Quem olha para um qualquer cais em Lisboa tem tendência para pensar que o rio terá sido sempre assim, mas a paisagem física e humana associada ao Porto de Lisboa tem sido um dos elementos mais dinâmicos da vida da cidade: o porto visto como conjunto de docas e apoios à navegação é muito recente, data de finais do século XIX e pode-se dizer que as "Obras do Porto de Lisboa" inauguradas com pompa e circunstância pelo Rei D. Luís I a 31 de Outubro de 1887, uma Segunda-feira, ainda não terminaram.
De facto os portos têm de manter-se sempre actualizados e funcionais e assim vão-se adaptando progressivamente às mudanças de tecnologias, dimensões dos navios, etc...
As imagens, registadas na tarde de 4 de Outubro de 2010 mostram o terminal de contentores de Santa Apolónia (SOTAGUS), inserido num local que ainda era praia no final da década de 1960, quando me metia no autocarro 28 na 24 de Julho e seguia em peregrinação até à Doca dos Olivais para ver as dezenas de navios que então movimentavam as suas cargas no Tejo (primeira imagem) e o cais do Beato, com o silo de cereais, vendo-se em ambas as imagens o porta-contentores FURNAS, da Mutualista Açoreana, um dos navios utilizados na carreira dos Açores.
Acrescente-se que este cais do Beato e o do Poço do Bispo que se lhe segue para montante resultam do plano de obras de expansão do Porto de Lisboa implementado depois da segunda guerra mundial.
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