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Monday, August 30, 2021

Modernização do VASCO DA GAMA



A estadia do paquete VASCO DA GAMA na Lisnave em Setúbal, de Janeiro a 4 de Julho deste ano traduziu-se no prolongamento da vida útil do navio por pelo menos mais dez anos, e nas melhores condições técnicas e ambientais. Ver o artigo sobre o navio na página da Tecnoveritas, aqui.

Texto / Text  opyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho, se descarregar imagens para uso pessoal sugere-se que contribua para a manutenção deste espaço fazendo um donativo via Paypal, sugerindo-se €1,00 por imagem retirada. Utilização comercial ou para fins lucrativos não permitida (ver coluna ao lado) / No piracy, please. If photos are downloaded for personal use we suggest that a small contribution via Paypal (€1,00 per image or more). Photos downloaded for commercial or other profit making uses are not allowed. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

Wednesday, March 06, 2019

LISNAVE - MARGUEIRA 1973

«Mercê de larga visão do futuro, de uma gestão dinâmica e de uma organização evoluída, soube a Lisnave criar no Porto de Lisboa um dos maiores e mais eficientes estaleiros de reparação naval em todo o Mundo.
Graças à especial concepção do estaleiro, do seu grande potencial em equipamento, do constante aperfeiçoamento profissional e de uma experiência adquirida desde há 40 anos como concessionária do estaleiro da A.G.P.L. na Rocha do Conde de Óbidos, a Lisnave oferece índices de produtividade dos mais elevados nesta actividade...» 
Início do texto de um anúncio da Lisnave - Estaleiros Navais de Lisboa, inserido na edição n.º 1 (II série) da REVISTA DE MARINHA, publicada em Janeiro de 1973. Uma grande empresa, um anúncio bem feito, com texto em bom português, um elemento de ouro no desenvolvimento de um grande Porto de Lisboa que tão bem conheci. A LISNAVE - MARGUEIRA, sonho e obra de um Grande Senhor, D. José Manuel de Mello.
A voragem da Desmaritimização aplicada em Portugal a partir da década de 1970, apagou a existência física deste grande estaleiro do Porto de Lisboa. Ficámos todos mais pobres. Mesmo com a perspectiva de desenvolvimento imobiliário que se desenha para a Margueira, nada será igual. 
Assim se tem destruído Lisboa, o Porto de Lisboa. 
Aqui fica este Protesto de Mar, que vai assinado por mim, Luís Miguel Correia, pelo meu Gato e pelos meus dois dedicados Cães. 
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Wednesday, April 11, 2018

Subir à Torre...

Já subi a esta torre, localizada junto ao estaleiro da Mitrena construido para a SETENAVE e hoje explorado pela LISNAVE.
Subi a esta torre nos últimos tempos da SOPONATA, para fotografar um navio-tanque da ESSO em manobra de atracação. Talvez há mais de 15 anos.
Gosto das alturas, de subir a mastros, guindastes, e por aí... E depois registo a paisagem e a navegação em fotografias, pois claro. 
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Wednesday, April 06, 2016

Um gigante no Tejo: PIERRE GUILLAUMAT


O maior navio até então construído, o navio-tanque francês PIERRE GUILLAUMAT, saído dos estaleiros de St. Nazaire em 1977, que veio a Lisboa docar na Doca Alfredo da Silva, na Lisnave Margueira. Este gigante, que aqui contrasta com o cacilheiro RIO ALMANSOR pertencia a uma classe de 6 unidades e teve vida curta, acabou desmantelado na Coreia do Sul em Outubro de 1983. Ver características e história aqui. Com 414,33 m de comprimento ff e 555,051 grt, este navio tinha dimensões impressionantes mesmo. Foto enviada por Nuno Bartolomeu a quem agradecemos a colaboração. E já agora vejam a história do nosso "David" aqui...

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Thursday, October 29, 2015

TOKYO SPIRIT: salvamento bem sucedido

Costuma dizer-se que corre tudo bem quando acaba bem e de certa forma o recente encalhe do petroleiro TOKYO SPIRIT junto à Marina de Cascais acabou de facto bem, com o navio posto a flutuar por rebocadores portugueses no mais curto espaço de tempo possível, sem danos ambientais registados, e perspectivas de uma boa reparação certamente com algumas toneladas de aço para substituir nos estaleiros da Lisnave em Setúbal onde acabámos por assistir à atracação do navio na manhã de 24 de Outubro. Foi de certa forma uma atracção turística de fim de semana a animar Cascais, sem que os muitos espectadores se tenham apercebido dos esforços e eficiência das entidades portuguesas envolvidas na operação de salvamento. Parabéns a todos.
TOKYO SPIRIT livre de perigo e já ao largo de Cascais na tarde de 18 de Outubro de 2015

O navio-tanque suezmax com bandeira das Bahamas TOKYO SPIRIT, que se encontrava fundeado na baía de Cascais desde 14 de Outubro e se destinava a Setúbal, onde ia ser reparado pela Lisnave, garrou na manhã de 17 de Outubro de 2015 e encalhou cerca do meio-dia a menos de 1 milha frente ao farol de Santa Marta, acabando durante a tarde por se posicionar junto ao molhe de protecção da Marina de Cascais.
Imagens do TOKYO SPIRIT na Baía de Cascais e já a ser rebocado para Setúbal pelas prestantes unidades da Rebonave 
O navio perdeu a amarra de estibordo, ao que tudo indica devido ao mau tempo, nomeadamente ondulação e ventos fortes, que se verificou na costa portuguesa e ficou à garra. Duas tentativas de desencalhe do TOKYO SPIRIT, na preia-mar do final da tarde de 17 e na madrugada seguinte, com o auxílio dos rebocadores MONTEVIL, SVITZER FUNCHAL, SVITZER LEIXÕES e SVITZER SINES, deslocados do porto de Lisboa, não resultaram, pelo que se procurou lastrar o navio de forma a aliviar o calado à popa, o que, associado à chegada de Setúbal e Sines dos rebocadores CASTELO DE SÃO JORGE, CASTELO DE SINES e MONTE DA LUZ, mais potentes e adequados à manobra em causa, permitiu o desencalhe do TOKYO SPIRIT com sucesso, pelas 14H30 de 18 de Outubro, iniciando-se o reboque para Setúbal, onde entrou a 19 de manhã e se encontra em reparação. Depois de ter descarregado os resíduos das lavegens dos tanques no terminal da ECO-oil, o TOKYO SPIRIT entrou no estaleiro da Mitrena a 24 de Outubro, onde deverá permanecer cerca de um mês em reparação. 
Um pedido de socorro emitido pelo TOKYO SPIRIT às 12H01 foi recebido pelo Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), tendo-se dado início à assistência e salvamento do navio, coordenada no local pelo Capitão do Porto de Cascais. Um helicóptero EH 101 da Força Aérea Portuguesa esteve perto do navio no sentido de apoiar o desembarque dos 22 tripulantes, o que foi recusado pelo comandante do petroleiro alegando que estes não corriam perigo, sendo igualmente utilizada a corveta N.R.P. JOÃO ROBY da Marinha de Guerra. O armador contratou de imediato os serviços da empresa de salvamento marítimo ARDENT, que colocou a bordo uma equipa orientada pelo "salvage master" Bram Sperling. A ARDENT foi criada em 2014 por fusão da Svitzer Salvage com a Titan e procedeu recentemento ao salvamento do paquete italiano COSTA CONCORDIA no Mediterrâneo. 
O TOKYO SPIRIT em manobra no Sado a 24 de Outubro

Uma vez que o TOKYO SPIRIT se apresentava descarregado, o perigo de poluição por hidrocarbonetos limitou-se ao possível derrame de combustível e resíduos de crude existente a bordo e felizmente tudo correu pelo melhor. A Marinha destacou para Cascais uma equipa de 18 elementos especializada na luta contra a poluição, tendo sido montada uma barreira de contenção com 600 metros e utilizado o apoio da APL – Administração do Porto de Lisboa, cujo rebocador AMETISTA esteve em Cascais, e da Protecção Civil de Cascais. O Piloto que dirigiu a manobra que permitiu safar o petroleiro encalhado em Cascais foi o Cte. Aníbal Senos Bela, natural de Ílhavo e piloto da barra do porto de Lisboa, que coordenou com sucesso os esforços dos sete rebocadores utilizados no dia 18 de Outubro. 
O N/T TOKYO SPIRIT é um navio petroleiro suezmax, com casco duplo, construído no Japão em 2006 a acabado de ser comprado e rebaptizado pela TK, empresa actualmente considerada como a maior armadora de navios-tanques para transporte de ramas de tonelagem média, com 44 unidades. 
Imagem da chegada ao estaleiro da Lisnave a 24 de Outubro de 2015 depois de limpos os tanques no terminal da ECO-oil

O TOKYO SPIRIT havia descarregado em 4 e 5 de Outubro em Gotemburgo, ainda com o nome anterior PRINCIMAR LOYALTY após o que foi entregue pela companhia Princimar Maritime à Teekay, mudando de designação, trocando o registo da Libéria pelo das Bahamas e sendo posicionado ao largo de Cascais ainda com a tripulação original, assegurada pela firma alemã Bernard Schult Shipmanagement, de Hamburgo, que se preparava para ser rendida por uma nova assim que o navio entrasse no estaleiro. 
O TOKYO SPIRIT foi construído em Tsu, no Japão pelo estaleiro Universal Shipbuilding Corporation (Construção nº. 19) por encomendada companhia Dynacom Tankers: teve a quilha assente a 29-07-2004, foi lançado à água a 7-01-2006 e entregue ao armador a 7-04-2006, chamando-se inicialmente NAVIGATOR. Em 2013 foi vendido ao grupo Principal Maritime, mudando de nome para PRINCIMAR LOYALTY. Em Agosto último os 12 petroleiros da Principal foram vendidos à Teekay Tankers, num negócio de mais de 640 milhões de USD, pelo que o TOKYO SPIRIT foi entregue aos compradores há apenas alguns dias. O N/T TOKYO SPIRIT apresenta as características principais seguintes: Nº. IMO 9296377, registo Nassau, Bahamas; Tonelagens: 78.845 GT, 47.076 NT, 149.996 DW. O navio tem as dimensões seguintes: comprimento fora a fora: 274,2 m, comprimento pp.: 263,0 m, boca máxima: 48,04 m; Pontal: 8,7 m. Propulsão por motor diesel, 1 hélice, velocidade de 15 nós.
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Sunday, October 18, 2015

Petroleiro TOKYO SPIRIT da TEEKAY TANKERS encalhado em Cascais


O navio-tanque suezmax TOKYO SPIRIT, com bandeira das Bahamas, que se encontrava fundeado na baía de Cascais desde 14 de Outubro a aguardar ordens do armador, garrou na manhã de 17 de Outubro de 2015 e encalhou cerca do meio-dia frente ao farol de Santa Marta, acabando durante a tarde por se posicionar junto ao molhe de protecção da Marina de Cascais. 
O navio perdeu a amarra de estibordo, ao que tudo indica devido ao mau tempo e ondulação forte que se verificou nas últimas horas na costa portuguesa.
Uma primeira tentativa de se desencalhar o TOKYO SPIRIT na preia-mar do final da tarde (18H30) com o auxílio dos rebocadores MONTEVIL, SVITZER FUNCHAL, SVITZER LEIXÕES e SVITZER SINES, deslocados do porto de Lisboa, não resultou, pelo que na próxima maré, cerca das 05H30 da manhã será feita nova tentativa de desencalhe utilizando mais meios, nomeadamente os rebocadores CASTELO DE SÃO JORGE, CASTELO DE SINES e MONTE DA LUZ, que se deslocaram desde Sines os dois primeiros, e de Setúbal o terceiro e são unidades mais potentes. Um helicóptero da FAP esteve perto do navio no sentido de apoiar o desembarque dos 22 tripulantes, o que foi recusado pelo comandante do petroleiro alegando que estes não corriam perigo. Uma vez que o navio se apresenta descarregado, o perigo de este encalhe provocar alguma poluição por hidrocarbonetos está limitada ao possível derrame de combustível existente a bordo.
O N/T TOKYO SPIRIT é um navio petroleiro suezmax, com casco duplo, construído no Japão em 2006 a acabado de ser comprado e rebaptizado pela TK, empresa actualmente considerada como o maior armador de navios tanques para transporte de ramas de tonelagem média, com 44 unidades. 
Com efeito, o TOKYO SPIRIT havia descarregado em 4 e 5 de Outubro em Gotemburgo, ainda com o nome anterior PRINCIMAR LOYALTY após o que foi entregue pela companhia Princimar Maritime à Teekay, mudando de nome, trocando o registo da Libéria para as Bahamas e sendo posicionado ao largo de Cascais a aguardar selecção de estaleiro para entrar em reparação, isto segundo notícias locais, infelizmente pouco fiáveis que davam o porto de Lisboa como destino do navio, apesar de não haver no Tejo estaleiro activo com dimensão para navios desta dimensão.
O TOKYO SPIRIT foi construído em Tsu, no Japão pelo estaleiro Universal Shipbuilding Corporation (Construção nº. 19) por encomendada companhia Dynacom Tankers: teve a quilha assente a 29-07-2004, foi lançado à água a 7-01-2006 e entregue ao armador a 7-04-2006, chamando-se inicialmente NAVIGATOR. Em 2013 foi vendido ao grupo Principal Maritime, mudando de nome para PRINCIMAR LOYALTY. Em Agosto último os 12 petroleiros da Principal foram vendidos à Teekay Tankers, num negócio de mais de 640 milhões de USD, pelo que o TOKYO SPIRIT foi entregue aos compradores há apenas alguns dias.
O N/T TOKYO SPIRIT apresenta as características principais seguintes: Nº. IMO 9296377, registo Nassau, Bahamas; Tonelagens: 78.845 GT, 47.076 NT, 149.996 DW. O navio tem as dimensões seguintes: comprimento fora a fora: 274,2 m, comprimento pp.: 263,0 m, boca máxima: 48,04 m; Pontal: 8,7 m. Propulsão por motor diesel, velocidade de 15 nós.
Texto e fotografias de Luís Miguel Correia.
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Wednesday, July 22, 2015

A propósito da Lisnave - Margueira


Senhor Luís Miguel Correia ontem falou no seu Blog da Doca 13 da Lisnave da Margueira e de alguns navios de guerra da nossa marinha para abate ai atracados há algum tempo.
O Estaleiro da Lisnave da Margueira em Almada abriu ao serviço da reparação e construção naval em 1967, em 1971 foi aberta a Doca Seca 13, a Maior Doca Seca da Europa para reparar navios tanques e cargueiros, paquetes e navios de guerra, mas em 2000 a Lisnave saiu do estaleiro da Margueira e começou a trabalhar no Estaleiro da Lisnave da Mitrena junto a Setúbal fazendo o mesmo serviço de reparação naval, desde 2000 até 2015 não se fez nada no antigo Estaleiro da Lisnave da Margueira o espaço do Estaleiro e edifícios está a degradar-se, há vários projectos mas nada é feito é assim que Portugal quer voltar de novo ao Mar.
Tem aqui uma foto do Estaleiro da Lisnave da Margueira em 1979 pode-se ver na Doca Seca 13 a fazer uma reparação a um navio tanque, pode-se ver o Pórtico de 300 Tons da Mague ao lado da Doca 13 pode-se ver atracado outro navio tanque, pode-se ver o em Cacilhas o Estaleiro da Parry & Son e no Cais do Pontal de Cacilhas estão atracados os cacilheiros da Transtejo - Rio Tejo Segundo-Caparica, Castelo e Porto Brandão.
Espero que o Senhor Luís Miguel Correia goste desta foto quando ainda a Lisnave da Margueira estava no seu auge. Atentamente,
Nuno Bartolomeu

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Tuesday, July 21, 2015

DOCA 13 da Lisnave - Margueira

Se tivesse sido construída num estaleiro nos Estados Unidos, provavelmente esta grande doca seria a doca 14, e de facto a designação numérica 13 não lhe trouxe grande sorte, transformando-a num símbolo da nossa desindustrialização e do desperdício que na Indústria Naval representa a inactividade deste estaleiro - o Grande Estaleiro Naval de Lisboa, com que se andou a sonhar durante mais de 100 anos. 




Aqui ficam algumas imagens de 18 de Julho de 2015 da antiga Doca 13 - Doca Alfredo da Silva, actual doca dos cacilheiros, sem mais comentários.
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Antigas unidades navais na Margueira


Apesar de em Portugal por razões conjunturais e de penúria de meios se prolongar a vida útil dos navios de guerra para além do razoável, um dia cada unidade acaba por ser abatida ao efectivo, entrando numa espécie de limbo durante o qual aguarda a decisão final relativa à sua existência física. 
A existência de cais vazios no antigo estaleiro da Margueira levou à utilização desse espaço para atracação de navios desarmados, encontrando-se neste momento quatro antigas unidades navais na Margueira: a lancha BACAMARTE, a corveta GENERAL PEREIRA D'EÇA, o patrulha SAVE e o submarino DELFIM. Mais dia menos dia irão para a Margueira as corvetas JOÃO COUTINHO e AFONSO CERQUEIRA, desarmadas em 2014 mas ainda atracadas na Base Naval do Alfeite. 
A PEREIRA D'EÇA foi cedida à Região Autónoma da Madeira para ser afundada como recife artificial e atracção turística na área do mergulho desportivo.

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Wednesday, March 25, 2015

Cais mais florido de Portugal

Há dias fiz esta fotografia de pormenor do cais 2B no estaleiro da Margueira, frente a Almada e o pormenor da vegetação florida, para além do protesto natural da natureza contra o desperdício que representa o abandono de uma infraestrutura industrial como esta, fez-me recordar uma iniciativa do tempo do Estado Novo, quando a CP promovia o alindamento das estações de caminhos de ferro com o concurso da estação mais florida, o que levava a que a maior parte fosse ajardinada a primor. Que tal a Associação dos Portos de Portugal, por exemplo, lançar a iniciativa do "Cais mais Florido de Portugal"? A Margueira tem boas hipóteses de se qualificar...
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Tuesday, March 24, 2015

FUNCHAL na Lisnave (Margueira)

Aspecto parcial do estaleiro naval da Margueira com o paquete FUNCHAL atracado à Ponte cais 2B e a fragata NRP ÁLVARES CABRAL a navegar no canal do Alfeite. Imagem registada no dia 22 de Março de 2015.
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Monday, March 23, 2015

Paquete FUNCHAL na Margueira


Aspectos do paquete FUNCHAL atracado a um dos cais do estaleiro da Margueira na tarde de 22 de Março de 2015.
Triste visão esta de negação da esperança de um desenvolvimento das actividades marítimas em Portugal.
O "Grande Estaleiro Naval do Porto de Lisboa", que foi inaugurado em 1967 com pompa e circunstância é hoje um monumento despido e cru à nossa incapacidade de realização e um atestado de boçalidade popular materializada na destruição das instalações do estaleiro por actos de vandalismo gratuitos, tudo muito triste e patético.
As antigas realizações técnicas de vanguarda deram lugar a este deserto de destruição e falta de perspectivas que são hoje a realidade do nosso País sob tutela estrangeira humilhante e colaboracionismo indígena.
O FUNCHAL, que com os seus mais de 50 anos de actividades como paquete e navio de cruzeiros, levou a nossa bandeira a todo o mundo e se tornou um símbolo de ligação ao Mar em Portugal, encontra-se imobilizado em Lisboa desde 3 de Janeiro último a aguardar novas perspectivas de futura utilização, e está atracado na Margueira desde 20 de Março de 2015. Desejamos que a imobilização seja tão breve quanto possível e que o FUNCHAL retome a sua vocação turística depressa.
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Friday, March 20, 2015

Paquete FUNCHAL no estaleiro da Margueira

O paquete FUNCHAL efectuou hoje o seu mais curto "cruzeiro" de sempre, DE LISBOA À OUTRA BANDA*, saiu do cais da Rocha pelas 12h40 de 20 de Março de 2015, atravessou o Tejo e atracou a um dos cais do estaleiro da Margueira, onde vai permanecer imobilizado até que se consiga delinear uma futura ocupação para o navio.
O FUNCHAL permaneceu atracado ao cais da Rocha desde 2 de Janeiro último, data em que desembarcou os passageiros do cruzeiro de Fim de Ano à Madeira e ao Porto Santo. Estava previsto efectuar algumas reparações por forma a iniciar a temporada de cruzeiros de 2015 no final de Abril, mas o programa foi cancelado a 12 de Fevereiro pela Portuscale Cruises que então anunciou nova politica relativa à operação do FUNCHAL: o navio deverá voltar a operar em regime de fretamento apenas.
O estaleiro da Margueira é o chamado grande estaleiro naval do Porto de Lisboa, construído na década de 1960, inaugurado em 1967 e encerrado no ano 2000, quando a Lisnave consolidou toda a sua actividade de reparação naval no estaleiro da Mitrena, em Setúbal. 
Actualmente o estaleiro da Margueira "guarda" diversos navios da Marinha Portuguesa desactivados, aos quais se juntou agora o FUNCHAL. Esteve previsto transferir o navio para a Matinha, mas uma vez que o paquete LISBOA acabou por não seguir para a Turquia, acabou-se por optar pela Margueira como local de imobilização comercial do FUNCHAL.
O FUNCHAL parado traduz um desperdício comparável ao do próprio estaleiro que passou a pertencer ao Estado Português quando deixou de ter actividade no âmbito da indústria naval.
* Título de um dos meus livros que se recomenda vivamente.
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Wednesday, March 06, 2013

LISNAVE - Margueira

Aspecto do estaleiro da Margueira nesse mesmo dia 6 de Outubro de 1997, com o navio-tanque liberiano JAMES N. SULLIVAN (80.914 grt, built 1992), um navio de 135.915 toneladas de porte operado pela Chevron. Contrastando com a actual inactividade do grande estaleiro de Lisboa, em 1997 os navios ainda faziam parte desse cenário industrial.
Hoje a Lisnave Margueira mantém-se erguida como monumento ao desperdício e aos caminhos sinuosos de "desenvolvimento" pós-industrial por que nos conduziram as últimas gerações de políticos, tudo gente sem mar no verbo nem no coração. E por este caminho amanhã seremos pobrezinhos e não honrados, como nos tempos antigos, de mão estendida e dependentes dos auxílios financeiros e dos palpites estranhos. Bolas para tudo isto. 
A Margueira foi uma das grandes obras de um dos maiores empresários portugueses promotores da economia do mar: José Manuel de Melo. Não era o mesmo mar de que agora se fala por aí...
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Friday, February 15, 2013

ALPENA no Tejo

Os navios têm sido os grandes protagonistas de séculos de história do Porto de Lisboa, cuja actividade marítima antecede em muitos séculos a fundação de Portugal.
Desde que comecei a fotografar a navegação no Tejo, há mais de 42 anos, os tipos de navios e embarcações locais sofreu um sem número de alterações, bem como as infraestruturas portuários e os estaleiros navais. Durante os anos de funcionamento do estaleiro da Margueira, centenas de navios vieram ao tejo exclusivamente para serem reparados. Para os assistir a Lsnave criou uma frota própria de rebocadores, um dos quais foi o ALPENA, que aqui vemos a navegar pela popa do navio BLUEBELL junto ao pontal de Cacilhas no Verão de 1989.
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Tuesday, August 21, 2012

Port of Lisbon Daily Photo

Margueira, quem te viu e quem te vê!!!! Antigo navio-oceanográfico NRP ALMEIDA CARVALHO da Marinha Portuguesa atracado ao estaleiro da Margueira a aguardar reboque para Portimão para ser afundado ao largo da costa do Algarve.
Former Portuguese Navy survey ship ALMEIDA CARVALHO laid up at the former Lisnave shipyard at Margueira on 20 August 2012. She is due to be taken in to to Portimão, Algarve, to be sunk off the coast.
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Tuesday, June 19, 2012

Ainda o Porto e os Navios

Ainda o Porto de Lisboa e os Navios à volta de imagens ligadas à reconstrução do cargueiro francês VAUCLUSE na Lisnave Rocha em 1972.
A imagem que hoje apresentamos e que nos foi enviada igualmente por Nuno Bartolomeu data do dia 8 de Abril de 1972. Para além do cargueiro das Messageries, já com a proa ligada ao novo corpo central, podem observar-se diversos outros navios:
na Doca 2, a fragata NRP COMANDANTE HERMENEGILDO CAPELO (docagem de 3 a 10-04-1972), na Doca de Alcântara, os paquetes FUNCHAL e ANGRA DO HEROÍSMO, da Empresa Insulana de Navegação e na Estação Marítima da Rocha, o saudoso paquete SANTA MARIA, que infelizmente só navegou mais um ano...
Another beautiful image of the Lisnave shipyard and Alcântara dock in Lisbon taken on 8 April 1972. The refit of VAUCLUSE is well underway and a Portuguese Navy frigate, the F481 NRP COMANDANTE HERMENEGILDO CAPELO is also being docked at Dock 2. Inside Alcântara Dock the two largest passenger liners of Empresa Insulana, FUNCHAL and ANGRA DO HEROÍSMO can be observed in the morning sunny light of Lisbon. Last but not the least, the magnificent passenger liner SANTA MARIA can be seen alongside the Rocha Passenger Terminal. She only had another year of full liner service to La Guaira and Port Everglades before a final sad trip to Kaoshiung, Taiwan in 1973.
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Monday, June 18, 2012

Porto de Lisboa: Abril de 1972

Porto de Lisboa visto de uma das gruas do estaleiro da Rocha, então sob administração da Lisnave, com o cargueiro francês VAUCLUSE em primeiro plano a ser alongado dentro da doca seca nº 1. 
Esta imagem foi tirada a 3 de Abril de 1972 da parte da tarde. Em segundo plano distingue-se a proa do paquete norueguês BLACK PRINCE atracado à Estação Marítima da Rocha enquanto o FUNCHAL está atracado ao cais da Lisnave dentro da Doca de Alcântara a terminar a reparação preparativa para a viagem presidencial ao Rio de Janeiro, iniciada a 10 de Abril de 1972. Atracado ao cais da CCN pode ver-se o paquete INFANTE DOM HENRIQUE e no cais da Estação Marítima de Alcântara distinguem-se os paquetes ingleses BRASIL STAR e ORSOVA.
O estaleiro da Rocha da Lisnave especializou-se na reconstrução de navios por alongamento dos cascos respectivos, tendo essa técnica sido concretizada pela primeira vez em 1959 com o paquete RITA MARIA da Sociedade Geral. Em 1972 efectuaram-se neste estaleiro os alongamentos (jumboizing) de quatro navios de carga geral da companhia francesa Messageries Maritimes, um dos quais foi o VAUCLUSE, que se pode observar na imagem e que esteve no estaleiro de 23 de Março a 26 de Abril de 1972.
Esta belíssima imagem, enviada por Nuno Bartolomeu retrata uma época em que eu passeava por estes cais praticamente todos os dias para ver os navios. Foi um período de grande movimento marítimo, com destaque para a derradeira fase de grande expansão da marinha mercante portuguesa.
Port of Lisbon on 3rd April 1972 with the Messageries Maritimes cargo liner VAUCLUSE undergoing a jumboizing operation inside the no. 1 dry dock at Rocha Lisnave shipyard. She was one of four sister ships jumboized by Lisnave in 1972.
Inside the Alcântara dock the passeger liner FUNCHAL is being refitted in order to sail to Rio de Janeiro with Portuguese President admiral Thomaz. Her hull has just been sandblasted and repainted in royal blue and her boilers have been refurbished. FUNCHAL sailed to Brazil on 10 April.
Alongside the Rocha Passenger Terminal the bow of BLACK PRINCE can be seen while Portuguese flagship INFANTE DOM HENRIQUE is at the CCN berth loading to sail to East Africa. Furthr donriver, at the Alcântara Passenger Terminal to British Passenger ships can be seen clearly: Blue Star Line's BRAZIL STAR and P&O's ORSOVA. Click on the image to enlarge it...
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Friday, March 30, 2012

Paquetes da Nacional na Margueira

Paquetes NIASSA e MOÇAMBIQUE, da Companhia Nacional de Navegação, fotografados na Doca 11 do estaleiro da Lisnave Margueira, no final da década de 1960, vendo-se na Doca 12 o navio-tanque HERMÍNIOS da Soponata.
O MOÇAMBIQUE foi vendido para sucata em 1972. O NIASSA teve igual destino em 1979, apesar de o armador grego George Potamianos ter proposto à CNN um contrato de afretamento do navio por 10 anos com financiamento assegurado para reconversão para cruzeiros. A Nacional recusou esta oportunidade e vendeu o navio para desmantelar em Espanha. Na altura o armador G.P. Potamianos afretava à CTM o FUNCHAL para com ele fazer cruzeiros na Escandinávia durante os meses de verão. Acabaria por comprar o FUNCHAL em 1985 e depois o INFANTE DOM HENRIQUE em 1986.
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Saturday, March 03, 2012

Alongamento de navios na LISNAVE

Lançamento ao Tejo de uma secção de casco de um cargueiro para alongamento. Secção construída no estaleiro da Rocha da LISNAVE em Lisboa por volta de 1970.
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