Friday, December 20, 2013

FUNCHAL capa da REVISTA DE MARINHA

No editorial da REVISTA de MARINHA de Março de 1985, dedicada ao paquete FUNCHAL, escrevi que

"Em Portugal, a falta de visão e inércia recentes estão a saldar-se por um preço incomportável. Não será a altura de procurar recuperar o que resta e estancar a ruína colectiva? Enquanto nos debatemos no presente com as mais variadas incertezas e incapacidades, por uma série de circunstâncias felizes, o FUNCHAL lá continua a navegar, prestigiando o País e a Marinha Mercante. Que assim possa continuar..." 

Mais de vinte e oito anos depois, estas palavras podiam ter sido escritas hoje. Andei estes anos todos a escrever e a pregar aos peixes. E tal como em 1985 temos de novo a tutela do FMI, que na altura inspirou o fecho da CTM e CNN. Uma das muitas capas que já publiquei em diversas revistas divulgando sempre o FUNCHAL, esta mostrava o navio a atracar no cais da Rocha, em Lisboa, em 1984, vendo-se atracado o VISTAFJORD da Cunard, actual SAGA RUBY, que está a fazer a última viagem...
Ver mais aqui.http://paquetefunchal.blogspot.pt/2013/12/funchal-em-1985.html
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Doca de Alcântara em pretérito perfeito

Cá estou de volta à Doca de Alcântara, hoje numa conjugação em pretérito perfeito, pela imagem de autor desconhecido, enviada por Nuno Bartolomeu.
Tudo indica ser uma imagem da primeira metade dos anos sessenta do século passado. A ponte giratória está aberta, para dar saída ao SHELL TAGUS, o último navio-tanque construído para a Shell Portuguesa, que tal como a Sacor Marítima, fazia a redistribuição de produtos refinados Shell pelos portos do Continente. Por sinal um dos mais de 200 navios construídos em Viana do Castelo. O navio está a ser rebocado por uma das lanchas mais pequenas da AGPL, utilizadas principalmente para passarem cabos a terra nas manobras de atracação dos grandes paquetes. Conheci a cabine telefónica, igual a tantas outras espalhadas pela cidade.
A qualidade da imagem não é a melhor, mas o conjunto de navios em segundo plano é fascinante: no canto esquerdo distingue-se, pela chaminé, o cargueiro BENGUELA, de 1946, da Companhia Colonial; ao fundo, no cais norte pode ver-se o vulto de um dos paquetes da Colonial, o PÁTRIA ou o IMPÉRIO e pela popa deste, o INDIA ou o seu irmão TIMOR; a meio destaca-se o ANGOLA, ou o seu gémeo MOÇAMBIQUE e pela popa deste, escondido numa flotilha de batelões e mastros de fragatas, o FUNCHALENSE de 1953, que em 1966 se passaria a chamar ILHA DO PORTO SANTO.
À direita, pode ver-se atracado ao cais de reparações da Lisnave, dentro da doca de Alcântara, onde hoje atraca o lugre PRÍNCIPE PERFEITO, o cargueiro SAN THOMÉ, da Companhia Nacional, construído em Sunderland em 1938 e comprado novo pela CNN numa tentativa de renovação da frota, continuada com a compra do TAGUS e a construção, em Itália, do INHARRIME, e logo interrompida pela guerra de 1939. Os navios da CNN já apresentam todos mastros e aparelho de carga pintados de branco, o que aconteceu por volta de 1963. A doca fervilhava de movimento, era um espectáculo ver os grandes paquetes da linha da África Oriental atracados ao cais norte à descarga - era aí então o entreposto colonial, antes localizado no Jardim do Tabaco...
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Thursday, December 19, 2013

Nova edição da revista CRUZEIROS

Está disponível a partir de hoje, Quinta feira 19 de Dezembro de 2013, a décima primeira edição da revista CRUZEIROS. Destaque de capa para o regresso do paquete FUNCHAL, da Portuscale Cruises, o qual regressa este mês à cidade que lhe deu o nome para assistir à tradicional passagem de ano na Madeira.
Mas se o FUNCHAL é exemplo de continuidade, o PACIFIC PRINCESS, famoso navio da série o "O Barco do Amor", não teve a mesma sorte. O adeus frio de um dos navios que mais contribuiu para o sucesso dos cruzeiros é também tema de capa da presente Cruzeiros.
O novo LE SOLEAL e o conceito de iate de cruzeiros de luxo merecem igualmente chamada de capa. O ano 2013 fica também marcado pela inédita operacão de reflutuação do Costa Concordia, num exemplo de até onde pode ir a capacidade humana, noutro tema de capa desta Cruzeiros.
Entre os destinos sugerimos nesta edição o Canada e Israel. O porto estrangeiro escolhido é Port Everglades, na Florida, o segundo porto de cruzeiros mais movimentado do mundo. Leixões e o seu rápido crescimento é também tema desta revista. A crónica de viagem do 3º cruzeiro da revista, aos fiordes da Noruega, no verão, preenchem também algumas páginas. 
O nascimento da Carnival Cruise Lines, empresa mãe daquele que é hoje o maior grupo de cruzeiros, e o projecto de hotel do Queen Elizabeth 2 fazem também esta edição da Cruzeiros. Não perca mais uma Cruzeiros, por 3,90 euros, a primeira revista portuguesa dedicada a tão fascinante forma de viajar.
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COSTA DELIZIOSA in Lisbon 16 December

Italian-registered cruise ship COSTA DELIZIOSA arriving in Lisbon on 16 December 2013 starting a row of cruise ships in port, all Carnival Group owned...
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OCEANA inbound for Lisbon

The OCEANA was the second cruise ship to arrive in Lisbon, early in the morning of 16 December 2013 with a particularly good winter light, after COSTA DELIZIOSA and ahead of ROTTERDAM...
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ROTTERDAM arriving Lisbon 16 December 2013

Holland America's ROTTERDAM arriving in Lisbon on 16 December 2013 for an overnight call, one of three cruise ships calling in Lisbon the same day, all Carnival Group ships...
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Wednesday, December 18, 2013

Cruise ship row in Lisbon


Row of five passenger ships cruising in Lisbon on 16 December 2013, photographed alongside the Jardim do Tabaco and Santa Apolónia cruise terminals: OCEANA, COSTA DELIZIOSA and ROTTERDAM, plus the Portuguese ships PORTO and FUNCHAL.

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INS DEEPAK em Lisboa


Entrou em Lisboa na última Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2013, o navio-apoio da marinha da União Indiana INS DEEPAK (A50), que é o maior navio de guerra da India a vir a Lisboa. 

O INS DEEPAK está a dar apoio ao novo porta-aviões INS VIKRAMADITYA (R33), ex-ADMIRAL GORSHKOV, adquirido à Russia pela India e que tem navegado ao largo da costa portuguesa escoltado pela fragata INS TRIKHAND, numa viagem de 7500 milhas iniciada em Murmansk com destino a Karwas, a futura base na India, via Mediterâneo e Canal do Suez. 
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Preservação do submarino BARRACUDA


O submarino BARRACUDA vai-se integrando na paisagem de Cacilhas, lado a lado com a velha fragata DOM FERNANDO SEGUNDO e GLÓRIA, dando nova utilização às antigas docas secas da Parry & Son... Estas fotografias, obtidas a 16 de Dezembro de 2013, mostram a instalação recente de um varandim fixo no BARRACUDA, como preparativo para a futura abertura do submarino a visitas públicas.

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DOCA DE ALCÂNTARA em 2013


A Doca de Alcântara fotografada a 3 de Dezembro de 2013, 38 anos passados sobre as imagens do artigo anterior, parcialmente desmaritimizada e higienizada, no mesmo local, mas sem a vida que caracterizou este cais durante muitas décadas. 
Claro que a revolução dos transportes marítimos, que na década de 1980 chegou à Doca de Alcântara, permite que hoje, no terminal da Liscont, em Alcântara, se movimente muito mais carga que alguma vez foi possível movimentar nos tempos da carga geral e da Marinha Mercante Portuguesa. 
Mas apesar de tudo, acho que não houve o cuidado de encontrar soluções contemporâneas de qualidade para a preservação deste espaço e desta doca, a mais emblemática de Lisboa. Podia ser pior, chegou a pensar-se no aterro desta doca, mas devia ser muito melhor... Lisboa é um dos melhores portos naturais do muno e um dos mais belos também. Depois falha o resto. Não que não se tenha investido muito dinheiro nos últimos anos, nomeadamente na revitalização do Jardim do Tabaco e Santa Apolónia, mas há muito mais para fazer e há que lidar com o Porto e os nossos Cais com outra alma.

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DOCA DE ALCÂNTARA em 1975


Embora tenha feito as minhas primeiras fotografias de navios em 1970, só a partir de 1975 consegui equipamento de qualidade que me passou a possibilitar cobrir a navegação e a vida portuária de Lisboa com regularidade, o que hoje me permite observar as mudanças e sentir alguma nostalgia dos tempos iniciais. 

Estas duas imagens foram registadas na manhã de 20 de Agosto de 1975: saí de casa na Infante Santo ao amanhecer, atravessei as Janelas Verdes, desci as escadinhas da Rocha e fui a bordo do paquete INFANTE DOM HENRIQUE fotografar o terceiro maior navio de passageiros do mundo então ainda em actividade, o navio inglês ORIANA, de 1960, que pouco depois atracou ao cais da Rocha. Tudo  a pé.
A manhã estava linda e não resisti a fazer estas duas imagens, pelo caminho. A primeira mostra uma panorâmica da Doca de Alcântara, com o cargueiro grego PANARRANGE como tema central. Estava atracado logo à entrada da doca a descarregar carga - caixotes vindos de Angola, território então a caminho da independência. Em reparação pela Lisnave (Rocha), pode ver-se o arrastão búlgaro MELANITA, tipo de navio que passou a utilizar Lisboa para reparações e estadias após o 25 de Abril. No canto direito pode ver-se a proa do FUNCHALENSE (de 1968) e atracado no cais da CTM, do lado do rio, podem ver-se o paquete INFANTE DOM HENRIQUE, então a fazer as últimas viagens na carreira de África, e pela sua proa, os mastros do PORTO, também da CTM. Pela popa do PANARRANGE, que era um cargueiro a vapor interessantíssimo, tendo pertencido originalmente à companhia Norddeutscher Lloyd, pode ver-se uma das pequenas lanchas da CTM, CARCAVELOS ou MONFORTINHO, ambas herdadas da CCN, e ainda a popa do MADALENA. Pelo meio é pródiga a presença de batelões e outras unidades auxiliares que então enchiam de vida o Porto de Lisboa. Não há vestígios de contentores, cuja operação na altura estava confinada a Santa Apolónia.

A segunda imagem foi tirada da ponte móvel, a segunda que existiu, inaugurada em 1927. As linhas alemãs do PANARRANGE destacam-se nesta imagem, também muito rica de pormenores curiosos: pela proa do PANARRANGE podem ver-se dois batelões da CTM, que aqui deixo para o nosso Amigo Nuno Bartolomeu identificar. A jusante deste grande cargueiro (que estava fretado à CTM), podem ver-se os cargueiros MADALENA e JOÃO DA NOVA, da CTM. A manobrar na doca pode ver-se o rebocador MUTELA, já com as cores da CTM, que manteve até 1979, quando foi vendido à Socarmar. O MUTELA iria ser pouco tempo depois um auxiliar precioso para um primeiro salto qualitativo das minhas fotografias, pois comecei a embarcar nele com frequência e a fotografar a navegação do meio do rio ao mesmo tempo que admirava a mestria do Mestre Zé, sempre pronto a fazer um desvio de rota para o LMC fotografar melhor este ou aquele navio...

Voltando à descrição desta fotografia, ressalta o cargueiro holandês CARACAS BAY, em reparação pela Lisnave, de que não tenho recordações especiais, e ainda os edifícios da CCN, demolidos recentemente para darem espaço a mais contentores. A revolução dos transportes marítimos dos anos sessenta, com a especialização dos navios, o aparecimento da contentorização e a proliferação de graneleiros cada vez maiores ainda mal se fazia sentir em Portugal, que andava atrasado e entretanto perdeu os comboios do progresso marítimos graças à DESMARITIMIZAÇÃO que se iniciava então...
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N/M LOBITO e os ENVC

A construção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo do n/m LOBITO, de 9.500 TDW., para a Companhia Colonial de Navegação, em 1957-1959, foi um marco importante na história da indústria naval portuguesa e dos estaleiros de Viana, de que foi a construção nº. 42. Testemunhando essa importância, reproduz-se aqui o folheto produzido para a inauguração do navio. Uma delícia em termos de design e comunicação, um folheto simples, com textos bem escritos e boa imagem para a época.
Ver a história do navio aqui...












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Tuesday, December 10, 2013

LISBOA, ex-PRINCESS DANAE at the Navalrocha yard

The Portuguese classic cruise ship LISBOA - still showing her previous name of PRINCESS DANAE on the hull - entered another stage of an extensive refit this past Saturday, 7 December 2013, when she entered the Navalrocha shipyard in Lisbon for her more complete refit since rebuilt in Greece in 1974-1977 when she was converted into the Greek cruise ship DANAE.
LISBOA is scheduled to stay in the Navalrocha yard until late January 2014.
She starts a new life next February cruising in the Mediterranean for the French market where she is very well known after many years of dedicated cruises as PRINCESS DANAE.
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Entrando na Doca 1 da Rocha

Aspectos da manobra de entrada do navio de cruzeiros LISBOA, ex-PRINCESS DANAE, na doca seca nº. 1 do estaleiro naval do porto de Lisboa, actualmente concessionado à firma Navalrocha... 

Fotografias tiradas na tarde de 7 de Dezembro de 2013. Está previsto o LISBOA permanecer na doca pelo menos durante 45 dias.

Em Janeiro será outro navio, o nome LISBOA gravado no costado e à popa, a chaminé amarela, o casco azul escuro, tal como o FUNCHAL.

Os interiores estão também a ser renovados e melhorados de acordo com os padrões da nova empresa PORTUSCALE CRUISES, que adquiriu o PRINCESS DANAE no início deste ano.


















O navio estava imobilizado em Marselha, arrestado por dívidas associadas à falência do anterior operador, a companhia Classic International Cruises.
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