Friday, July 27, 2018

Disney, Independence e Marella...


Três navios de passageiros a saírem de Lisboa seguidos, como acontece tantas vezes ao final da tarde. A 25 de Julho largaram o DISNEY MAGIC, o INDEPENDENCE OF THE SEAS e o MARELLA SPIRIT. Todos em viagens de cruzeiros turísticos.
O DISNEY MAGIC acaba de completar 20 anos. Foi o primeiro navio de cruzeiros da Disney, construído em Itália e entregue a 21 de Junho de 1998, tendo visitado Lisboa pela primeira vez dias depois, na viagem posicional rumo a Port Canaveral. Estes vinte anos passaram num instante, o navio está cada vez mais bonito, à medida que se vão construindo autênticos mostrengos, mas sempre foi assim, a evolução não para. 
Com 83.969 GT, o DISNEY MAGIC tem 294,06 m de comprimento e destaca-se pelas linhas neoclássicas, realçadas pelas cores - vermelho nas chaminés e preto no casco, cores muito pouco utilizadas nos dias que correm, mas bonitas.

Com metade da idade do DISNEY MAGIC e o dobro da tonelagem deste, o INDEPENDENCE OF THE SEAS data de 2008 e tem 155.889 GT apresentando o comprimento máximo de 338,72 m. É o maior navio de cruzeiros de entre os que visitam o Tejo com frequência e foi modernizado no início deste ano, apresentando alterações diversas, ao nível da chaminé e de outros pormenores exteriores. identificáveis por comparação com fotografias mais antigas.

O veterano de entre o grupo de paquetes em referência é o MARELLA SPIRIT, de 33.930 GT, construído em 1983 em França para a Holand America Line com o nome NIEUW AMSTERDAM (1983-2000), que já navega há 35 anos e vai na sua quinta designação, tendo-se chamado anteriormente THOMSON SPIRIT (2003-2018). É um navio de cruzeiros da segunda geração, de linhas tipicamente holandesas.
Fotografias de Luís Miguel Correia registadas no Tejo a 25 de Julho de 2018. Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho, se descarregar imagens para uso pessoal sugere-se que contribua para a manutenção deste espaço fazendo um donativo via Paypal, sugerindo-se €1,00 por imagem retirada. Utilização comercial ou para fins lucrativos não permitida (ver coluna ao lado) / No piracy, please. If photos are downloaded for personal use we suggest that a small contribution via Paypal (€1,00 per image or more). Photos downloaded for commercial or other profit making uses are not allowed. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia 

Tuesday, July 24, 2018

SAGA SAPPHIRE: a beleza das cores clássicas


Sou apreciador convicto das cores ditas clássicas aplicadas aos navios. Uma das minhas companhias de cruzeiros preferidas da actualidade é a Saga Cruises, que tem operado alguns dos navios mais emblemáticos do século XX, com destaque para os últimos dois «FJORDs», tão bem tratados pela Saga com os nomes SAGA ROSE e SAGA RUBY, ambos já desmantelados, infelizmente. A Saga voltou muito recentemente a optar pelas chaminés amarelas, e o SAGA SAPPHIRE fica soberbo com estas cores, equilibradas e simples, mas muito belas por isso mesmo. 

Construído em 1980-81 como EUROPA para a Hapag-Lloyd, no tempo em que a actividade de cruzeiros desta empresa ainda era sediada em Bremen, numa espécie de prolongamento do Norddeutscher Lloyd, o EUROPA de 1981 foi um navio de esperança, o último grande paquete construído com o pedigree de Navio de Estado, e ao mesmo tempo, o primeiro navio significativo de uma nova era na evolução dos navios de passageiros, dado que se pode considerar ter sido o primeiro da segunda geração de navios de cruzeiros, introduzido apenas quatro anos depois de, na apresentação do CUNARD PRINCESS em Nova Iorque, em 1977, se ter considerado ser este provavelmente o último grande navio de passageiros a ser construído.
Voltando ao SAGA SAPPHIRE e à sua «nova» chaminé amarela, que contraste face à estética prevalecente nos dias que correm, de pintar os navios de cruzeiros de branco e azul, ou então aplicar macacadas nos cascos, algumas como a das proas dos navios da Princess, verdadeiramente de mau gosto. 
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Monday, July 16, 2018

Porto de Lisboa em fotografias


Porto de Lisboa em imagens originais LMC, uma temática que venho percorrendo desde que comecei a fotografar, em 1970. 
A relação dos navios e do Porto com a cidade de Lisboa, outro tema que me é caro e que muitas vezes me causa desconforto por não gostar de muito do que vejo e sinto, nomeadamente quanto aos termos como a Cidade e os poderes municipais têm cercado o Porto e a sua maritimidade decadente e incompreendida. 
Em praticamente 50 anos de fotografia, as mudanças são tremendas, e nem há que pensar se na globalidade a paisagem marítima de Lisboa, o nosso Waterfront, está melhor ou pior, tudo mudou e muda cada vez mais depressa. A nostalgia só turva as análises, os temas são vastos e dão dissertações académicas ou de cariz mais popular, de preferência, pois há que cultivar nos habitantes de Lisboa o amor pelo Tejo povoado de navios e operações portuárias.
O Porto e a Cidade de Lisboa mudam sempre. Tudo era diferente quando Osberno por aqui andou. As diferenças vão continuar a acontecer.
Esta fotografia, registada a 14 de Julho de 2018, apresenta um ângulo de mudanças, a partir da Rocha do Conde de Óbidos, casualmente sob o signo da proibição de fumar. Um No Smoking politicamente correcto, mesmo tratando-se de um navio sem a pressão das cargas perigosas.
Uma fotografia com três torres brancas e um falso castelo centenário com cerca de 78 anos. A torre central é um navio e tem a sua presença limitada aos dias em que ainda estiver atracado ao cais de aprestamento do estaleiro da Rocha. O fundo branco é o efeito das torres da empresa chinesa de energia EDP. Entre as torres e o céu, o castelo de São Jorge, na sua configuração de 1940 apadrinhada por António Ferro, compõe a paisagem. Mais uma fotografia do Porto para a Cidade que aqui partilho com o gosto que estas questões me proporcionam sempre.

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Saturday, July 14, 2018

Corveta NRP AFONSO CERQUEIRA

A antiga corveta da Armada Portuguesa NRP AFONSO CERQUEIRA (F488) está no estaleiro da Navalrocha, em Lisboa, em preparativos finais para seguir a reboque para a Madeira, onde vai ser afundada próximo do Cabo Girão. Trata-se da nona corveta de 10 unidades que entraram ao serviço entre 1970 e 1975 e que constituiram as classes JOÃO COUTINHO e BAPTISTA DE ANDRADE, segundo projectos do Almirante Rogério de Oliveira.
Fotorafámos no dia 14 de Julho de 2018 a AFONSO CERQUEIRA na Doca 1 do estaleiro Navalrocha, e aqui ficam algumas das imagens. No mastro do «Jack» à proa e no mastro da bandeira à popa, via-se a bandeira branca e vermelha da firma de construção civil e obras marítimas Tecnovia, que ao que tudo indica, está envolvida nesta operação final da corveta. Não gostei de ver uma bandeira branca içada à popa da AFONSO CERQUEIRA, podia estar no mastro principal, por exemplo. Uma bandeira branca à popa é uma provocação à dignidade do navio, que parece render-se ao seu fim anunciado. Um navio com tanta história, que deu a volta ao mundo...
A AFONSO CERQUEIRA permaneceu no estaleiro de demolição de navios em Alhos Vedros (Baptistas) em trabalhos de limpeza e preparação para ser afundada. 
Mais imagens do NRP AFONSO CERQUEIRA aqui.
 










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Sunday, July 08, 2018

Não chamar «embarcação» a um navio


Cada vez estamos mais analfabetos em termos de linguagem marítima em Portugal. Dos muitos disparates escritos e falados, agora parece chamar-se «embarcação» a todo o tipo de navios, mesmo grandes navios, erro grosseiro e feio que acabámos de ver num livro e numa notícia. 

António Marques Esparteiro, no seu excelente Dicionário Ilustrado de Marinha, dá uma boa definição do termo «embarcação»: 
Barco de pequena tonelagem empregado especialmente no serviço de portos, rios, pequena cabotagem e nas comunicações dos navios com outros ou com terra. Era antigamente o termo geral para designar vasos flutuantes destinados a navegar; hoje, o termo geral é barco.
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Friday, July 06, 2018

The passenger cargo liner ORANJE NASSAU




Uma «raça» de navios praticamente extinta é a dos mistos, de passageiros e carga ou de carga e passageiros, designados assim consoante transportassem mais ou até 12 passageiros. Os gémeos holandeses ORANJE NASSAU e PRINS DER NEDERLANDEN são dois excelentes exemplos, mandados construir pela companhia holandesa KNSM para a carreira Holanda - Antilhas Holandesas em 1957. Nas suas longas travessias passavam habitualmente pelos Açores, onde carregavam ananases nas viagens de regresso. Em 1966 o PRINS DER NEDERLANDEN quase quis ficar nas Flores para sempre, quando encalhou na ilha. A muito custo lá foi rebocado para a Horta e depois para Lisboa. Acabaram ambos a transportar tropas de Havana para Luanda.
Aerial view of the handsome Dutch passenger cargo liner ORANJE NASSAU, one of two sisters built in 1957 to the order of KNSM and used on the North Europe to the Caribbean regular service until about 1972. The largest passenger ships in the KNSM's fleet, ORANJE NASSAU and her sister were very popular with round trip passengers as a cruiselike trip. In 1974 she was sold to Cuba, renamed XX ANIVERSÁRIO and used as a troopship between Havana and Luanda, Angola.
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Thursday, July 05, 2018

Cocktail of cruise ships in Madeira


What a day it was this past 31st December 2013 with the perfect scene from the sun decks of Portuguese cruise ship FUCHAL off Funchal, Madeira Island: The nearby THE WORLD in first stage plus the AURORA, BALMORAL, SAGA SAPPHIRE, AIDABLU, BRAEMAR and the classic MARCO POLO, with several others to arrive later that day...



Um dia de sonho passado a bordo do paquete FUNCHAL no passado dia 31 de Dezembro de 2013,na baía do Funchal, para a passagem de ano. Que vista com tantos navios: o THE WORLD mesmo ao nosso lado, e espalhados pelo porto os navios AURORA, BALMORAL, SAGA SAPPHIRE, AIDABLU, BRAEMAR e MARCO POLO, com mais uns quantos chegados mais tarde nesse dia tão especial....
De bordo do FUNCHAL, as fotografias deste Fim de Ano na Madeira foram diferentes, mas não menos interessantes do que as habituais, tiradas de terra: para mim não há melhor local para se estar a 31 de Dezembro que o porto do Funchal...
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