an overnight ride: Sailing from San Francisco at Noon; arriving San Pedro (LA) the next day at 11am ...As I recall, the ship was all gleaming lino, immaculate, very post-war modern in decor, great brass elevator doors, Emerson radios in the cabins ... and the simplicity of the old third class/economy space that was completely intact, but unlocked and no longer used ... 
At Long Beach, I also recall seeing the QUEEN MARY, then being renovated and having only one funnel -- the middle one -- and years later, in a photo, a friend quickly identified the ship as the SCYTHIA -- well, a very big SCYTHIA ..."
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Friday, September 01, 2017

PORTUGAL DESPERDIÇADO

Durante vinte anos a frota de navios de passageiros portugueses foi um dos temas de grande orgulho nacional. Havia nesse orgulho um factor de propaganda política, enaltecendo indirectamente a obra de ressurgimento nacional do Estado Novo, louvando Salazar e homenageando Américo Thomaz, tido como o "Pai da Marinha Mercante."
Ao mesmo tempo havia lugar a um orgulho legítimo, pois em 30 anos, de 1945 a 1975, havia-se quebrado um certo fatalismo ligado aos assuntos do mar e Portugal sobressaía pele primeira vez desde o século XVIII como nação marítima de primeira grandeza. Os nossos navios não ficavam a dever nada aos seus congéneres estrangeiros, as empresas armadoras viviam de forma equilibrada, renovando as frotas e olhando para a internacionalização ao mesmo tempo que o sector contribuía para o desenvolvimento da Indústria Naval - construção e reparação, e para o equilíbrio da balança de pagamentos com o estrangeiro.
Em parte provou-se que esta realidade era ilusória, pois o tempo demonstrou não ser sustentada por verdadeiro espírito marítimo. Apesar das aparências não se conseguiu ultrapassar o síndrome tutelar dos mercados protegidos e do guarda-chuva do Estado. Em 1975-85 esse guarda-chuva tornou-se tenebroso e deu no que deu. Um grande desperdício de navios, talentos e oportunidades perdidas, ilustrado nesta fotografia de autor não identificado, com os paquetes VERA CRUZ e SANTA MARIA encalhados na ilha Formosa em 1973, após terem sido vendidos para sucata pela Companhia Colonial de Navegação. Os navios eram muito bons, tinham 20 e 19 anos, com pelo menos mais 20 de vida futura e um potencial enorme no mercado de cruzeiros que então começava a crescer alimentado por navios com as características dos nossos mas com gente determinada e cheia de iniciativas. Foi esse o nosso drama, cultivámos o desperdício até à situação extrema. Enquanto em Portugal se deitavam para o lixo o SANTA MARIA e o VERA CRUZ, exactamente na mesma altura em Miami, um engenheiro emigrado de Israel poucos anos antes chamado Ted Arison comprava dois paquetes da mesma classe de origem inglesa e começava a companhia CARNIVAL. O resto da história todos sabem e faz a diferença entre ser um país de cacilheiros estatais versus país marítimo. E não se iludam, hoje começa a falar-se do mar, mas o espírito marítimo e a cultura do mar necessários ao relançamento dos sectores do mar em Portugal ainda cá não estão. Muita gente fala sem saber bem o que diz, nomeadamente a nosso elite política e empresarial, há que começar a ensinar a cultura dos navios e do mar nas escolas. Já.
Quanto à fotografia que mostro hoje, é das mais tristes que me é dado ver. Naveguei em ambos estes paquetes. Assisti à largada de ambos para o Oriente em 1973. Não há palavras..., a culpa é de todos nós que teimamos em brincar e culpar os governantes que são afinal aquilo que temos sabido merecer.
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